Vejo-me, no sonho, sozinha em casa quando uma ventania começa e as janelas e portas da casa, muitas delas, abrem-se como por encanto. Alucinada, eu corro para fechá-las e quanto mais janelas e portas eu tranco, outras vão se abrindo, sem que eu consiga fechar todas.
A casa é sempre a mesma. As ocorrências do vento muito forte e janelas e portas se abrindo também são as mesmas. Tudo sempre igual. No auge da tentativa de livrar-me daquele corre-corre, eu acordo e fico, por alguns momentos, me questionando. Onde vivi esses fatos e em que época isso deve ter acontecido? Por que isso me abala tanto, ao ponto de apavorar-me?
Nossos sonhos, em grande parte, ocorrem pelo desprendimento do espírito enquanto dormimos. Nesses momentos, ele busca no astral, a integração com o mundo de onde
veio, para obter conhecimentos, encontrar parentes já desencarnados e, acima de tudo,
provar-nos que a vida continua em outra dimensão.
Raramente nos recordamos do que sonhamos. É sabido que o cérebro continua em atividade enquanto dormimos porém, fatos ou eventos que ocorrem durante nosso sono, como é o caso dos sonhos e/ou pesadelos, podem ou não serem lembrados, de acordo com a forma como afetam nossos sentidos, ou seja, nos tocando de forma mais ou menos marcantes.
Quanto ao meu pesadelo, imagino que, em alguma reencarnação passada, próxima ou distante, eu tenha vivido esses momentos de angústia. O homem, no bendito esquecimento de suas vidas pregressas, a cada renascimento, é como um viajor rumo à evolução espiritual. A lembrança de suas múltiplas vidas só viria em desabono ao crescimento de seu espírito pois, dessa forma, não poderia viver de acordo com o que lhe é determinado por Deus.
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