Foram dezoito os militares brasileiros mortos no Haiti. Cada brasileiro, em seu sentimento de civilidade e amor à pátria, está de luto. Dentre tantas batalhas que cada um desses militares deve ter cumprido ao longo de sua carreira, esta foi a pior de todas pois não houve vencedores. Venceu, na verdade, aquele que seria o mais forte adversário - a morte.
Em segundos, o terremoto destruiu tudo: vidas, cidades já depauperadas pela fome e miséria, pela falta de total infra-estrutura, enfim, o que havia. Não poderia ser de outra forma porque um abalo sísmico de tamanha intensidade e inevitável por sua natureza, deixaria como deixou, tudo em um verdadeiro caos.
Hoje, 18 urnas funerárias chegaram à Base Aérea de Brasília para receberem as homenagens póstumas que o Brasil lhes deve. Seus familiares, abalados pela tragédia, estavam presentes quando nosso Presidente da República chamou nossos heróis de "destemidos compatriotas".
"Eles chegaram ao Haiti levando a seguinte mensagem: vocês não estão sozinhos", afirmou Lula. "Viemos aqui em nome do Brasil, trazendo segurança para suas famílias, trazendo paz, trazendo remédios, solidariedade e, acima de tudo, o respeito do povo brasileiro".
Foram todos condecorados com a Medalha do Pacificador e receberam a promoção post mortem. Nas duas cerimônias os caixões, colocados lado a lado e cobertos com a bandeira nacional, tinham sobre eles a foto da vítima, com a mensagem:"Missão cumprida. O Brasil e o Exército agradecem ao nosso heróico soldado da paz".
Que nossos irmãos descansem em paz. Na sua bravura, quantos ainda feridos, tentaram ajudar os soterrados pelo terremoto. Que Deus os receba com aplausos e honras. De onde estão, com certeza, torcem para que o Haiti como tantos outros países miseráveis e paupérrimos, consigam se reerguer e voltar a figurar no mapa novamente.
Que suas famílias tão machucadas pela dor, encontrem nos braços de Jesus o amparo de que necessitam para continuarem a viver. Que o mundo inteiro que sofreu e chorou enquanto assistia as horrendas imagens do abalo, se una em uma prece àqueles que foram e àqueles que ficaram.
Que não esqueçamos de que estamos neste mundo de passagem. Aqui cumprimos nossa missão e nada levamos quando somos chamados por Deus.
A experiência terrena é sublime, na medida em que nosso dever de casa é feito com amor e caridade. Nossa tarefa é simples. Cumprí-la torna-se, muitas vezes difícil, porque desviamo-nos do caminho que escolhemos para trilhar.
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