"Ninguém nasce odiando uma pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou, ainda, por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e,
se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar."
Nelson Mandella
Os seres humanos já aprenderam, há algum tempo, que a discriminação,
seja ela de que tipo for, é extremamente odiosa e traumática para
uma sociedade. Não se admite nos dias de hoje, preconceitos desta natureza
por pessoas que ainda sentem-se superiores às demais por causa de sua cor,
por sua origem, por sua religião, por sua opção sexual, enfim, por tudo aquilo
que demonstra falta de amor e respeito aos semelhantes.
Estes preconceitos vicejaram por muito tempo entre os povos antigos e
chegaram até nossos dias, fazendo com que muitos fossem apontados e sofressem pelo profundo desrespeito, quanto ao tratamento que recebiam. Atualmente, causa espanto e torna-se indesejável a pessoa que discrimina
outra, sendo até, este ato, passível de punição pela lei.
Voltemos no tempo. Imaginemos Jesus, saindo para pregar suas mensagens
de amor, paz, fraternidade, doçura. A cada pessoa ou grupo que o Mestre
encontrava, passava Sua palavra com extremo amor no coração, representando
para todos aqueles que, carentes de fé e doentes da alma e do corpo,
buscavam N"Ele, o remédio para seus males.
Agora, pergunto: se Jesus, o filho de nosso Pai, nunca em momento algum,
separou os homens pela cor, pela raça, pela fé que praticavam, como
podemos nós, que somos irmãos e que estamos juntos nessa caminhada
terrena, exigir tratamentos especiais em detrimento de outros?
Quem somos nós para sequer pensar em diferenças preconceituosas, se
sabemos que não somos o que pensamos ser e, sim, espíritos em estágio
evolutivo neste planeta de expiação. Aqui, neste trajeto do qual não podemos
fugir, somos testados pela vida a fim de cumprir o acordo que fizemos, na pátria espiritual.
E será que conseguimos o cumprimento do acordado? Necessário se faz que
pensemos muito nisso. Por vezes, o orgulho e a soberba tolhem nossa
visão e nos fazem esquecer de nosso comprometimento com os erros pretéritos.
Por vezes, nossa pretensa caridade nos faz sentir importantes e meritórios.
Nós somos iguais a todo mundo. Se algo está bem para nós, também assim deve estar para os demais. Trocando em miúdos, é fazer o bem como
gostaríamos que fizessem a nós. É amar a nossos irmãos como
gostaríamos que fôssemos amados.
Vamos deixar de alimentar tanto nosso ego com coisas fúteis e inutilidades.
Precisamos crescer, não só em tamanho, mas na totalidade de nossos
sentimentos, dando a nossas crianças o aprendizado do amor, como
bem cita Nelson Mandella que, a propósito, lutou bravamente durante sua
vida para que seu povo não sofresse pelo preconceito racial.
Não precisamos ser como ele, Mandella. Apenas sejamos conscientes de
nossa posição na sociedade, que deve ser a mesma para todos, indiscriminadamente.
Que tenhamos como exemplo, Jesus Cristo. Que não negou nada a ninguém,
curou aqueles que lhe procuravam, repartia entre os famintos o pouco
que tinha e era apenas o Filho de Deus.
Que assim seja!