sábado, 27 de fevereiro de 2010

COM O TEMPO...

Com o tempo...
Você aprende que estar com alguém só porque este alguém lhe oferece um bom futuro, significa que mais cedo ou mais tarde, você irá querer voltar ao passado...

Com o tempo...
Você se dará conta  que casar só porque "está na hora", é uma clara advertência de que seu matrimônio será um fracasso...

Com o tempo...
Você compreende que só quem é capaz de lhe amar com os seus defeitos, sem pretender mudar-lhe, é porque pode dar-lhe toda a felicidade que deseja...

Com o tempo...
Você se dará conta de que se você está ao lado de uma pessoa, só para não ficar sozinho, com certeza uma hora vai desejar não voltar a vê-la...

Com o tempo...
Você se dará conta de que ter amigos vale mais do que qualquer montante em dinheiro... e entende que os verdadeiros amigos se contam nos dedos, e que aquele que não luta para tê-los, mais cedo ou mais tarde, se verá rodeado unicamente de amizades falsas...

Com o tempo...
Você aprende que as palavras ditas num momento de raiva podem continuar a magoar a quem você as disse, durante toda a vida...

Com o tempo...
Você aprende que desculpar todos o fazem, mas perdoar somente as "grandes almas" conseguem...

Com o tempo...
Você compreende que se você feriu muito um amigo, provavelmente a amizade jamais será a mesma...

Com o tempo...
Você  se   dará   conta de que a experiência que se vive com cada pessoa é insubstituível e única...

Com o tempo...
Você se dará conta que aquele que humilha ou despreza um ser humano, mais cedo ou mais tarde, sofrerá as mesmas humilhações e desprezos, só que multiplicados...

Com o tempo...
Você aprende a construir todos os seus caminhos hoje, porque o terreno do amanhã é demasiado incerto para fazer planos...

Com o tempo...
Você compreende que apressar as coisas ou forçá-las para que aconteçam, fará com que, no final, não sejam como você esperava...

Com o tempo...
Você se dará conta de que, na realidade, o melhor não era o futuro, mas sim o momento que estava vivendo naquele instante...

Com o tempo...
Você aprende que tentar perdoar ou pedir perdão, dizer que ama ou dizer que sente falta, dizer que precisa ou que quer ser, junto de um caixão, deixa de fazer sentido...

Por isso, recorde sempre estas palavras: "O homem torna-se velho muito rápido e sábio demasiadamente tarde, exatamente quando já não há mais tempo".


Sorria e seja feliz! Você merece e isso só depende de você!

"Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos um coração sábio".
                                                           
                                                            Salmo 90:12

(texto recebido por e-mail, de autor desconhecido).





quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

ERROS E ACERTOS


A trajetória do espírito rumo à evolução é repleta de experiências, sendo que grande parte delas são negativas, mas que se revestem de imensa importância, dada às incontáveis vivências reencarnatórias. Assim, o espírito vai aprendendo a superar erros, vencer dificuldades, contornar obstáculos, refazendo relacionamentos danificados, revisando conceitos, acrescentando valores morais e amadurecendo emocional e espiritualmente.


Dessa maneira, de cada encarnação saímos mais fortes e bem mais experientes. Porém, nada se faz sem esforço. E, na construção de um ser melhor, a grande mestra é a vida, colocando-nos diante de situações e problemas que envolvem pessoas e sentimentos, obrigando-nos a tomar decisões que serão fundamentais para nosso futuro, através do confronto com aqueles que um dia nos prejudicaram ou foram por nós prejudicados.


Dependendo do estágio evolutivo de cada alma esta poderá escolher, através do livre arbítrio, a opção que melhor lhe aprouver. É aí que, não raro, erra e se compromete, sendo forte candidata a um futuro de dores e sofrimentos, em obediência aos ditames da lei de causa e efeito.


No entanto, sempre poderá refazer sua jornada. Segundo Chico Xavier "ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim". Deus é um Pai justo e bom, oferecendo sempre novas oportunidades aos faltosos, desde que demonstrem o verdadeiro e sincero desejo de reparar o mal praticado.


Assim, todo dia é dia de renovação. A todo instante podemos modificar nossa existência criando, com o auxílio do bem, créditos a nosso favor amenizando o mal que, porventura tivermos praticado e, a partir de então, obter novas condições de vida.


Como encaramos a verdade ou a mentira? Como vemos a auto-afirmação, a insegurança, o perdão ou a agressão? Que sensação experimentamos diante da indiferença ou da emoção?


Nossa vida, permeada por situações desse gênero que é, nada mais nada menos que o cotidiano de nossas famílias, nos impinge uma análise desses casos como exemplos de erros e acertos. Por outro lado, colocamo-nos diante da realidade das decisões, através dos inumeráveis desafios existenciais como drogas, doenças terminais, perda de entes queridos, dignidade, ambição, etc.


É necessário que nos voltemos ao interior de nossa alma, repensando nossas atitudes e tentando modificá-las, exercitando o perdão, a humildade, a compreensão, a responsabilidade, a tolerância, a generosidade, o desprendimento, enfim, o amor.


Assim, com certeza, estaremos nos conectando com o Pai e recebendo suas bênçãos de luz e harmonia, de paz e afeto, numa demonstração sublime de incontestável fé e esperança em dias melhores para este mundo, com o qual temos extrema responsabilidade por sermos, também, cidadãos do universo.











quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

MEU TESTAMENTO



Eu nunca achei legal esta história de fazer testamento sem mais nem menos. Acho, inclusive, uma besteira ficar se preocupando com isso quando há tanta coisa a se fazer, antes de pensar em "bater a cassuleta". Bem, mas aqui em casa é um tal de filha dizendo que, quando eu morrer quero ficar com essa ou aquela coisa, querem herdar minhas roupas, minhas  bijuterias, meus perfumes, etc.


E, para completar essa paranóia toda, há algumas semanas fizemos, eu e meu marido, um plano funerário. Quando falei disso à meus filhos, foi um horror! Um deles me disse que nós deveríamos pagar uma academia para fazermos ginástica, ao invés de ficar pensando em morte.


Ora, academia até que seria bom. Mas acho que pensar na coisa mais certa que existe na vida, após o nascimento, não há nada demais. Quantas pessoas são pegas de surpresa, quando chega aquele momento.  Com certeza, a maioria delas.


Estou, inclusive, convencida por meu marido, que gostaria de ser cremada, como ele também gostaria de sê-lo. Acho que a cremação, além de ter uma finalidade higiênica, não permite que ocorra aquela procissão ao cemitério em datas especiais tipo aniversário de nascimento, aniversário de casamento, aniversário da morte, dia de finados, etc.


Bem, mas estou quase me desviando do assunto a que me propus tratar hoje: o meu testamento.
Este, com certeza, deverá ser breve. Na verdade, o que eu posso deixar serão meus exemplos de moral, honestidade, bondade, esperança, fé e muito amor.


Estes valores são coisas que jamais alguém perde, posto que já fazem parte do caráter de uma pessoa. A moral ilibada é consequencia da educação familiar que tive. A honestidade também faz parte do cabedal de valores que meus pais me incutiram desde criança. A bondade colhe-se nos gestos e nos olhos das pessoas que demonstram alegria por viver com e entre os seus e os demais irmãos em Deus. A esperança adquire-se baseada na confiança que se tem na Divindade que nos criou. A fé é espontânea e inerente àqueles que crêem que existe um Ser maior que todos nós e, por último, o amor é aquele sentimento que exprime o que sempre senti por todos os meus e por aqueles que me rodeiam.


Este, enfim, seria o meu testamento. Parece pouco, mas é o tudo do que tive, plantando e colhendo anos a fio, como uma aranha tece a sua teia - devagar e sempre. Muito me foi dado, muito recebi e muito vou repassar para os que ficam. Espero, também, que os que herdarem esta fortuna, saibam cuidá-la e regá-la diariamente como fiz. 


E quero que saibam, outrossim, que os valores materiais estão distantes anos-luz dos valores edificados pela alma. Estes, precisam ser cultivados para florescerem. Precisam de mãos que não se lamentem por terem que plantar, que colher e agradecer pelo fruto recebido. Só os merecedores de tamanha qualidade, recebem o que é justo. 


Deus, nosso Pai, não esquece ninguém. E de cada um de seus filhos, ele espera o que Jesus, ao andar pelo mundo, nos ensinou: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amo. 


                                          


domingo, 21 de fevereiro de 2010

FALANDO COM DEUS


Um dia, Gilberto Gil compôs a música chamada "Se eu quiser falar com Deus", a qual nossa saudosa Elis Regina interpretava com o talento vocal que lhe era peculiar. A letra é simplesmente divina e retrata exatamente como nos sentimos quando falamos com Êle. Para os apreciadores da boa música e da "pimentinha", aí vai a letra, que diz:

Se eu quiser falar com Deus / Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz  / Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz  / Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata  / Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data  / Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias / Ter a alma e o corpo nus

Se eu quiser falar com Deus / Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão / Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão / Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos / Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho / Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho / Alegrar meu coração

Se eu quiser falar com Deus / Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus / Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus / Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada / Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada / Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada / Do que eu pensava encontrar.



sábado, 20 de fevereiro de 2010

O GATO NA JANELA


Hoje pela manhã quando abri a janela do meu quarto, lá estava ele me olhando com seus lindos olhos azuis. Ele é lindo! Seu pelo dourado, mesclado com preto, parece um tigre daqueles que se vê em fotos de safaris na África. E ele se aninha, ajeitando-se de um modo como só ele sabe fazer.

Ficamos, por algum tempo, trocando olhares. Ele bocejou, esticou-se todo, e voltou a me olhar novamente, como a me dizer: - Veja que delícia de vida! Hoje é sábado e vou aproveitar para tirar uma soneca gostosa! Em seguida, como se eu adivinhasse o que faria, deitou-se prazerosamente e fechou os olhos para dormir.

Eu, da janela do meu apartamento, fiquei com inveja daquela pose toda. Justamente por ser sábado, meu dia ia ser cheio e cansativo. Talvez nem tivesse tempo para dormir uma soneca. Seria tão bom se eu pudesse adormecer como ele, sem fazer nada o dia inteiro.

Parece-me que gatos dormem o tempo todo. Acordam-se apenas para comer, fazer suas necessidades fisiológicas e ... dormir novamente. Haja sono. A casa pode virar de cabeça para baixo e eles nem estão aí. 

Por diversas ocasiões em minha vida, tive gatos. Quando criança, morava numa casa onde, no pátio havia a casinha do cachorro, que era um só e uma casinha maior, que era  o gatil. Sim, porque era um verdadeiro arsenal de gatos. Eram lindos, grandes, médios e pequenos e tinham, cada um deles, seu nome próprio. Como eram muitos (certa vez haviam seis) nós, as crianças, chamávamos cada um pelo seu nome.

Meus pais não gostavam de tantos gatos. Às vezes, dávamos um ou  outro de presente para algum amigo, que fazia aniversário. No verão, dávamos banho seguidamente nos gatos, colocando-os dentro do tanque de lavar roupas e, um por um, tomava o seu banho refrescante.

Volta e meia haviam gatinhos novos. Apaixonávamo-nos por eles e ninguém conseguia tirá-los de nós. Eram mimosos e fofinhos, quando recém nascidos e tornavam-se nossos bebês, pois cuidávamos deles tanto quanto a gata-mãe.


Certa vez, duas fêmeas tiveram gatinhos com pouca diferença de dias. Ao todo, vieram mais dez gatos a somar-se aos que já haviam. Minha mãe quase enlouqueceu. Ficou muito brava e nos disse: - dêem estes gatos todos. Isso aqui parece um zoológico, de tantos gatos que têm. Aí, bateu-nos a pena. Qual deles seria dado? 


Haviam aqueles que eram de nossa predileção. Estes não podiam ir embora! Acabamos decidindo que daríamos os recém-chegados, assim que desmamassem. Levamos a decisão até nossa mãe, que acabou concordando. E então, com o passar do tempo, chegou o derradeiro dia. Distribuição geral e gratuíta de felinos.


Reunimos os amigos e colegas de escola e conseguimos nos livrar dos bichanos. Mas as gatas-mãe, miavam chamando seus filhotes, inutilmente. Era de dar pena. Escondidos, chorávamos pela falta dos bichinhos.

.....


E hoje, enquanto aspirava o pó de casa, fiquei pensando sobre como éramos bobos naquela época. As crianças de agora, até que se apegam a cachorros e gatos, mas no nosso tempo era diferente. Nós os tratávamos como se fossem pessoas e, assim, o apego era maior.

Depois de limpar todo o apartamento, fui à janela espiar meu amigo de olhos azuis. Lá estava ele, como de hábito, dormindo. Fiz barulho com a janela e ele, de seu posto, na fenestra da vizinha ao lado, abriu os olhos e me fitou, como se dissesse: - menina, como trabalhas num sábado? Tira um tempinho, e vai dormir um pouco. Vê se consegues uma soneca gostosa, como a minha! Que delícia de vida!



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SER FELIZ


Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. Só você pode evitar que ela vá à falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.

Gostaria que você sempre lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza.

Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar  o autor da própria história. Não é atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não temer os próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo e ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para confessar "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você". É ter capacidade para dizer "eu te amo".

Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz. Que nas suas primaveras, você seja amante da alegria. Que nos seus invernos, você seja amigo da sabedoria. E, quando você errar o caminho, comece tudo de novo, pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida. E descobrirá que  ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.

Ser feliz é usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência. 

Jamais desista de si mesmo. Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível. E você é um ser humano especial. Quando falar mal de um amigo, lembre-se da diferença entre consciência e reputação, pois consciência é o que você é e reputação é o que os outros pensam de você e isso não é problema seu.
                                                                                


O MILAGRE DO COTIDIANO


"Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma bênção escondida, uma bênção que só serve para esse dia. Se não usarmos esse milagre hoje, ele vai se perder. Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria dos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos. Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, pois estamos em constante processo de evolução."

                                             
                                                  Paulo Coelho



A cada amanhecer, pense em Deus. Pense no milagre da vida. Ouça o canto dos pássaros feito uma sinfonia ao vento. Eleve seu pensamento ao Alto e ore.
Sua prece é o bálsamo perfumado e suave no alvorecer do  dia.  Pense no quanto és importante para todos - família, amigos, colegas  e para a pessoa mais valiosa do mundo: você mesmo.


Agradeça a Deus, em sua prece, por estar vivo. Por seu cérebro, que pensa e descobre, a cada momento, maravilhas no próprio corpo, na natureza, e em todas as coisas que existem na Terra. Agradeça por seus olhos que vêem toda a criação divina. Agradeça por suas mãos que apertam outras mãos, com confiança e bondade. Pelos seus pés que, muitas vezes, cansados e trôpegos, percorrem distâncias sem fim para servir a alguém. Agradeça por tudo o que tens e pelo que tens recebido de Deus.

E cada dia, é uma nova experiência que se descortina para você. Talvez hoje não seja como ontem, pois sabemos que nenhum dia é igual a outro. Mas as experiências se somam e, se bem colhidas e agregadas à nossa vida, levam-nos à evolução e ao crescimento moral.

Nosso cotidiano nem sempre será aquele que sonhamos. Mas em nosso entendimento, nada pode ser sempre perfeito ou igual. Há dias em que precisamos estar preparados para enfrentar o tempo instável, às vezes, de nossa própria vida. E há outros em que sentimo-nos em harmonia conosco mesmos contagiando a todos com a alegria de existir.

Nossa vida é feita de escolhas. E cada dia, é uma oportunidade que Deus nos oferece para podermos exercitar essa condição de escolher - o nosso caminho, a nossa trilha, o nosso destino. Mesmo sabendo que tudo por que passamos aqui, também foi uma opção que fizemos antes de nossa encarnação, ainda assim, temos a liberdade de selecionar aquilo que achamos melhor para nós.


E em cada dia vivido, é feita uma ou várias escolhas. O mérito de selecionar nosso viver, bem como o demérito da má  opção, faz parte de nosso aprendizado espiritual. Tudo o que colhemos em nossa  vida, bem construída ou mal construída, é de inteira responsabilidade de cada um.

Está aí também a Lei da Ação e Reação. Tudo o que fazemos para os outros, retorna da mesma forma para nós. Se praticamos uma ação de amor e caridade para com nosso irmão, receberemos  de volta o amor, sentindo-nos realizados por poder repartir o que temos com os que mais precisam. 


Por outro lado, se praticarmos um ato de crueldade ou maus tratos para com os demais, haveremos de receber revolta, ódio e desamor como retorno.


Portanto, pedimos que Deus ilumine nosso caminho com a luz da esperança, do amor, da fé e da caridade, para que possamos ser dignos de termos sido criados à Sua imagem e semelhança e que, a cada amanhecer, nossos corações possam absorver a Luz Divina, ofertando-nos a oportunidade de fazer o melhor de nós!




 

                                              

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

TRIBUTO À MADRE TERESA DE CALCUTÁ


"Enquanto estiver vivo, sinta-se vivo. Se sentir saudades do que fazia, volte a fazê-lo. Não viva de fotografias amareladas... Continue, quando todos esperam que desistas. Não deixe que enferruje o ferro que existe em você. Faça com que ao invés de pena, tenham respeito por você. Quando não conseguir correr através dos anos, trote. Quando não conseguir trotar, caminhe. Quando não conseguir caminhar, use uma bengala. Mas nunca se detenha."

                                                                
                                          Madre Teresa de Calcutá



Quando lemos algo a respeito desse anjo que dedicou sua vida inteira à caridade, auxiliando aqueles que nada possuiam, dando-lhes amparo, proteção e atendimento, sentimo-nos pequenos diante de tamanho desprendimento.

Nascida Agnes Gonxha Bojaxhiu, em 16 de agosto de 1910, na Macedonia, entrou para o convento na Irlanda, tornando-se postulante e recebendo o nome de Teresa, como sua padroeira, Santa Teresa de Lisieux.

Em 1929, Agnes foi enviada para a Índia, em Calcutá, onde fez a profissão perpétua. Daí por diante, passou a chamar-se Madre Teresa. Criou a ordem das Missionárias da Caridade, cuja obra estendeu-se por toda a Europa em 1968. Em 1979, recebeu o Prêmio Nobel pela Paz.

Em 1985, Madre Teresa abriu a primeira casa para os doentes de AIDS. Nos anos seguintes, outras casas foram somando-se à primeira. Assim, ela continuou viajando pelo mundo para abrir novas instituições de caridade e de missão, para servir os pobres e aqueles que tinham sido atingidos por diversas calamidades.

Com a saúde debilitada e depois de haver estado presente em 123 países do mundo e criado cerca de 600 fundações para atendimento aos necessitados, Madre Teresa voltou à Calcutá onde, em 1997, desencarnou.


Na espiritualidade, esse anjo de amor e bondade deve ter sido recebido com merecidas honrarias. O que dizer de tamanha lucidez moral e espiritual? Como entender o motivo que a levou a amar tanto aqueles menos favorecidos pela vida? De que forma explicar sua renúncia à vida mundana, quando expunha-se a diversos males, tais como a malária, a lepra, a AIDS e outros tantos?


Madre Teresa foi e é um exemplo para todos nós. Quanta abnegação, quanto amor, quanta esperança semeou nos caminhos tristes e doloridos que encontrou. Em sua peregrinação pelo mundo, desconhecia o que era discriminação pois a todos atendia e amparava, sem preocupar-se se eram brancos, negros ou amarelos.


Tocou fundo  nos corações daqueles que conheciam seu trabalho. Deixou exemplos para todos os que pensam que nada ou muito pouco pode ser feito pelos pobres, pelos doentes e pelos irmãos que sofrem dos mais variados males, inclusive, espirituais.


Sua presença, seu jeito humilde e caridoso, deixou saudades. Em seu entendimento, o mundo deveria ser como ela haveria de ter sonhado - com mais  afeto, mais calor humano , sem haver discriminações e preconceitos. Foi, verdadeiramente, uma mulher de fibra, corajosa e fiel a seus princípios de amor ao próximo.

Só um espírito de  tamanha envergadura, poderia ser como Madre Teresa. Ela, a peregrina da paz  hoje está, com certeza, junto de Deus. Ao lado daquele a quem tanto amou, talvez ainda não se sinta feliz ao ver que o mundo, ao contrário de seus sonhos, ainda é o mesmo de sempre.

Devemos e podemos ser um pouquinho, pelo menos, como aquele anjo de amor, quando elevamos nosso pensamento ao Criador e pedimos pelos desvalidos pela sorte. Pedindo por eles, estamos fazendo a nossa parte. E este é, inclusive, nosso compromisso como espíritas que somos.

Que Deus mande a este mundo muitas Madres Teresas para mostrar àqueles que não crêem na importância do amor fraternal, a força da fé e   a persistência no amor e na caridade. Que assim seja! 




terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O PODER DAS PALAVRAS


"De todas as poderosas armas de destruição que o homem foi capaz de inventar, a mais terrível - e a mais covarde - é a palavra. Punhais e armas de fogo deixam vestígios de sangue. Bombas abalam edifícios e ruas. Venenos terminam sendo detectados. Mas a palavra destruidora consegue despertar o mal sem deixar pistas. Crianças são condicionadas durante anos pelos pais, artistas são impiedosamente criticados, mulheres são sistematicamente massacradas por comentários de seus maridos, fiéis são mantidos longe da religião por aqueles que se julgam capazes de interpretar a voz de Deus.
Procure ver se você está utilizando esta arma. Procure ver se estão utilizando esta arma em você. E não permita nenhuma coisa, nem outra".

                                                  
                                                    Paulo Coelho


A humanidade, desde sua existência neste Planeta, utiliza-se das palavras para se comunicar uns com os outros. As palavras podem ser escritas, faladas ou, também, pensadas. O cérebro humano é o reino onde ainda, até hoje, não foi possível entrar nem conhecer no que diz respeito aos pensamentos. É nessa área do organismo que são elaboradas as mais diversas formas de agir, pensar, criar, fantasiar, planejar, etc.
 
É nesse campo que esconde-se as mais belas verdades e, também, as piores mentiras. É o local onde nunca chegaremos e, por isso, tememos tanto. 
Quando conhecemos uma pessoa, é através de nosso convívio com ela que passamos a conhecê-la. Porém, às vezes, costumamos dizer que o destino nos "prega uma peça", quando descobrimos que determinadas amizades não são correspondentes à nossa expectativa.
 
Incompatibilidade de gênios! Descobriram este jargão para identificar o porquê de tantas separações entre casais. Esta é uma mera desculpa para  aqueles que não conseguem mais coabitar, sem haver discórdia entre eles.

Bem, mas isso foi só um exemplo referido.Com relação ao nosso assunto, segundo diz Paulo Coelho, a palavra pode se constituir numa arma,  inclusive de caráter mortal. É no interior daquele "campo minado" da mente que se esconde o pensamento, o qual toma sentido quando a pessoa fala e nos deixa a volitar de êxtase e alegria, ou nos faz tanto mal que pode, inclusive, gerar uma doença, uma ferida que sangra e faz doer.


Com relação às crianças, imagine-se o tamanho da covardia, quando se cerceia sua liberdade e se aplica às mesmas, palavras que as machucam e as fazem-se sentir como grãos de areia, onde todos pisam.


Todos nós, independentemente de sermos crianças, jovens , adultos  ou idosos merecemos o devido respeito. Respeito pela inocência, linda e prazerosa de uma criança que desperta para a vida; respeito pelo jovem que está, talvez, a um passo de tornar-se homem  e está  também, a  escolher seu caminho para realizar-se no mundo; respeito aos adultos e idosos, por tudo aquilo que foram e que passaram nesta vida, dando-nos exemplos vários de como enfrentar problemas de toda a sorte.


E o maior respeito que podemos dar a uma pessoa é a palavra cordial e amiga, sem sentimentos de ódio, rancor, orgulho, incompreensão e desamor. Quem sabe ali adiante, tropeçaremos e necessitaremos de uma mão amiga para nos apoiar depois da queda?

Tudo é possível, pois Deus gerou-nos a todos com o mesmo amor e carinho. Cada ser humano é nosso irmão em Deus e, de forma alguma, temos o direito de humilhar ou maldizer quem quer que seja. Se  no mundo houvesse mais amor, mais humildade, mais palavras boas que más, talvez tivéssemos uma realidade diferente da que temos.

Mas o nosso real está longe de nosso imaginário. Voltados ao poder, à riqueza  e à cobiça desvairada, muitos se perdem pelo caminho. Outros, movidos pelo orgulho, pela falta de fé e piedade para com seus irmãos, seguem o mesmo destino, pisoteando e maltratando sem sequer sentirem-se culpados.

O amor divino é o mesmo para todos. E sua justiça, também. Após o desenlace do corpo físico, estes irmãos que escolheram, por livre e espontânea vontade o caminho do mal, compreenderão que tiveram a oportunidade de renascer para quitar seus débitos passados e, se ainda assim não o fizeram, acrescentarão, ao seu espírito, mais e mais contas a pagar. 

Por fim, só nos resta orar por aqueles que se afastaram do bom caminho, pedindo que possam, em outra oportunidade, se redimir das faltas que cometeram. 
A vida é uma sucessão de idas e vindas. Viemos e voltamos, por infinitas vezes, se preciso for. E cada vinda, é uma experiência a qual nos submetemos. Por isso, é preciso coragem, fé e esperança para que obtenhamos, dessa experiência, uma vitória de amor e de compaixão por nós e por nossos companheiros de jornada. 





 


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

DESTINO OU LIVRE-ARBÍTRIO?

"É o homem, por sua própria vontade, quem forja as próprias cadeias, é ele quem tece, fio por fio, dia-a-dia, do nascimento à morte, a rede de seu destino".

                                               Léon Denis


Diante de acontecimentos desagradáveis do dia-a-dia, responsabilizamos sempre, em primeiro lugar, a fatalidade e o destino sem sequer fazermos uma maior reflexão. Será que tudo em nossa vida está predeterminado? Será que o nosso destino foi traçado? Como entender tudo isso?

A fatalidade supõe a decisão prévia e irrevogável de todos os acontecimentos da vida, qualquer que seja a sua importância. Se assim fosse, o homem seria uma máquina destituída de vontade. Concordamos com essa afirmativa, pois não nos vemos como máquinas. E se tudo já estivesse escrito, ninguém seria responsável por falta alguma, nem tampouco teria mérito por coisa nenhuma.

A fatalidade aparente que semeia de males o caminho da vida, não é mais que a consequencia lógica do nosso passado, um efeito que se refere a uma causa, é o cumprimento do destino por nós mesmos aceito antes de renascer, e que nossos guias espirituais nos sugerem para o nosso bem e nossa elevação.


Nossa alma, livre e consciente, não pode mais recair na vida inferior. Suas encarnações sucedem-se na dos mundos até que, ao fim de seu longo trabalho, tenha conquistado a sabedoria, a ciência e o amor, cuja posse a emancipará para sempre das encarnações e da morte, abrindo-lhe a porta da vida celeste.


A alma é nascida para o bem, mas para que ela possa apreciá-lo na justa medida, para que possa conhecer-lhe todo o valor, deve conquistá-lo desenvolvendo livremente as próprias potencialidades: a liberdade de ação e a responsabilidade aumentam com sua elevação, pois quanto mais ela se ilumina mais pode e deve conformar a sua obra pessoal às leis que regem o universo.

Quem se crê ser "vítima da fatalidade", culpa somente o mundo exterior pelos seus erros e se recusa a admitir a conexão que existe entre eles. Aquele que se compraz na caminhada pelos atalhos do mal, a própria lei se incumbirá de trazê-lo de volta às vias do bem. O passado, muitas vezes, determina o presente que, por sua vez, determina o futuro.

Toda ação que praticamos, boa ou má, recebemos de volta. Nosso passado determina nosso presente não existindo, pois, favoritismos, predestinações ou arbítrios divinos. O que o espiritismo ensina é que a lei é uma só: para cada ação que praticarmos, colheremos a reação. Assim, podemos afirmar que a função da dor é ampliar os horizontes, para realmente vislumbrarmos os caminhos concretos do equilíbrio.


Concluindo, deduzimos que através do uso de nosso livre-arbítrio, temos a liberdade de alterar as escolhas feitas ainda na espiritualidade aproveitando-as através da resignação e da superação,  como também podemos nos revoltar perdendo, assim, a oportunidade de aperfeiçoamento que estamos vivendo.

Que saibamos e possamos colher de nossa vida diária, todo o bem possível. Desta forma, estaremos conhecendo melhor nosso mundo interior, nossas aspirações, nossa dedicação  e doação ao próximo e nossa infinita vontade de evoluir a cada momento, crescendo e expandindo nossa alma em direção à Deus.

Que em nosso espírito esteja gravado o sentimento de moral elevada, de fé inabalável e de força, para podermos minimizar ao máximo os débitos do ontem, visando à busca da paz e do amor!


 


                                                          

 







domingo, 14 de fevereiro de 2010

SEJAMOS COMO OS GIRASSÓIS

Quem não conhece o girassol? É uma flor amarela, grande, que gira sempre em busca do sol. Daí ser chamada de girassol. Quando uma pequena e frágil semente brota em meio à outras plantas procura imediatamente a luz solar, como se soubesse que a claridade e o calor do astro-rei lhe possibilitará a vida.

Assim como os girassóis, nosso corpo físico também necessita de luz e do calor solar, da chuva e da brisa para nos manter vivos. Mas não é só o corpo físico que precisa de cuidados para crescer e florir. Nosso espírito, tal qual o girassol, necessita da Luz Divina para manter acesa a chama da esperança.

Precisamos do calor do afeto, da brisa da amizade, da chuva de bênçãos que vêm do alto.Todavia, é necessário que façamos esforços para respirar o ar puro, acima das circunstâncias desagradáveis que nos cercam.

Muitos de nós permitimos que os vícios abafem a nossa vontade de buscar a luz e acabamos definhando dia-a-dia, tal qual uma planta mirrada e sem vida. Ou então nos deixamos enredar nos cipoais da preguiça e do desânimo, ficando a reclamar da sorte, sem fazer esforços para sair da situação que nos desagrada.

Deus tem um plano de felicidade para cada um de seus filhos e, para alcançá-los, devemos buscar os recursos disponíveis. Assim, é preciso imitar os girassóis, buscando sempre a luz mesmo que as trevas insistam em nos envolver.
É preciso, nesses momentos amargos e de desespero, buscar apoio na família, nos verdadeiros amigos e acima de tudo, buscar a Luz Divina que consola e esclarece, ampara e anima em todas as situações.

Aceite com carinho o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude. Cultive a força do espírito e você estará preparado para enfrentar as surpresas da sorte adversa. Não se desespere com perigos imaginários - muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.

Ao lado de uma sadia disciplina conserve, para consigo mesmo, uma imensa bondade. Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas. Mas não fique cego para o bem que sempre existe. Seja você mesmo. Fale a sua verdade, clara e mansamente mas, por outro lado, escute a verdade dos outros, porque cada um tem a sua própria história.

Nunca deixe de sonhar, pois somos do tamanho de nossos sonhos. E não esqueça que, haja o que houver, a Luz de Deus estará sempre iluminando sua vida. Nunca duvide disso. E, em suas preces, não esqueça jamais de agradecer a Êle por estarmos aqui nos preparando, evoluindo e crescendo espiritualmente. Faça como o girassol - procure viver!

                   

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

SINFONIA DA VIDA

New York, 18 de novembro de 1995, 20 horas. Entra no palco do Teatro Lincoln Center, o violinista Isaac Perelman. Com tremendo esforço, apoiado por aparelhos ortopédicos presos às suas pernas e, com duas muletas, Isaac caminhou como sempre fazia, lentamente, em passos penosos devido a uma poliomielite que o atingiu ainda na infância, sem no entanto, perder a magestade que lhe era característica.

Isaac se aproximou da cadeira, sentou-se, desatou os aparelhos ortopédicos, deixou as muletas ao seu lado, no chão e, com o auxílio das mãos, encolheu uma perna para trás e esticou a outra para a frente. Em seguida, retirou seu precioso violino da caixa, colocou-o sobre o ombro, apoiado em uma das mãos. Com a outra mão segurou o arco e apontou para o maestro, indicando que ele começasse.

O que se viu e ouviu em seguida, como de hábito, foi a genialidade de um homem através de seu violino, embalando o público com acordes de talentosa maestria. De repente, ouviu-se um estalo - uma das quatro cordas do instrumento havia se rompido. Todos olharam, em silêncio absoluto, para Isaac.

Ele fechou os olhos, respirou profundamente, levantou o arco, pedindo ao regente da orquestra que continuasse no exato ponto em que haviam parado. E o violinista tocou com incrível paixão, criando em sua mente, em sua alma, notas e acordes de forma a produzir os mesmos sons da partitura original.


O público não podia acreditar. Isaac estava tocando a mesma sinfonia em um violino com apenas três cordas. Quando terminou, o público não conseguia parar de aplaudir. Finalmente, os aplausos cessaram, a pedido do violinista.
As palavras que ele pronunciou tinham a doçura da convicção e continham, também, uma grande lição: - Um músico deve produzir sonoridade com aquilo que lhe resta.

......



Todos somos músicos no concerto da vida. Mesmo com o coração dilacerado, as cordas dos sentimentos quebradas, é preciso continuar a executar as notas musicais. Podem ser notas simples, isoladas, mas que aos poucos formarão uma melodia. E embalados pela melodia de nossa própria dor, haveremos de encontrar forças para executar a bela sinfonia da vida.


Mesmo que os dias amanheçam chuvosos e frios, mesmo que o amor tenha partido, mesmo que tenhamos ontem acompanhado os nossos entes queridos ao túmulo, continuemos tocando a melodia e descobrindo as notas de esperança que a vida nos oferece no sorriso de uma criança, na mão de um amigo, no abraço carinhoso de um companheiro.


Nós somos filhos do Universo, irmãos das estrelas e das árvores, merecemos estar aqui e, mesmo que não possamos perceber, a Terra e o Universo vão cumprindo o seu destino. Procure, pois, estar em paz com Deus.

No seu trabalho, no seu dia-a-dia, nas suas aspirações, na fatigante jornada pela vida, conserve, no mais profundo de seu ser, a harmonia e a paz. Aprenda a escutar a verdade dos outros, pois eles têm a sua própria história. Apesar de tudo, o mundo ainda é lindo, haja vista o exemplo de Isaac Perelman. 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A CURA ATRAVÉS DA MENTE


"O amor é a energia mais fundamental, é a essência de nosso ser e do Universo. É o amor que une e conecta todas as coisas e pessoas. O amor é mais do que um objetivo, mais do que um combustível, mais que um ideal. Nós somos Amor!"

                                                              Brian Weiss


Brian Weiss é norte-americano, graduado na Universidade de Medicina de Yale em 1970. Estagiou em Medicina Interna na New York University Medical Center, retornando após à Yale, fazendo residência em Psiquiatria. Vive, atualmente, em Miami, Flórida, onde escreve e realiza seminários públicos sobre o tema da reencarnação. É, também, o presidente emérito do Departamento de Psiquiatria da Mount Sinai Medical Center, em Miami e Professor Clínico Associado de Psiquiatria da Universidade de Miami School of Medicine.

Escreveu diversas obras, entre elas "Muitas Vidas, Muitos Mestres", "O Passado Cura", "Só o Amor é Real", "Meditando com Brian Weiss", etc.
Nestes livros, Weiss nos traz exemplos de vida após a morte, reencarnação, espíritos que se comunicam conosco e uma série de fatos cientificamente atestados que dão a certeza de que a morte não é o fim e, sim, apenas  o começo de uma nova vida.


Em "O Passado Cura", Brian Weiss fala acerca de transcender o tempo e os limites, revelando como as complicações físicas ou emocionais podem ser efeitos residuais de problemas na vida passada. A terapia de regressão pode ajudar o paciente a rebobinar o filme da sua vida, para que este entenda a fonte do problema, o que alivia automaticamente a dor e a agonia física e mental.


Este tratamento de regressão pode ser particularmente eficaz no combate à asma, dores musculares, dores de cabeça que não respondem à medicação, sintomas relacionados com o sistema imunológico, patologias como úlceras, artrites e outras.


Um  paciente do Dr. Weiss que sofria de asma aguda, conseguiu curar-se ao visualizar sua morte na vida pretérita, asfixiado pelo fumo. O conhecimento de que a alma é imortal, pode ser uma  chance para a  cura e acalmar a mente inquisitiva e temerosa, pois o paciente experimenta pessoalmente que possui uma natureza divina que transcende o nascimento e a morte.


Da mesma forma, possui uma resposta clara para a interrogação daqueles  que sofrem de doenças dolorosas ou terminais: - Por que eu? Daí a verdade de que superar obstáculos e dificuldades acelera o progresso espiritual. Diz Brian que as dificuldades mais sérias da vida, tais como doenças  psiquiátricas  severas ou incapacidades físicas podem ser sinal de progresso, não de retrocesso.

O ser humano vive em seu corpo físico e expressa-se através de seus relacionamentos, pois esta é a maneira pela qual nos comunicamos e este é o método primordial para aprender e evoluir. Assim, é frequente os espíritos mais fortes  carregarem fardos mais pesados, posto que  estes proporcionam grandes oportunidades de crescimento.

A porta para a dimensão eterna é sutil, nunca se escancara. E, geralmente, não existem tabuletas acima dela, informando para onde a passagem nos conduzirá em determinado momento. Às vezes, um estado de profundo êxtase, de leveza, satisfação e bem-estar representa um contato com nossa dimensão mais íntima e uma tomada de consciência de nossa essência espiritual.

Meditemos nisso. A meditação é essencial para o relaxamento e serenidade de nosso espírito.









quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

AIDS E REFORMA MORAL - PARTE I

Brasil - década de 1980. A partir desta época, a saúde dos brasileiros  foi ameaçada por uma das doenças mais sérias e horripilantes - a Aids - a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. A descoberta dessa doença gerou um clima assustador entre várias camadas da sociedade, pois até então nada ou quase nada se sabia a respeito do mal que, aos poucos, ia tirando das pessoas sua imunidade orgânica, física, moral e social. Os demais países do mundo já conviviam com a doença especialmete a África, onde há, na atualidade, o maior índice de mortalidade causado por esse mal.  

A natureza humana, por si só, trava uma luta secular com mórbidas fantasias de perfeição. Quem de nós não se sente um peixe fora d'água ou um estranho no ninho, em frente a determinadas situações que a vida se nos apresenta? 

O homem digladia-se já há longo tempo com sua natureza ideológica  compondo um cenário trágico, onde origina-se toda sorte de torturas e crimes. Preconceitos  geram  discriminação,  perfeccionismo,       complexos de inferioridade onde a suposta superioridade normal massacra os considerados diferentes.

A imunodeficiência consiste na inabilidade do sistema de defesa do organismo humano para se proteger de microorganismos invasores, tais como os vírus, as bactérias, etc. A Aids é uma doença adquirida porque não é congênita nem tampouco acontece espontaneamente, mas sim, por um fator externo - o vírus HIV que é transmitido, principalmente, através de relações sexuais com diversidade de parceiros, bem como o uso coletivo de dispositivos injetáveis  em pessoas que usam drogas. 

Esse vírus destrói os linfócitos, que são células responsáveis pela defesa do organismo, o que torna a pessoa vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas. É uma doença de perfil crônico, isto é, uma doença que não tem cura, embora atualmente, graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas da medicina, existam medicações cada vez mais eficazes para o controle desse mal.

Tanto a medicina quanto a visão espírita sobre a Aids, recomendam a não promiscuidade. O ser humano deve manter-se monogâmico para que suas fantasias não o levem a desvarios desnecessários, o que acarreta graves consequencias no desvio da lei natural.

Observa-se que toda vez que nosso organismo está enfermo, quase sempre existe, no perispírito, um desequilíbrio profundo pedindo reajuste. Este desequilíbrio gera vibrações de baixo nível que desorganizam o corpo físico, deixando-o aberto às doenças.

É interessante observar-se, também, que em nenhuma das campanhas que se faz nos mecanismos de comunicação tem se dado ênfase à reforma moral do indivíduo. É preciso reeducar-nos moralmente. A transformação moral deve ser analisada, pensada, vivida, sem imposição de outros, pois trata-se do livre-arbítrio que cada um de nós possui para decidir sua vida.

Por outro lado, ninguém tem o direito de colocar o dedo em riste para julgar o outro a respeito de sexo, nem tampouco ficar contando vantagens em matéria de moral quando se sabe que, em vidas pretéritas, tivemos imperfeições e erros.
Não podemos e não devemos agir com superioridade, hipocrisia e preconceito em relação àqueles que nascem com tendências homossexuais, pois estes muito sofrem principalmente pelo preconceito que os atinge.

Todos nós temos o dever de participar para uma melhor compreensão deste problema social como cidadãos do planeta Terra, como verdadeiros cristãos, observando e seguindo a lei básica de nosso amigo Jesus - "Amar o próximo como a si mesmo".

Assim, quebrando tabus, lutamos ao lado de nossa verdade interior e natural ou perecemos ajoelhados diante da escravidão que a ignorância das convenções sociais nos tenta impor.






terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A MÚSICA NA EDUCAÇÃO - MENSAGEM DE MOZART

                                Mensagem Espiritual

"Quis dar também meu palpite nesses intercâmbios entre os dois mundos, sobre um tema que a todos os Espíritos interessa: a Educação… Fá-lo-ei, porém, dentro do campo em que atuei na Terra e pelo qual ainda me embrenho, embora em sintonias mais sutis, em consonância com a harmonia cósmica.
Educação e música – duas palavras que ressoam harmoniosamente juntas. Deixai que a música freqüente a alma desde cedo, tocando sutilmente as fibras divinas do ser e a moralidade e o amor brotarão mais facilmente nas vossas crianças.

A música é linguagem imediata, não conceitual, que transcende os padrões rígidos das palavras, podendo enlaçar o espírito num todo. Sem que se dê conta, ei-lo que está sentindo, pensando, pulsando em todo o seu ser espiritual na vibração da música. Que poderoso instrumento de persuasão e de elevação! Porque quando a alma está desarmada, com a sensibilidade abandonada ao sabor dos ventos, a música entra por todos os poros perispirituais e a perpassa, a invade completamente…

Ora, exatamente nas crianças, que em vosso planeta ainda chegam experimentando a bênção do adormecimento, a sensibilidade está à superfície da pele. Ainda não foram reconstruídas pelo ensino racionalizado as estruturas lógicas da consciência. A criança bebe os sons, como se impregna das imagens, absorvendo profundamente as impressões que a alcançam. Eis então o meio insuperável para que essas impressões sejam harmônicas, belas e puras: a música!

Mas… é preciso antes nos entendermos a respeito dessa palavra, pois quantos arremedos de sons, quantos desencontros harmônicos e quanta sonoridade brutal chamais de música…
Direi, antes de mais nada, que o primeiro elemento da verdadeira música é o silêncio. Quem não for sensibilizado para ouvir o que a natureza nos oferece de musicalidade, o que o silêncio nos proporciona de introspecção, quem não for capaz de apalpar a sutileza de um grilo noturno ou comover-se com o canto de um pássaro, ou ainda contemplar em si mesmo o silêncio da paz, jamais compreenderá a essência da música. 

Sabeis que fazem parte, da própria composição musical as pausas, que marcam a pulsação da alma, quando se retrai na inspiração, para depois expirar novamente o som…
Assim, educai o ouvido para o silêncio da natureza e para a natureza divina do silêncio – pois é também quando se faz silêncio na Terra, que o Espírito encarcerado no corpo pode se alçar ao infinito e beber as harmonias celestiais que, garanto, não têm comparação, não têm expressão possível em vosso plano…

Depois do silêncio – a simplicidade. Começai por introduzir às crianças melodias simples, cantantes, doces. Mas eis o segredo: fazei com que degustem cada nota, cada acorde, cada suspiro da alma. Longe de mim, entretanto, sugerir-vos a aproximação da criança com a mediocridade, com o feio, com o banal. A simplicidade pode ser divina – é isso que deveis procurar (e não apenas no domínio das artes, mas da própria vida, pois quereis divindade mais simples que a de Jesus?).

Outro requisito da sensibilidade musical é o vagar. Que o espírito se abandone às harmonias e se evole às alturas! Não o enlevo contemplativo da inutilidade, em que as horas ecoam num sonhar vazio. Mas a ação, mesmo a mais nobre, não prescinde do apoio do ócio, esse ócio que os filósofos pregavam, no qual o espírito possa se cultivar para o Bem e para o Belo, apurando os laços de sintonia com as estrelas… Por isso, não corrais tanto de alguns minutos ao encontro com o Belo e permiti ,também ,que as crianças tenham tempo para a música - para fazê-la, para conhecê-la, para amá-la.

E afinal, uma última palavra sobre um outro aspecto desse vasto tema. Um aspecto que me toca ainda a lembrança da minha encarnação de músico terrestre: o das crianças-prodígio – desses espíritos que já nascem embalados pelas harmonias que jorram do Alto e que nada podem fazer senão dar vazão a essa musicalidade chegando aos borbotões. Digo das crianças que assim se apresentam espontaneamente e não dessas que, muitas vezes, treinais à força do cansaço e às quais conseguis impingir uma mecanização precoce das técnicas de interpretação. Quanto às que realmente se mostrem talentosas – evitai a idolatria! Protegei-as das manobras dos interesses mesquinhos e confiai-lhes o tesouro moral de Jesus. Esse é o melhor presente que podeis oferecer ao talento.

E, sobretudo, sabei que o Mestre conta com todos, para a sinfonia de um mundo novo e os músicos serão chamados a captar as harmonias do cosmos, traduzindo-as para a Terra e elevando o tônus vibratório do planeta. Mas, então, ajudai os músicos para que se elevem a si mesmos e suas melodias serão mais puras, suas traduções mais fiéis e suas harmonias mais doces – para embalar o terceiro milênio…".

Deste que agradece a todo o planeta pelas imerecidas homenagens de aniversário de morte e envia a todos um coração cheio de amor:
                                                           
                                                                    Mozart               9/12/91

(extraído do livro “A Educação Segundo o Espiritismo”, de Dora Incontri)


domingo, 7 de fevereiro de 2010

ANJOS - SERES DE LUZ


"Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a Ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me ilumine, me proteja, Amém."


                                         Oração ao Anjo Guardião.



Desde que Deus criou o mundo, os anjos existem. São seres de luz, seres abençoados e revolucionários, cuja finalidade de sua existência é desafiar conceitos enraizados, nos trazendo propostas de paz, união e amor universal. São homens e mulheres que dedicaram uma vida inteira à servidão a à compaixão.

São, também, seres universais posto que transcendem todas as diferenças, sejam elas religiosas, econômicas ou culturais. De imensa sabedoria, às vezes já identificada na infância, alguns já estiveram neste  planeta vivendo entre nós, no corpo físico de  grandes Mestres. Por outro lado, outros apresentam-se como seres já evoluídos e iluminados, presentes em outras dimensões do universo.


Os anjos, por amor à humanidade, estão sempre ao nosso lado auxiliando-nos na busca da evolução da consciência. Seus objetivos principais são a integralização e a universalização do pensamento humano, sugerindo-nos que as crenças religiosas são necessárias, mas não fundamentais.


Os grandes Mestres que estiveram ou ainda se encontram aqui na Terra sugerem-nos uma proposta amorosa e livre de preconceitos. Amor, compaixão, humildade, respeito e gratidão são valores universais que foram  e continuam sendo transmitidos pelos Mestres desde a criação do ser humano.


Porém, temos que meditar sobre em qual momento a humanidade se perdeu e tornou-se surda aos ensinamentos desses anjos. Em que instante passamos a crer que somos apenas seres materiais e esquecemos de nossa origem espiritual.

A história da humanidade e seus grandes Mestres nos trazem à tona imensas lições de amor, dando provas de que é possível viver em unicidade e de forma harmoniosa, libertando-nos das amarras dos dogmas punitivos. Estas mesmas lições de amor falam de liberdade de crenças e da união de dois mundos que se dividem: a ciência e a espiritualidade.

Tanto a ciência quanto a espiritualidade se duelam sem motivos e rumo ao nada. Falam de respeito às crianças da nova geração; de respeito aos idosos por sua história, sua vivência e ensinamentos; falam da proposta compassiva dos Mestres e da revolução espiritual da humanidade. Dizem também das formas de comunicação que o universo se utiliza para nos lembrar de nossa origem, inclusive através da natureza e das questões ambientais.

Por fim, sabemos que um mundo melhor se faz através de pequenas e grandes atitudes, realizadas a cada dia. Estas decisões têm um único vigia e testemunha - nós mesmos.

No futuro, o grande desafio encontra-se dentro de nossos corações. Portanto, faça a sua parte, mirando-se no exemplo dos anjos e revelando, assim, o que há de melhor em cada um de nós - a divindade expressa através do amor que nasce e floresce no interior de nosso peito. Que assim seja!