"Quem quer definir saudade
não diz nada - fala a esmo -
saudade não se define:
saudade é saudade mesmo."
Glênio Peres
Nosso poeta, jornalista, político e cidadão Glênio Peres desencarnou em 27 de fevereiro de 1988. Se vivo fosse, hoje estaria com 77 anos ,dos quais em torno de quatro décadas, dedicou-se a tornar Porto Alegre melhor. Nascido em Lavras do Sul, mudou-se para nossa Capital ainda menino.
Autodidata, estudou com passagem marcante pelo saudoso Colégio Cruzeiro do Sul. Envolvido com tudo que dizia respeito à Porto Alegre, paralelo à sua condição de jornalista, abraçou a política tornando-se vereador em 1964. Após, foi Secretário Municipal dos Transportes na gestão do então prefeito,Célio Marques Fernandes. Em setembro desse ano, aos 31 anos de idade, casou-se com Lícia Peres de cuja união nasceu seu filho Lorenzo.
Glênio colocou em execução medidas inovadoras, tais como como a contagem real de passageiros transportados pelos coletivos da Capital, trazendo como resultado uma tarifa justa e honesta. Em 1978, publicou a obra "Caderno de Notícias" (editada pela COOJORNAL) ,a qual veio juntar-se a outras obras como "Antoninho do Cavanhaque" (teatro infantil), reportagens como "Egito e Israel", "Guevara na Bolívia" e "Tupamaros no Uruguai", todas com prêmios da Associação Riograndense de Imprensa.
Em 1985, tornou-se vice-prefeito na eleição que levou Alceu Collares à Prefeitura de Porto Alegre, exercendo esse cargo até fevereiro de 1988, data de sua morte.
Porto Alegre ficou triste sem o homem que defendia todas as causas em nome de nossa Capital. Conhecia-a como a palma de sua mão, amando cada canto e cada bairro da cidade, como se nela tivesse nascido. Hoje tem, em sua homenagem, o ponto principal do centro que é o "Largo Glênio Peres", onde acontecem manifestações de cidadania e atrações culturais.
A saudade, como ele mesmo escreveu, não se define. Porém, mantém acesa e viva a vontade de tê-lo ainda aqui conosco.
Que Deus o abrigue em seu templo abençoado de paz e amor!
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