quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

AIDS E REFORMA MORAL - PARTE I

Brasil - década de 1980. A partir desta época, a saúde dos brasileiros  foi ameaçada por uma das doenças mais sérias e horripilantes - a Aids - a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. A descoberta dessa doença gerou um clima assustador entre várias camadas da sociedade, pois até então nada ou quase nada se sabia a respeito do mal que, aos poucos, ia tirando das pessoas sua imunidade orgânica, física, moral e social. Os demais países do mundo já conviviam com a doença especialmete a África, onde há, na atualidade, o maior índice de mortalidade causado por esse mal.  

A natureza humana, por si só, trava uma luta secular com mórbidas fantasias de perfeição. Quem de nós não se sente um peixe fora d'água ou um estranho no ninho, em frente a determinadas situações que a vida se nos apresenta? 

O homem digladia-se já há longo tempo com sua natureza ideológica  compondo um cenário trágico, onde origina-se toda sorte de torturas e crimes. Preconceitos  geram  discriminação,  perfeccionismo,       complexos de inferioridade onde a suposta superioridade normal massacra os considerados diferentes.

A imunodeficiência consiste na inabilidade do sistema de defesa do organismo humano para se proteger de microorganismos invasores, tais como os vírus, as bactérias, etc. A Aids é uma doença adquirida porque não é congênita nem tampouco acontece espontaneamente, mas sim, por um fator externo - o vírus HIV que é transmitido, principalmente, através de relações sexuais com diversidade de parceiros, bem como o uso coletivo de dispositivos injetáveis  em pessoas que usam drogas. 

Esse vírus destrói os linfócitos, que são células responsáveis pela defesa do organismo, o que torna a pessoa vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas. É uma doença de perfil crônico, isto é, uma doença que não tem cura, embora atualmente, graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas da medicina, existam medicações cada vez mais eficazes para o controle desse mal.

Tanto a medicina quanto a visão espírita sobre a Aids, recomendam a não promiscuidade. O ser humano deve manter-se monogâmico para que suas fantasias não o levem a desvarios desnecessários, o que acarreta graves consequencias no desvio da lei natural.

Observa-se que toda vez que nosso organismo está enfermo, quase sempre existe, no perispírito, um desequilíbrio profundo pedindo reajuste. Este desequilíbrio gera vibrações de baixo nível que desorganizam o corpo físico, deixando-o aberto às doenças.

É interessante observar-se, também, que em nenhuma das campanhas que se faz nos mecanismos de comunicação tem se dado ênfase à reforma moral do indivíduo. É preciso reeducar-nos moralmente. A transformação moral deve ser analisada, pensada, vivida, sem imposição de outros, pois trata-se do livre-arbítrio que cada um de nós possui para decidir sua vida.

Por outro lado, ninguém tem o direito de colocar o dedo em riste para julgar o outro a respeito de sexo, nem tampouco ficar contando vantagens em matéria de moral quando se sabe que, em vidas pretéritas, tivemos imperfeições e erros.
Não podemos e não devemos agir com superioridade, hipocrisia e preconceito em relação àqueles que nascem com tendências homossexuais, pois estes muito sofrem principalmente pelo preconceito que os atinge.

Todos nós temos o dever de participar para uma melhor compreensão deste problema social como cidadãos do planeta Terra, como verdadeiros cristãos, observando e seguindo a lei básica de nosso amigo Jesus - "Amar o próximo como a si mesmo".

Assim, quebrando tabus, lutamos ao lado de nossa verdade interior e natural ou perecemos ajoelhados diante da escravidão que a ignorância das convenções sociais nos tenta impor.






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