quarta-feira, 16 de junho de 2010

CORPO, MENTE E ESPÍRITO


"Somos corpo, mente e espírito. Os cientistas estão, progressivamente, acreditando mais em espiritualidade. Einstein foi um cientista religioso, uma figura extraordinária que chegou à conclusão, pela razão, da necessidade da existência de Deus."

                                Fernando Lucchese, cirurgião cardíaco.

Hoje, os conceitos mudaram com relação à vida e as manifestações de fé. Sejam religiosas ou não, passaram a ter um caráter essencialmente significativo no que diz respeito aos tratamentos de saúde e à cura das pessoas. Alguns hospitais de Porto Alegre estão adotando critérios que levam em conta estes fatores. No Hospital de Clínicas e no Hospital São Francisco, da Santa Casa, preparam-se os pacientes para as cirurgias cardíacas, falando sobre organização de vida e espiritualidade.

A fé do novo século é flexível, importando acima de tudo, a crença do homem e a energia que isso produz, tornando-se assim, esta fé, parceira dos médicos para enfrentarem as doenças.

Pessoas que têm diagnóstico de doenças graves como câncer, por exemplo, sentem-se como se fossem perseguidas pela vida, entrando num processo depressivo e estressante. Após passado o impacto do momento, pára-se um pouco para refletir, para meditar sobre a realidade e, percebe-se então,   o mundo diferentemente de até então. Com o apoio da espiritualidade e com o pensamento centrado em idéias positivas, descobre-se a aceitação do que está acontecendo e, a partir daí, valoriza-se cada detalhe bom de nossos dias. É como se olhássemos para o lado e sentíssemos o quanto somos felizes, em detrimento de outros irmãos, cujo sofrimento é maior que o nosso.

Ao criar uma motivação através da aceitação e da crença em algo, a fé mobiliza a mente e o espírito, sendo a questão do sagrado muito importante, pois faz parte da história da humanidade.

Quanto às pesquisas científicas a respeito do tema, os últimos congressos falam de uma Medicina complementar. Os médicos discutem a funcionalidade do reiki, da oração, sendo estas questões encaradas hoje, como parte da atividade e da rotina médica. Paralelamente, percebe-se que o médico "vendedor de receitas", segundo o Dr. Lucchese, está em extinção. O médico precisa, ao tratar de seu paciente, adentrar num campo mais íntimo da questão, ou seja, falar sobre a espiritualidade, o afeto, a relação, enfim, a nova linguagem que une médico e paciente.

Pesquisas realizadas com pacientes cardíacos concluiram que a equação crença versus saúde demonstrou que aqueles que exercitam a espiritualidade correm menos riscos de morrerem por problemas cardiovasculares. Avaliando 4000 idosos, observou-se que os que frequentavam alguma reunião religiosa, tiveram 40% de redução na taxa de pressão alta. Segundo os médicos, a religiosidade ajuda a reduzir a produção de adrenalina e cortisol, um hormônio que está presente nos momentos de estresse e depressão, fatores de risco para infarto e derrame.

Psiquiatras e imunologistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, constataram que o estresse, a depressão e o isolamento social produzem efeito negativo no sistema cardiovascular e na função imunológica do organismo, afetando o funcionamento do hipotálamo e da glândula pituitária (no cérebro) e das glândulas adrenais (acima dos rins). Os hormônios dessas estruturas afetam a defesa  do organismo contra vírus e bactérias.

Os estudos também demonstraram forte associação entre estados emocionais negativos como raiva e inveja causando problemas de saúde, assim como a fé  exercitada, causa grande melhoria em pacientes doentes. Constatou-se, também, que há um aumento significativo do fluxo sanguíneo nas regiões do cérebro quando a pessoa ora. Com isso, a fé libera substâncias que estimulam as células de defesa do organismo.

Portanto, concluindo, podemos afirmar que a fé, o amor, o afeto, o carinho, a espiritualização das pessoas são energias que, se colocadas em prática, salvam vidas. E, mais que isso, mostram-nos o quanto é importante termos consciência da existência de algo maior dentro de cada um de nós - Deus. D'Êle saímos e para Êle voltaremos, pois somos espíritos imortais em constante aprendizado neste mundo.

Obs.: Foi utilizada nesta postagem a entrevista dada pelo Dr. Fernando Lucchese, cirurgião cardíaco , publicada no Caderno Vida, de Zero Hora, em 12/06/2010.





Um comentário:

  1. Maravilhoso o artigo.
    Se mais profissionais acreditassem que a vida continua talvez se dessem conta da necessidade do amor frente ao próximo em uma consulta e até mesmo no dia a dia para vivermos melhor.
    Chegará o dia em que conseguiremos olhar para o nosso irmão e diremos eu te amo eu te perdoo.
    Mas ainda, vai levar um bom tempo, pois o orgulho, o melindre a raiva, a vaidade ainda estão no nosso convívio diário.
    Com fé, chegaremos lá.
    Um bom dia,
    Bjs Vera

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