sexta-feira, 4 de junho de 2010

CAPACIDADE DE AMAR


Desde o momento em que a centelha divina lateja no âmago do óvulo fertilizado pelo espermatozóide, já existe o amor. Impossível admitir-se o contrário. A partir daí inicia-se a vida. Inicialmente latente, primária, minúscula, frágil e quase que invisível a olho nú, porém grandiosa e maravilhosa em seu íntimo contato com Deus.

Assim, cada um de nós, habitantes deste planeta, fomos criados e abençoados pelo fato de sermos portadores de um espírito que, ao integrar-se ao corpo humano, renasce e desperta para uma nova realidade. Formamo-nos dentro do útero materno, convivemos com o calor e o carinho que sentimos vindos do coração daquela mulher que já nos ama e nos deseja com todas as forças de seu ser.

Somos na verdade, um somatório de infindáveis existências e não temos sequer a consciência de nossa idade espiritual. Já estivemos em milhares de lugares deste mundo e, as lembranças de cada reencarnação são guardadas para sempre no mundo espiritual, com o qual temos compromissos e responsabilidades que representam nossos erros ou acertos, dependentes que somos de nosso livre-arbítrio.

Assim Deus nos fez - criaturas de carne e osso, mas com uma alma imortal para que possamos nos amar doce e carinhosamente como ele nos amou quando nos deu a vida.

Por piores que possamos ser, somos filhos d'Ele e herdamos de Sua imensa infinitude tudo o que pensemos em SER ou TER. Podemos até não entender essa verdade, mas é assim que se processa nossa vida. Poderemos ser bons ou maus, cruéis e egoístas ou mansos de coração e estaremos dessa forma, modificando grandes acontecimentos que podem marcar para sempre uma vida ou a nossa própria existência.

Deus nos ensinou a divina capacidade de amar. Com Seu filho Jesus, Ele nos enviou muitos e grandes recados. Até nos dias de hoje, ainda recebemos, vez por outra, recados de nosso Pai. É só estarmos atentos e percebemos quantas vezes Ele nos assopra no ouvido algo que nos revela o que é necessário fazer para chegarmos ao fim do caminho que resolvemos trilhar e termos sucesso nessa busca.

A divina capacidade de amar não é uma receita a ser copiada para ser seguida e, sim, é aquilo que cada um de nós tem para dar ao outro sem hesitar, parar para pensar se vale ou não a pena. Às vezes, a capacidade de amar é apenas um sorriso. É olhar com os olhos de ver, como dizia Jesus.

Que possamos cultivar, cada vez mais, essa capacidade de amar aos outros, a nós mesmos e a Deus.










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