"Natal é paz, é alegria, é fé e esperanças que se renovam ano após ano, na doce comemoração do nascimento de Jesus Cristo."
Autor Ignorado
Vejo-me criança. Oito anos, mais ou menos. Espio pela casa, procurando algo que há dias busco encontrar. Vou a cada peça da moradia, olho dentro dos armários, atrás das portas, debaixo das camas, atrás das longas cortinas e... nada!
Estou decepcionada. Hoje é 24 de dezembro e não consigo encontrar nada que indique que meu presente de Natal já chegou. Escondo-me no banheiro, fecho a porta e choro. Choro copiosamente, lavando-me em lágrimas. Por minha cabeça, passam os mais variados pensamentos. O que será que fiz para não ter meu presente que espero há tanto tempo?
E ali, fico pensando, pensando, até que um suave cansaço toma conta de mim. E adormeço. De repente, vejo-me caminhando por um bosque onde encontro meus pais procurando uma árvore para enfeitá-la para o Natal. Sorrio, não mais choro e uma felicidade toma conta de meu coração e renova minhas expectativas em relação ao
presente tão esperado. Ora, se eles estavam à procura de uma árvore para enfeitar,
era óbvio que meu presente, com certeza, viria.
Começo a ouvir alguns sons. Ouço chamarem-me: - Nina, NIna, acorde. O que estás fazendo neste canto, dormindo no chão, encolhida deste jeito?
Acordo, sobressaltada e lembro do sonho. Esfregando os olhos, levanto-me e saio do banheiro. Novamente, ouço vozes. São papai e mamãe conversando na sala. Busco-os
e,diante de meus olhos aturdidos, vejo uma grande e maravilhosa árvore de Natal, já decorada com bolas coloridas e algodão, feito neve caindo nas folhas.
Feliz demais , abraço-os e beijo-os. Papai e mamãe me mostram, debaixo da árvore,
um lindo presépio com o Menino Jesus recém-nascido, na mangedoura. A seu lado, Maria e José. Mais adiante, os Reis Magos que vieram seguindo a estrela-guia, para
abençoar e presentear àquele que seria o Mestre dos mestres - O filho de Deus que nascia para transformar este mundo com sua meiguice, seu amor e sua fé.
Alegre e saltitante, finalmente vejo, também, debaixo da árvore, aquele belo pacote.
Este, eu só poderia abrir à meia-noite, quando o velho Noel chegaria e entregar-me-ia o presente em meus braços.
Corro até a sala para ver as horas. São 23 horas. O céu, estrelado como nunca, seria cenário para a chegada de Noel, o Papai Noel. Como estavam demorando a
passar aquelas horas. Fui observar o presépio e orar por aquela pequena criança que
ano após ano, nascia em nossos corações. Agradeci-lhe por existir, por ter uma família, um lar, alimentos à mesa e por tudo o que já tinha recebido de bom na vida.
De repente, vejo chegar o grande momento. Papai Noel sobe os degraus de minha casa
me chamando: - Nina, venha aqui buscar seu presente. Aconchego-me a ele e beijo sua barba branca e macia e, de suas mãos, recebo meu presente: a boneca com a qual eu tanto sonhara. É linda! E, ao beijá-la com carinho, ela diz: - Mamãe, mamãe. Choro de
alegria e, feliz, vou brincar com meu presente de Natal.
Postado por Blog da Paraguassu às 18:30, de 24/12/2009.
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