A BELEZA ESPIRITUAL

"A beleza exterior é efêmera, perecível e supérflua. A verdadeira beleza está no interior de cada criatura, onde reside a similitude espiritual com Deus."


                                            Maria Paraguassu




No mundo inteiro não existem duas pessoas iguais. Podem existir parecidas, mais iguais, jamais. Nem irmãos gêmeos univitelinos são iguais. Deus deu, à espécie humana, desde os filhos gerados por Êle, Adão e Eva, a virtude de que cada ser  tivesse uma fisionomia  única, própria e diferente.


A cor da pele, os cabelos, a cor dos olhos, o formato do rosto, enfim, nunca serão iguais em mais de um ser. Quando de nosso estágio na casa do Pai, à espera de nova oportunidade para virmos ao mundo, estes detalhes são os de somenor importância. O essencial será a forma em como  agiremos  quando aqui estivermos, a fim de cumprir os desígnios de Deus (e por nós escolhidos) no eterno ciclo de nossas reencarnações.


Vivemos num mundo em que a beleza exterior das pessoas é fundamental. Dá-se um valor imenso em quem é belo, elegante, famoso, etc. É uma pena que o espelho criado pelo homem para mostrar sua beleza ou sua necessidade de "parecer" assim, não seja capaz de mostrar "a outra face", aquela que realmente identifica-lhe a roupagem espiritual ou sua intimidade conscencial.


Não é raro vermos pessoas à busca de recursos em cirurgias plásticas para corrigir detalhes do rosto, corpo, etc. Chega-se ao absurdo da perda total da identidade outrora havida. Esta busca desenfreada pelo "ficar bonito", não condiz com o que verdadeiramente precisaria ser corrigido. Arrumar por fora o que por dentro está vazio, obsoleto e imprestável.


No ponto de vista geral, o que resta para os aleijados, os cegos, aqueles cujas doenças tiraram suas formas e destruíram seus sonhos de conviver em uma sociedade onde todos deveriam partilhar em iguais condições de convivência?


Infelizmente, nossa sociedade baseia-se em princípios em que os melhores são medidos  pelo status que possuem, pelas moradias que ocupam, pelo seu ganho, pelos carros último tipo, onde trabalham, enfim, pelo belo e bom.


Estes, esquecem-se do cuidado com seu interior. Ao menor problema que surge, entram em colapso mental, dando origem aos destemperos comportamentais, às agressões aos demais e por aí vai. Por isso, a grande desigualdade na humanidade: uns com pouco ou nada e outros com muito, sendo que estes não sabem dividir com seus irmãos necessitados o que nem falta lhes faz.


Assim, faz-se mister uma introspecção em nossa vida, com a finalidade de nos situarmos em nossos propósitos ou metas para que não caiamos nas tentações da superficialidade material.


A matéria fica. O que vai ao encontro de Deus é nosso espírito, intangível, sutil e eterno e responsável pelo que aqui plantou. Lá, a colheita nos espera. E belos ou feios, estaremos com o Criador, que nos julgará e nos apontará os erros e acertos havidos em nossa jornada.


Que Deus nos ilumine e nos dê condições de aprendermos com nosso Mestre Jesus, a simplicidade, o amor, a caridade e o perdão.


Que assim seja!