A TRAVESSIA
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia. E, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
Fernando Pessoa
(*) O homem moderno, criador de excelente tecnologia e descobridor de inúmeras leis que regem o Universo e a Vida, teima em ignorar a Lei do Amor, fator causal da felicidade e expressão máxima do Divino Pensamento.
Graças aos engenhos sofisticados da Astronáutica, logrou pousar repetidas vezes na Lua, enquanto suas admiráveis naves espaciais viajam na direção de outros planetas do sistema solar, já falando em turismo espacial.
As distâncias exteriores têm sido conquistadas a cada dia e a cada hora, aproximando-nos dos diferentes corpos celestes e de variados lugares terrestres.
As velocidades são alcançadas de forma desafiadora, já havendo ultrapassado a do som.
Para o homem moderno tem sido relativamente fácil superar esses desafios. Porém, não vence a distância emocional que o isola no lar, dos demais familiares; no escritório, dos colegas; na sociedade, das outras pessoas.
Mergulhado no oceano dos conflitos que o afogam,ainda não resolveu viver próximo de seu irmão, em comunhão de elevada solidariedade, encontrando-se e encontrando no familiar, no companheiro, no desconhecido que pode se tornar amigo, o desafeto que pode se transformar em colaborador.
As experiências que decorrem das viagens para fora, mais o isolam do ninho doméstico, do local de trabalho, da comunidade.
Nas férias, busca relacionamentos novos, com pessoas que vivem longe, que logo se diluem no esquecimento ou na indiferença. E, quando necessita de afetos e amizades, coloca anúncios nos jornais, afirmando-se pessoa tímida.
Navega na Internet à procura de alguém que lhe ouça as amarguras, protegido pelo anonimato e descompromissado com a aproximação.
Alguns buscam o triunfo no relevo social, na polpuda conta bancária, nas jóias de alto preço, nos bens imobiliários luxuosos, nos veículos caros, esquecendo-se de atender ao chamado do amor, que plenifica por dentro tanto os que possuem coisas como os que nada têm.
Temos que convir, portanto, que há um abismo separando o homem externo do homem interno; entre aquele que vence as distâncias físicas, mas não se auto-encontra; que resolve as dificuldades de fora e não equaciona as de dentro, evitando-as, mascarando-as, transferindo-as no tempo.
Inevitavelmente, esse indivíduo faz-se vítima da própria conduta, tornando-se inseguro, insatisfeito, alienado e, não raro, vítima da saturação, da irritabilidade, do tédio, que o poderão empurrar para o alcoolismo ou outras drogas, para o sexo descomprometido, para a loucura, o suicídio ou o crime.
Faz-se urgente que alteremos nossa ótica equivocada pela qual temos observado as finalidades da vida, a fim de que encontremos as soluções para os problemas do ser humano em si mesmo.
O homem de hoje, enfrentando alta soma de dissabores, angústias e incertezas, não terá outra alternativa logo mais, exceto viajar para dentro, aproximando-se dos demais indivíduos e redescobrindo a sua imortalidade espiritual, a transitoriedade do corpo orgânico e a excelência do amor como responsável por tudo quanto existe, manifestação natural e especial de Deus.
É nesse momento que se faz mister a inadiável travessia quando, cientes de nossa vida espiritual, colocamos em nosso coração Deus Todo Poderoso, aquele que nos ama e nunca nos abandona. Pensemos nisso e quiçá, alcancemos a grande sabedoria de amar sempre incondicionalmente a nós mesmos e ao nosso próximo.
(*) Texto baseado na mensagem "Conquistas Internas e Externas", do livro "Sob a Proteção de Deus", Editora Leal.
Postado por Blog da Paraguassu em 01 de setembro de 2010.
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia. E, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
Fernando Pessoa
(*) O homem moderno, criador de excelente tecnologia e descobridor de inúmeras leis que regem o Universo e a Vida, teima em ignorar a Lei do Amor, fator causal da felicidade e expressão máxima do Divino Pensamento.
Graças aos engenhos sofisticados da Astronáutica, logrou pousar repetidas vezes na Lua, enquanto suas admiráveis naves espaciais viajam na direção de outros planetas do sistema solar, já falando em turismo espacial.
As distâncias exteriores têm sido conquistadas a cada dia e a cada hora, aproximando-nos dos diferentes corpos celestes e de variados lugares terrestres.
As velocidades são alcançadas de forma desafiadora, já havendo ultrapassado a do som.
Para o homem moderno tem sido relativamente fácil superar esses desafios. Porém, não vence a distância emocional que o isola no lar, dos demais familiares; no escritório, dos colegas; na sociedade, das outras pessoas.
Mergulhado no oceano dos conflitos que o afogam,ainda não resolveu viver próximo de seu irmão, em comunhão de elevada solidariedade, encontrando-se e encontrando no familiar, no companheiro, no desconhecido que pode se tornar amigo, o desafeto que pode se transformar em colaborador.
As experiências que decorrem das viagens para fora, mais o isolam do ninho doméstico, do local de trabalho, da comunidade.
Nas férias, busca relacionamentos novos, com pessoas que vivem longe, que logo se diluem no esquecimento ou na indiferença. E, quando necessita de afetos e amizades, coloca anúncios nos jornais, afirmando-se pessoa tímida.
Navega na Internet à procura de alguém que lhe ouça as amarguras, protegido pelo anonimato e descompromissado com a aproximação.
Alguns buscam o triunfo no relevo social, na polpuda conta bancária, nas jóias de alto preço, nos bens imobiliários luxuosos, nos veículos caros, esquecendo-se de atender ao chamado do amor, que plenifica por dentro tanto os que possuem coisas como os que nada têm.
Temos que convir, portanto, que há um abismo separando o homem externo do homem interno; entre aquele que vence as distâncias físicas, mas não se auto-encontra; que resolve as dificuldades de fora e não equaciona as de dentro, evitando-as, mascarando-as, transferindo-as no tempo.
Inevitavelmente, esse indivíduo faz-se vítima da própria conduta, tornando-se inseguro, insatisfeito, alienado e, não raro, vítima da saturação, da irritabilidade, do tédio, que o poderão empurrar para o alcoolismo ou outras drogas, para o sexo descomprometido, para a loucura, o suicídio ou o crime.
Faz-se urgente que alteremos nossa ótica equivocada pela qual temos observado as finalidades da vida, a fim de que encontremos as soluções para os problemas do ser humano em si mesmo.
O homem de hoje, enfrentando alta soma de dissabores, angústias e incertezas, não terá outra alternativa logo mais, exceto viajar para dentro, aproximando-se dos demais indivíduos e redescobrindo a sua imortalidade espiritual, a transitoriedade do corpo orgânico e a excelência do amor como responsável por tudo quanto existe, manifestação natural e especial de Deus.
É nesse momento que se faz mister a inadiável travessia quando, cientes de nossa vida espiritual, colocamos em nosso coração Deus Todo Poderoso, aquele que nos ama e nunca nos abandona. Pensemos nisso e quiçá, alcancemos a grande sabedoria de amar sempre incondicionalmente a nós mesmos e ao nosso próximo.
(*) Texto baseado na mensagem "Conquistas Internas e Externas", do livro "Sob a Proteção de Deus", Editora Leal.
Postado por Blog da Paraguassu em 01 de setembro de 2010.
Olá,
ResponderExcluirÉ incrível como tudo muda quando nos damos conta exata do primeiro mandamento...
Tenha ótima tarde/noite cheia de paz!
Abraços fraternos