“Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de
tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes
incêndios?
(Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião
pública, na noite de 23-2-1972, em Uberaba, Minas).
RESPOSTA:
Realmente, reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça
Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a
Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no
mais severo julgador de si próprio.
Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados
nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos
passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.
É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos
compromissados para a redenção múltipla.
Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos
coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos
diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação
conjunta em acidentes públicos.
Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em
proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos, o
ápice de epidemias arrasadoras.
Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade, pela
megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração,
pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha,
aparentemente imerecida, em acontecimentos de
sangue e lágrimas.
Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades, na conquista de
presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa,
solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos
incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.
Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a
extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos
esforços e tarefas de resgate e reajuste, a fim de induzir-nos a estudos e
progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança.
É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se
retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para
defender-se e valorizar a vida.
Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres
que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas
com que se defrontaram são igualmente nossos.
Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença
de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o
sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que
tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.”
Do livro: XAVIER,
Francisco e Autores Diversos:
“Chico Xavier Pede Licença.”
Queridos irmãos e amigos,
Através desta postagem, reporto-me ao terrível incêndio ocorrido
em meu Estado e em Santa Maria, minha cidade natal e que ceifou centenas
de vidas.
Desespero-me vendo a dor daquelas famílias que perderam seus entes
queridos. Porém, valho-me da oração para pedir a Deus que todos os que
aportaram na espiritualidade naquele momento de seus desencarnes, tenham sido
recebidos com todo o amor, carinho e bondade pelos espíritos encarregados do
resgate aos recém chegados às colônias espirituais.
Que a dor de seus familiares e amigos seja abençoada e que tenham em sua
memória seus entes queridos como se vivos estivessem, pois que assim o estão,
porém em outro plano.
Que a saudade que todos sentem seja minimizada com a certeza de que nada
ocorre por acaso e que Deus é Pai Misericordioso e que ama a seus filhos acima
de tudo.
Deixo aqui, meus sinceros sentimentos aos familiares de nossos irmãos
que partiram para a vida eterna.
Que assim seja!