sexta-feira, 6 de julho de 2012

QUANTOS AMIGOS VOCÊ TEM?




Pois ele tem 587 amigos no Facebook. Quase 300 seguidores no Twitter. Caixa de entrada sempre lotada de e-mails. E quem vem para jantar? Ninguém. Pois não houve sequer convite. Houve apenas uma leve vontade e um plano esquecidos na mesma gaveta onde jazem contas pagas. Algumas reclamações sobre solidão e amizades de aparência. Um esperar por que lhe procurem. Houve apenas a ideia utópica de que amizades seriam como sementes que caem ao acaso de um caminhão e tornam-se - também ao acaso - plantas viçosas em rachaduras do asfalto.

Parece batido que amizade precisa de paciência, disposição e dedicação. Mas é batido e bonito e entendido em textos que lemos, nas novelas e filmes que assistimos ou que preferimos não assistir. Porque a teoria é compreensível e a prática, impraticável. Qual seriam mesmo os motivos? Falta de tempo, inversão de prioridades, limites quase inaceitáveis de uma procrastinação aleatória. Porque é mais cômodo sentir um despontar de dor ao compartilhar apresentações no PowerPoint - também batidas - que falam do valor de um amigo e outras coisas nostálgicas e altruístas, a lembrar de ligar para um amigo sem motivo aparente. Sem que haja algo trágico ou maravilhoso para contar. Só ligar. Ou só atender uma ligação. Para saber do tempo, da vida, do cabelo, dos filhos, do que jantou na noite passada.

Por que mesmo é difícil ter amigos "de verdade" hoje em dia? Não, não é culpa da Internet nem do mundo. A culpa é minha e sua. E nossa culpa começa em querermos separar o que é verdade e o que é mentira. Porque o justo seria não haver mentiras e verdades e sim verdades aceitas e verdades não toleráveis. E mais justo que cada um escolhesse para si o que lhe convém.

Parecia mais fácil fazermos e mantermos amigos na infância porque não nos preocupávamos com coisas como distância e traição. Porque existiam cartas que sempre chegavam e verões que sempre voltavam. Porque existia fidelidade sem que ao menos soubéssemos o que ela significava. Porque ninguém ocupava o lugar de ninguém. Sabíamos esperar. Não tínhamos tanta pressa e não preenchíamos os espaços vazios com achismos ou caraminholas. Porque relógio, medo e futuro eram coisas de adulto. Assim como pensar demais e amar de menos.


                                    Renata Bezerra
                                     Farmacêutica
                Artigo do Jornal Zero Hora, de 4/7/2012.

terça-feira, 3 de julho de 2012

CONTAR AS BÊNÇÃOS






“A natureza, caprichosa artesã, jamais repete um alvorecer ou um pôr de sol.
A cada amanhecer o céu se veste com
cores e tons diferentes.
Há manhãs de sol e de muita luz, que nos
convidam a despertar sorrindo.
Há manhãs cinzentas, em que nuvens escuras
e densas cobrem sem piedade os raios
dourados do sol.

Há tardes em que o poente assume cores que
nem mesmo os mais criativos pintores jamais arriscaram usar em seus trabalhos.
Há poentes em que a garoa fina domina a paisagem, ocultando, em meio à bruma, até mesmo
as árvores mais próximas.

Há noites sem luar, quando as sombras invadem nosso olhar e as estrelas distantes parecem senhoras
 de um brilho ainda mais intenso.
Há dias de sol e há dias de chuva.

Assim, também, são os momentos de nossas vidas.
Nenhum minuto repete minutos anteriores.
Nenhum dia é igual a outro que já vivemos, tampouco será idêntico a algum que
ainda vamos viver.

A vida é feita de experiências únicas que, somadas, criam o arcabouço de nossa história.
Há momentos de alegria e momentos de dor.
Há conquistas que nos felicitam.
Há perdas que nos dilaceram.

Tudo que vivemos e aprendemos integra nossas existências e forma o ser que somos ou
que um dia seremos.
É evidente que nem todos os momentos são fáceis.
Há dificuldades que
nos parecem intransponíveis
e dores infinitas.

Nesses momentos o desalento deita sobre nós
o peso do sofrimento e da angústia.
Curvamo-nos, incapazes de olhar o horizonte,
e só vislumbramos as pedras do caminho.
Não somos capazes de perceber a luz do sol
que brilha acima das nuvens.
Tampouco notamos a beleza das flores que emolduram a nossa estrada.

Nessas ocasiões, lembremo-nos de contar
as bênçãos recebidas.
Enumeremos as dádivas que iluminam nossos dias.
São tantas!

O corpo físico, instrumento bendito que nos possibilita mais essa jornada terrestre;
a família, composta por amores do passado e do presente, oportunizando-nos
reconciliação e crescimento conjunto;
os amigos, presenças que nos fortalecem e animam
nas mais variadas situações; o trabalho,
fonte de recursos materiais a sustentar-nos
e engrandecer-nos; a mensagem do Cristo,
guiando nossos passos por trilhas de luz,
consolando-nos sempre;
a natureza exuberante, prova inequívoca da existência e da presença de
Deus em nossos dias.

Não deixe que as adversidades ocultem dos seus olhos as bênçãos que a vida lhe concede.
Se a saúde lhe falta, se os amores se
afastaram ou se os recursos materiais se mostram escassos, não se entregue ao desespero.
São apenas dias de chuva a preceder manhãs de sol.

São situações passageiras e necessárias para o aprendizado do Espírito.
Valorize o que de bom você já conquistou.
As verdadeiras riquezas não são consumíveis pelo tempo, nem podem ser corroídas
pela inveja alheia.
Ao contrário, elas integram e integrarão,
para sempre, a essência de cada ser,
completando-o.

Conte as bênçãos que já lhe chegaram às mãos
e que hão de fazer eternamente parte
da sua existência imortal.
Levante os olhos, seque as lágrimas
e prossiga sempre.”

Momento Espírita




segunda-feira, 2 de julho de 2012


                 


                            PARA  GENAURA  TORMIN


O que dizer diante de uma alma tão linda, como Genaura?
Uma pessoa que a bendita virtualidade encarregou-se de fazer com que nos conhecêssemos e nos tornássemos amigas, irmãs e companheiras, nesta labuta diária que travamos na trajetória desta existência.

Pessoalmente, não a conheço e nem ela a mim. Porém, somos parceiras nos problemas e nas alegrias, nas derrotas e nas vitórias, porque sinto, em Genaura, uma força de vida tão grande que a torna, simplesmente um anjo, em forma de mulher.

Aprisionada em uma cadeira de rodas há muito tempo, ela tem a doçura e a meiguice de uma flor recém desabrochada.
Por tudo o que já conheço a respeito dela, admiro-a muito.
Verdadeira guerreira, sua luta é diária e constante e nada do que possa acontecer lhe tira o ânimo e a luta, que conserva por ideal a seguir.

Vejo-a como uma ponte de ferro, construída para unir aqueles que a cercam, com tenacidade, força, coragem e muita fé, sendo conhecida por todos os que com ela convivem, como uma exímia e talentosa guerreira.

Nada a detém; nada para ela é impossível; esta é Genaura, uma criatura com que Deus nos presenteou, dando-nos a prova irrefutável de Sua existência em nossas vidas.

Sentimental, bondosa e carinhosa também são características de sua personalidade. Inteligente, arguta, dona de uma alta sensibilidade emocional e intelectual, Genaura é exemplo para aqueles que vêem, no menor percalço da vida, as portas da derrota.

Amiga, irmã e companheira querida, nesta data de seu aniversário quero abraçar-lhe e estender a você minha profunda admiração, apreço e simpatia. Desejo que Deus lhe permita viver muito tempo ainda junto de sua família, amigos e, também, conosco.
Que você seja, hoje e sempre, muito feliz, que tenha muita saúde, muito sucesso em sua vida profissional e que continue exalando o perfume do amor, da paz e da alegria, por onde passares.
Um feliz aniversário e um grande beijo em seu coração.

                             Maria Paraguassu.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A ESPERA




Um dos principais males que afligem o ser humano nos dias atuais é a ansiedade. Há um desespero predominante em querer realizar os desejos de maneira instantânea.

Neste anseio pelas realizações, perdemos uma das maiores riquezas da vida, que é o usufruir do momento presente. Isto acontece porque, ao longo do tempo, nos esquecemos de que somos parte indissociável da natureza e, por essa razão, o mais sensato seria que vivêssemos em perfeita sintonia com o ritmo dela.

Se conseguirmos paralisar por alguns instantes nossa ansiedade, e recordar como tudo na existência precisa de um tempo certo para germinar, gerar frutos e amadurecer, certamente nos libertaremos da angústia que é gerada pela necessidade de apressar o ritmo natural da vida.

Nosso ego não aceita ser contrariado em seus desejos, por esta razão, ele nos leva a agir de modo impulsivo, buscando fazer com a realidade se molde à nossa vontade.

Quando isto não acontece, somos dominados ou pela revolta, ou pelo sentimento de vítimas e, rapidamente, buscamos dentro de nós um motivo qualquer que explique a razão pela qual estamos sendo punidos.

Se encontramos uma explicação, ela vem seguida pela culpa e nos atormentamos, remoendo o arrependimento. Se não identificamos um motivo, aí então, culpamos Deus, outra pessoa ou qualquer circunstância externa pelo nosso sofrimento.

O fato é que raramente nosso ego assume que ele próprio afasta a realização de nossos objetivos, ao se deixar dominar pela urgência e pelo desespero.
Aprender a esperar é um dos maiores desafios da vida, mas é também o que pode nos proporcionar as mais valiosas lições, no que diz respeito ao crescimento interior, à maturidade e à sabedoria.

Nós nos esquecemos de como esperar; este é um espaço quase abandonado. No entanto, ser capaz de esperar pelo momento certo é nosso maior tesouro. A existência inteira espera pelo momento certo. Até as árvores sabem disso - qual é o momento de florescer, e o de deixar que as folhas caiam, e de se erguerem nuas ao céu. Também, nessa nudez ,elas são belas esperando pela nova folhagem, com grande confiança de que as folhas velhas tenham caído, e de que as folhas novas logo estarão chegando.

E as folhas novas começarão a crescer. Nós nos esquecemos de como é esperar: queremos tudo com pressa. Trata-se de uma grande perda para a humanidade...

Em silêncio e à espera, alguma coisa dentro de você vai crescendo - o seu autêntico ser. Um dia, ele salta e se transforma numa labareda, e a sua personalidade inteira é estilhaçada: você é um novo homem. E esse novo homem conhece os rumos eternos da vida.”



                                                       Osho



segunda-feira, 25 de junho de 2012

É PROIBIDO




É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo.

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas
e mau humor.
É proibido deixar os amigos.

Não tentar compreender o que viveram juntos,
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam.

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino.

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso,
só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.

É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas delas valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida.

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá,
também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.


PABLO NERUDA

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A CONSCIÊNCIA



O cérebro não produz a consciência, que procede do Espírito, permanecendo independente das células.
Através dele exterioriza-se e, quando os seus equipamentos se apresentam defeituosos, impedem-lhe a manifestação na área física.

O homem é, portanto, o ser espiritual, momentaneamente encarcerado no corpo de carne e osso que deve conduzir com elevação, buscando alcançar a finalidade para a qual se encontra em regime transitório, pois que está fadado à imortalidade, à glória.

O instrumento somático passa, terminada a programação que lhe foi estabelecida pelo Espírito que o vitaliza, na condição de meio para a reparação dos deslizes morais do passado e aquisição de conhecimentos e amor para o futuro.

Viver para a realização exclusiva da matéria, constitui grave equívoco de conseqüências lamentáveis, em face da decepção que proporciona, em razão da constituição transitória.
Desprezá-lo, a pretexto de superação mental, igualmente se torna crime de efeitos danosos, considerando-se o valor de que se reveste.

O homem tem por obrigação viver conforme as circunstâncias, colocando a consciência em Deus e liberando-a dos limites estreitos do corpo.
Rompe, desse modo, a ligação entre a tua consciência e as paixões que se manifestam pelo teu corpo, remanescentes das tuas marchas ancestrais nas formas primárias.

Separa os laços da forma carnal em que predominam a dor, a ansiedade, a fome, a insatisfação frustradora, as enfermidades minadoras das resistências morais.
Aquieta-te e respira livremente, esquecendo as limitações orgânicas, e voa com a tua consciência pelos rumos infinitos.

Banha-te com a luz da esperança e da paz, irradiando-a em favor de outras vidas.
Sê a claridade que se espraia, rasgando as sombras do corpo, as barreiras do cérebro, as mágoas do coração.
A consciência é irradiação do pensamento eterno, expressando-se na dimensão da própria conquista.
Lúcida, reflete as conquistas logradas.
Confusa, demonstra a situação penosa em que ainda se encontra.

Sempre, porém, dispõe de recursos para crescer e romper barreiras.
A sua condição de lucidez propicia calma, confiança e fé irrestrita no próprio destino.
Quando aturdida, gera balbúrdia, desarticulando os implementos nervosos pelos quais se externa.

Consulta com a razão, os painéis da tua consciência e trabalha com afinco o campo do amor e do conhecimento, no qual ela se expande na busca da Causalidade Cósmica.

     
            Esp. Joanna de Ângelis 
          Livro: Momentos de Alegria



sábado, 16 de junho de 2012

O AMOR IMPOSSÍVEL



Se você ama alguém que não lhe pode corresponder, lembre-se daqueles que não têm um amor, ao menos para chorar suas lágrimas.
Se o amor é uma conquista, alguns ainda não a alcançaram.
Se a pessoa que você ama já tem compromisso, evite viver uma relação paralela, que poderá machucar seu coração. Nossos sentimentos comandam nossa vida; deixá-los à deriva é perigo para a própria sobrevivência.

Ninguém que se aventura numa relação paralela, consegue dela sair sem marcas. Os motivos que levam alguém a tal aventura geralmente se enraízam em vidas passadas.
Quem ama nem sempre consegue correspondência com o ser amado. Às vezes, nos deparamos com os amores platônicos ou não recíprocos. Respeitar os limites do outro é fundamental para nosso equilíbrio psíquico.

Quando você se deparar com um amor proibido atravessando seu percurso de vida, olhe para si mesmo e conscientize-se de que você não merece pagar preço tão alto por uma ligação que não possa ser postergada.
Se o seu amor não é correspondido ou é platônico e o outro não sabe e nem lhe dá atenção, não espere que um milagre resolva a situação. Lance-se ao seu próprio destino buscando realizações superiores.

Não lamente a saída de alguém de sua vida.
Reenquadre-se  na posição que você deve ocupar na vida, perante o futuro, sem aquela pessoa. O outro que saiu, apenas desocupou o espaço por você constituído. Permita que algo nobre ocupe devidamente aquele lugar.
Se você se encontra em solidão, observe à sua volta e verá que, mesmo acompanhado (a), muita gente está só. A companhia do amor é a paz da consciência e o pensamento voltado para o futuro.

Por contingências reencarnatórias, o amor entre duas pessoas poderá estar separado pelos laços de parentesco, pelo compromisso do outro, por expiações ou pela preferência sexual. Nesses casos, aja com cautela e equilíbrio, considerando que a separação imposta pela vida representa processo educativo em curso.
Muitas vezes tentamos colocar num ponto máximo de nossa vida o amor a uma pessoa em lugar do amor a Deus, à vida ou, até mesmo, a si próprio. Esse amor exagerado tende a anular quem a ele se entrega.

Em determinada fase da vida nos encontramos com um outro, que inunda nossa consciência alojando-se sem pedir licença, parecendo ser a única razão de existirmos.
Muitas vezes se trata de fascinação movida por carências não atendidas. Valorização de si mesmo e autoestima, são fundamentais para o reequilíbrio psíquico.
As barreiras da posição social, do nível intelectual e outras erigidas pelo preconceito, são contingências que nos ensinam a grandeza da vida verdadeira, da qual somos originários e para a qual voltaremos como espíritos.

Se o amor possível está difícil, o impossível merece a nossa cautela para não se tornar uma armadilha cármica a nos aprisionar na teia das reencarnações expiatórias.
O amor não-amado, Jesus, soube entender os homens, face à ignorância espiritual da humanidade. O seu amor é o amor possível e libertador.

O amor não correspondido é aquele que devemos esquecer, a fim de buscarmos outro amor que preencherá nossa vida de felicidade e de paz. A fixação nele é porta aberta à obsessão e à anulação de si mesmo.
O amor impossível nos aprisiona e nos faz estacionar diante da vida. Sua presença em nossa consciência e em nosso coração, impede-nos de crescer e evoluir.
Se não conseguimos realizar o amor que nos parece o máximo de nossa vida, lembremo-nos que um outro amor pode estar a nos esperar do outro lado da vida, confiante em nosso amadurecimento antes da partida.
O amor dos entes queridos, que nos antecederam na viagem, pertencem ao nosso passado reencarnatório.  Estará sempre presente em nossas vidas, na medida em que permaneçamos trabalhando em favor do amor e para que este alcance os que dele carecem.

Amanhã poderemos estar diante de algo muito mais importante do que aquele amor que nos impede o crescimento. Na manhã seguinte, certamente o dia poderá ser mais acolhedor. Acredite no amor possível; é ele que nos faz crescer.
Jesus nos ensinou que o amor é sempre possível àquele que pensa no Bem.

               
                     Adenauer Novaes
                Do livro: "Amor Sempre"