quarta-feira, 5 de outubro de 2011

CIÊNCIA E VIDA



"No mundo, possuímos centrais elétricas  que asseguram
a iluminação de grandes cidades. Impossível, no entanto, olvidar os milhões de criaturas
que ainda se debatem nas trevas da ignorância.  


Dispomos de usinas poderosas que geram forças indispensáveis à manutenção do trabalho
em largas faixas do Globo. Forçoso lembrar, porém, que surpreendemos,
em toda parte, legiões de pessoas tombadas
em desânimo ou desespero,
a caminho da criminalidade ou do suicídio, à míngua de energia espiritual.  


Realizamos, com êxito, a ablação de tumores malignos. Necessário, todavia,
observar que ainda não sabemos como impedir a formação dos quistos
de ódio que infelicitam as almas. 


Construímos palácios de moradia com todos os apetrechos da civilização.
Imperioso, entretanto, anotar que em nenhuma época do passado, tivemos que facear
tantos processos de angústia e de obsessão. 


Num átimo, escutamos essa ou aquela mensagem, expedida sem fio, de ponta a ponta do Planeta.
Quase sempre, contudo, ignoramos de que modo ouvir, com serenidade e proveito,
as queixas do próximo em sofrimento. 


Transita-se agora da Terra para a Lua, ultrapassando-se as barreiras da gravitação.
No entanto, muito de raro em raro, aprendemos a superar as trincheiras
da indiferença ou da aversão para viajar de uma casa para outra ou de nossa alma 
para outra alma, a serviço da paz. 


Ciência e vida; bendita seja a inteligência que esculpe as técnicas avançadas do progresso,
responsáveis pelas novas facilidades humanas.  Entretanto, é preciso reconhecer que
sem Jesus Cristo aplicado à nossa própria vida, estaremos sempre andrajosos e famintos de coração." 


                                                  Emmanuel

             Do livro "Paz e Renovação", de Francisco Cândido Xavier.                               


A ciência avança, em grande velocidade, em todas as áreas do conhecimento humano. Hoje, já estamos a um passo de descobrir, por exemplo, através do estudo da Genética, a possibilidade de recriar novos órgãos humanos, por meio da utilização de células-tronco. Não obstante este  avanço conjugado à tecnologia de ponta que assistem a estas descobertas, muito ainda fica a desejar quando se fala em ciência versus vida.

Há poucos dias atrás, uma notícia na mídia  trouxe um índice traumático para aquelas pessoas que necessitam de órgãos para voltar a ter uma qualidade de vida padrão. Cai aceleradamente o número de doações de órgãos, por causas ainda pouco conhecidas. As filas de espera aumentam a cada dia, enquanto as doações diminuem acentuadamente.

Enquanto o mundo rompe estas barreiras, dando sinais evidentes de que a inteligência humana amplia seus horizontes a favor do próprio ser, por outro lado, constatamos o triste e melancólico afastamento de Deus. Tomado pelo orgulho e vaidade, o homem sente-se o todo-poderoso e desafia seu Criador, ao renegar, inclusive, sua origem de alma imortal e sujeita à quitação de débitos que se arrastam por vidas passadas e que, um dia, haverão de ser pagos.

Já fomos à Lua na certeza de que lá, encontraríamos vida como a nossa. Já tentou-se chegar a outros planetas, julgando descobrir o que ainda é e será por muito tempo, um mistério insondável. Não somos os únicos seres no Universo. Jesus já dizia que "há muitas moradas na casa de meu Pai".  Mas, para o homem, cujo orgulho e soberba se sobrepujam à espiritualização da matéria, esta é uma questão incompreensível pela pequenez de seu comportamento consciencial diante destes fatos.

As trevas da ignorância levam o homem à descrença e ao abandono de viver em paz com o mundo que o cerca. A energia de que o ser humano necessita está dentro dele próprio - é a luz que emana da fé raciocinada, cujo cultivo lhe fornece a força necessária para promover a cura de seus males físicos e psíquicos e que, se mantida e renovada sempre, lhe garantirá amar ao próximo como a si mesmo e exercitar a caridade, essencial fator para a interação com seus irmãos. 

Precisamos parar a azáfama de nossa vida para ter ouvidos de ouvir e assim, preocupar-nos com nossos irmãos e suas dores que, no fundo, também são nossas. É mister que desatemos os nós da intolerância para buscarmos, na prece e no amor incondicional, aquele companheiro de jornada que, como nós, tropeça, cai e levanta-se, para dar continuidade à caminhada.

Que a ciência aliada à vida nos traga o progresso espiritual e a evolução, tão necessária à realização do que projetamos na eternidade para ser realizado aqui neste planeta. E que sejamos nós, os executores das virtudes que elevam nossa alma imortal até o momento de deixarmos a morada física e entregarmo-nos a Deus.

Que assim seja!
  


domingo, 2 de outubro de 2011

NAS ASAS DO TEMPO


"Faze de cada hora - um poema de amor...
Renúncia vazia - terra seca.
Oração sem serviço - candeia apagada.
Trabalho sem alegria - flor sem proveito.
 
Cultura sem caridade - árvore estéril.
Sermão sem exemplo - trovoada sem chuva.
 

Vida sem ação - enterro lento.
Filosofia sem bondade - conversa vã.
Talento oculto - fonte escondida.
Fé parada - vaso inútil.
Virtude sem movimento - ninho morto.
Lição sem obras - museu de idéias.

Repara os recursos de que dispões:
Pensamento nobre.
Conhecimento superior.
Raciocínio pronto.
Diretrizes claras.
Ouvidos percucientes.
Olhos iluminados.
Verbo fácil.
Movimentos livres.
Mãos seguras.
Pés hábeis.

Não te afeiçoes a mortificações improfícuas. 
Cada criatura, onde passa, deixa o próprio reflexo.
 
Só a inércia vagueia no mundo como sombra na sombra.
 
Tu, porém, deves caminhar, à feição do raio solar, dissipando as trevas.
 
Cada hora, podes fazer a dor menos amarga.
 
Cada hora, podes fazer a luta mais construtiva.
 
Imensos são os males do mundo - não os agraves com o desespero.
 
Enormes são as mágoas dos outros - não as multipliques com o fel da reprovação.
 
Onde estiveres, restaura, conserta, alivia, ampara e desculpa...
Em qualquer circunstância, recorda o Cristo, que passou entre os homens entendendo e ajudando...
 
E ainda mesmo quando se viu condenado sem culpa, pelos mesmos homens aos quais servia,
 
partiu para a morte, perdoando e amando... Torturado na cruz, mas de braços abertos!"



Emmanuel




Nosso amado amigo espiritual Emmanuel nos deixa, na mensagem acima, uma grande e maravilhosa lição - fazer de cada hora de nossa vida um poema de amor.
Um poema de amor se faz através de pequeninos atos que transcendem o cotidiano normal e dão um maior sentido à vida.
O modo de ser de cada um de nós faz com que deixemos, também, um pouco de nós mesmos em cada lugar que passemos. É o reflexo de nós, o espelho de nossa alma.
Devemos ser como a luz do sol a iluminar os caminhos por onde  quer que estejamos,  deixando um rastro de paz e amor.

Nas lutas e entraves do dia a dia, que sejamos aqueles que fazem a vida ficar menos amarga, com o nosso amparo e solidariedade.
Se encontrarmos um desafeto desta vida ou mesmo de outras pretéritas, não o reprovemos por isto e, sim, tentemos amá-lo mais, demonstrando, com esta atitude, a nossa benevolência e o nosso perdão.
Se assim agirmos, estaremos recordando Jesus e seus ensinamentos: amar para ser amado, perdoar para ser perdoado.

Fazer um poema de amor a cada instante da vida... 
Fazer um poema de amor é acreditar veementemente em nós mesmos, naquilo que podemos criar e fazer acontecer. Nossa mente é a chave mestra de toda e qualquer ação que fizermos. O pensamento é a energia mais veloz que existe e, com a força do mesmo construímos ou destruímos toda e qualquer coisa que seja.

Hoje, vivemos uma parcela do ontem. Trazemos, no perispírito, as  marcas
do passado, em que houveram ou não comprometimentos a serem quitados neste presente. Muitas vezes, são necessárias inúmeras reencarnações para que tenhamos chance de, indo e voltando, acertarmos as contas com Deus.
Muito nos é cobrado, porque muito podemos dar. Doando nosso amor e caridade para aqueles irmãos que tanto necessitam, estaremos cumprindo nosso papel de cristãos.
Agora, são eles que precisam de nós. Amanhã, poderá inverter-se a situação. Seremos nós os que buscam o amor e a solidariedade.

E assim, como se estivéssemos nas asas do tempo, percorremos a eternidade, buscando a felicidade suprema de voltar à pátria espiritual para completar mais um ciclo reencarnatório, sendo a  lei  da  vida  nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir continuamente.

Paz e luz a todos!





quinta-feira, 29 de setembro de 2011

CARMA - LIVRE ARBÍTRIO OU EXPIAÇÃO?



"O que chamamos de carma é construído por nós mesmos, no exercício do nosso livre arbítrio, na escolha de nossas opções. 
Nós somos os únicos responsáveis pela escolha do nosso caminho. O problema é que, após a escolha, temos que trilhar pelo caminho escolhido.
Útil, não é necessariamente aquele que, quando está na erraticidade, solicita reencarnar como um deficiente, para purgar atitudes equivocadas. Muito mais importante é aquele que procura, quando está encarnado, adquirir condições para, na próxima vez, reencarnar perfeito para auxiliar, construtivamente, os seus irmãos.

A expiação, muitas vezes, por conta de uma visão distorcida, soa como castigo divino. Mas sabemos e devemos demonstrar, por exemplo, que as deformidades físicas não estão punindo, mas eliminando as deformidades perispirituais, que causamos anteriormente.
Podemos atenuar, ou mesmo eliminar, as situações cármicas? Sim, por atos de amor. 
As pessoas quando enfrentam uma situação difícil, seja ela física, financeira ou psicológica e que não sabem, não conseguem, nem desejam modificá-la, enfrentando-a, costumam dizer: - não posso mudar. É meu carma. Eu sou assim. É a anestesia da consciência. 

Dentro desta verdade divina, não existe o perdão de Deus, pois recebemos segundo o   que fizermos. Deus não nos criou para nos punir. Deus é amor. E o carma não é punição divina: é conseqüência retificadora. 
A falsa noção de carma inflexível, nos conduz a dois grandes erros: um é que o espiritismo prega ou endossa a necessidade da dor; isto não é verdade.
A dor só seria uma necessidade, se o espiritismo pregasse que todos deveríamos ser um grupo de masoquistas. O que a Doutrina dos Espíritos demonstra com clareza, é a utilidade da dor, quando persistimos no egoísmo, no orgulho, na vaidade e demais defeitos lesivos à comunhão de solidariedade com os semelhantes. A dor não é uma criação divina. A dor é criação de quem sofre. 
O outro erro é a crença de que a Doutrina Espírita aconselha o conformismo diante da “má sorte”; isto também não é correto. O que ela ensina é a resignação, atitude bastante diferente, adequada para nos fazer aceitar sem desespero aquilo que não podemos mudar.

O carma, portanto, é como uma espécie de conta corrente das ações que praticamos no Banco deste mundo, onde há séculos caminhamos endividados, cadastrados no SPC da vida, pela constante emissão de cheques sem os necessários fundos de bondade, caridade, amor, etc... Resgatemos nosso débito, limpemos o nosso nome no SPC, emitindo cheques com a devida provisão de fundos, sendo isso possível, através da prestação de serviços de caridade ao próximo, e estejamos convencidos de que este é o melhor caminho para evoluirmos.

Transformar ações amando, é alterar nosso carma para melhor, atraindo pessoas e situações harmoniosas para junto de nós. É, em última instância, a nossa indispensável e indelegável reforma íntima! Nossa vida é a simples consequência de nós mesmos."

                                                         
                                                            André Luiz


O amor é o princípio fundamental de tudo o que existe. Deus usou este princípio para criar todas as coisas visíveis e invisíveis que compõem o Universo. Ao homem, ser majestoso de Sua obra, Deus facultou o raciocínio que lhe permite optar por caminhos que surgem à sua frente, a fim de conduzir sua existência até o momento de sua volta à casa paterna.

Estas escolhas, conhecidas como livre arbítrio, refletem a decisão de poder mudar uma vida para melhor ou fazer-nos dependentes de situações, por vezes calamitosas. O sofrimento, por parte do ser humano, por maior que seja, sempre é visto como uma forma de compensar ou resgatar o bem que deixamos de fazer ou o mal que praticamos.

O padecimento físico ou moral faz com que o ser humano desça do pedestal da vaidade, do orgulho, da soberba e reflita sobre seu comportamento e sua história de vida até então. Mais do que isso, a criatura sente que a humildade, a afabilidade e a doçura também podem curar um coração empedernido e indiferente ao mundo ao seu redor.

Ao sentir-se parte do todo, que são seus parceiros no percurso da trajetória terrestre, este mesmo homem reintegra-se na comunidade, antes relegada a segundo plano, e conscientiza-se de sua missão: evoluir espiritualmente. Põe de lado toda aquela empáfia e assume a postura de uma pessoa melhor e mais centrada, focada no bem, principalmente do seu semelhante, no cultivo das boas ações, do amor e da caridade.

O carma, portanto, não é a doença em si, as dores físicas, as dores morais, e outras tantas dores que abatem o homem, mas sim, a consequência de seus atos. Até hoje ainda estamos a resgatar débitos do passado,  haja vista o número desconcertante de tragédias que ocorrem pelo mundo como as guerras, terremotos, tsunamis, etc.

Nosso planeta está sendo maltratado pelos seus próprios habitantes. O ser humano ainda não acordou para o sofrimento global do planeta, devido à falta de observação e cuidados com a ecologia, a fauna, a flora, e com o todo o sistema vital que a natureza em sua totalidade reclama.

Estamos em pleno século XXI. Até quando ficaremos na inércia, enquanto irmãos morrem de fome, de frio ou sede, de doenças que ainda não têm cura (porque os governantes têm capital para tudo, menos para pesquisas científicas que levem à cura de doenças fatais), morrem pela violência espalhada pelas cidades e pelo mundo afora.

É urgente que acordemos. Que tenhamos olhos de ver e ouvidos de ouvir os gemidos e o choro incontido de povos que sofrem pela discriminação de todo o tipo, que não conseguem ver seus filhos crescerem sadios e fortes, estudarem e alcançarem a Universidade que, em muitos lugares é imprópria para aqueles sem poder aquisitivo e adequada aos que mais possuem.

Finalmente, precisamos orar. Pedir a Deus pelo mundo que Ele criou. Pedir por todos aqueles que sofrem e que choram. Pedir por nós. Para que, entendendo a dinâmica da vida, sejamos mais tolerantes e menos agressivos uns com os outros; mais amorosos e menos egoístas; mais caridosos e menos preocupados com nosso bem estar.

Tudo aquilo que damos aos outros com o coração, será nos devolvido em dobro. Jesus nos mostrou, com seus ensinamentos, que podemos transformar o mundo ao nosso redor e fazer com que da tristeza, brote a alegria; do choro, brote um sorriso e do aperto de mão, brote um pouco, pelo menos, de felicidade.

Que assim seja!   


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

INTEMPERANÇA E SERENIDADE



"Geralmente, a primeira criatura que sofre a violência de nossa intemperança mental somos nós mesmos.
                  Antes de atacarmos o próximo com as irradiações 
perturbadoras ou destrutivas da cólera, 
desintegramos as próprias energias, convertendo o cérebro 
num caos e a palavra num estilete invisível, na ação desvairada 
de nossa inconsequência.

Tenhamos serenidade diante de nós, consagrando 
a auto-disciplina por diretriz 
da própria alma, em qualquer circunstância.
Guardemos calma, diante das forças conturbadas 
que, eventualmente, nos cerquem e deixemos o verbo 
ou a decisão para a hora do equilíbrio, certos de que a desarmonia, 
em nós ou fora de nós, é sempre nuvem pesada 
de mortíferos dardos de treva, desanimo, aflição e morte.

Tem paciência contigo e usarás a verdadeira tolerância com os outros.Cerra as portas da consciência 
aos impulsos da animalidade primitivista, não dês 
guarida ao raio da violência que te induz a desatinos fatais 
e aprenderás que a paciência vale mais que o repouso, 
simbolizando no firmamento de nosso espírito, o arco-íris da aliança 
entre nossa alma e a Harmonia Celeste, elevando-nos 
de insignificantes criaturas incipientes e frágeis do Universo 
para a luz soberana da Grandeza Divina". 


Emmanuel



Por quantas vezes nossa maneira de agir e até, de pensar, nos tira os melhores momentos de nosso convívio social. Seja com a família ou nos grupos sociais que convivemos (trabalho, escola, amigos, etc), pode haver aqueles instantes em que o "tempo fecha". 

Somos um "pára-raios" que suga a energia do ambiente e, se não estivermos equilibrados e numa sintonia vibratória amena, falamos o que nos vêm à cabeça, machucando aqueles a quem amamos com palavras que demonstram um ser à mercê  de situações um tanto constrangedoras.

Por que isso acontece? Em princípio porque, não nos amamos o suficiente para saber que, gostar-se, implica em comportamento sadio e reflexivo em relação a nós mesmos e aos outros. Podemos ser o(a) melhor amigo(a) do grupo, daqueles que estão prontos para qualquer coisa ou topam qualquer brincadeira. Mas, já vamos avisando: não pisem no meu "calo".

Nunca estivemos neste mundo sozinhos. Deus criou todos os seres para viver em comunhão, isto é, conviverem. Não nascemos sem a ajuda de nossa mãe ou de alguém que providenciasse os aparatos para o parto. Da mesma forma, não iremos para o túmulo sozinhos. Alguém ajudará a carregar o caixão até seu destino. Portanto, somos dependentes dos outros para os acontecimentos mais comuns em nossa vida: nascer e desencarnar.

Como estamos num universo em que muitos de nossos irmãos, tanto encarnados como desencarnados, estão em busca de um ombro amigo para dirimir suas mágoas ou seus problemas, por muitas vezes somos um alvo fácil para que irmãozinhos obsessores venham a juntar-se a nós. Com o desequilíbrio provocado por maus pensamentos e baixa vibração, não temos o aporte espiritual necessário para fugir deste tipo de assédio.

Como fazer para evitar essas "invasões de privacidade"? Simples. Através da prece, segura e constante, da fé inabalável e do amor incondicional. Nossos obsessores na verdade, são espíritos sem esclarecimento e sem luz. Nossa oração vai levá-los em direção à Jesus e fará com que entendam sua condição e busquem, assim, harmonizar-se consigo e com seus verdadeiros desafetos.

Portanto, com paciência e boa vontade, com amor e caridade, estaremos auxiliando àqueles tão necessitados de compaixão e compreensão. Que não cultivemos em nosso coração o orgulho, a vaidade, a intolerância e, sim que sejamos, a exemplo do Cristo, os que semeiam a paz, a bondade, o esclarecimento e o amor. Logo teremos , a florir nos canteiros de nossa vida, a colheita farta e sadia que advém do nosso plantio.

Que assim seja!




quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PEDRAS DA VIDA



"O distraído nela tropeçou... O bruto a usou como projétil. 
O empreendedor, usando-a, construiu. O camponês, 
cansado da lida, dela fez assento. 
Para meninos, foi brinquedo. Drummond a poetizou. 
Já, Davi, com ela, matou Golias, 
e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura... 
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, 
mas sim, no homem! Não existe "pedra" no seu caminho 
que você não possa aproveitá-la para o seu próprio crescimento. Independente do tamanho das pedras, 
no decorrer de sua vida, não existirá uma, que você 
não possa aproveitá-la.  
Quanto à sua pedra atual, tenho certeza que Deus 
irá te dar sabedoria para, mais tarde, você olhar para ela 
e ter orgulho da maravilhosa experiência que causou em sua vida, no  conhecimento de si e de sua história."



Antonio Pereira (Apon) - escritor e poeta
(http://www.aponarte.com.br/2007/08/pedra.html)



Aparecem-nos todos os dias em nossa vida. Alguém jamais as teve?
Difícil crer nisso. Elas estão sob nossos pés, à nossa frente, ao lado e em todos os momentos em que nos sentimos desafiados por elas. São entraves que nós mesmos, muitas vezes buscamos. São as pedras do caminho. Da jornada nossa de cada dia. De nossos pensamentos que, como imãs, as atraem. De nosso comportamento,  que buscam-nas para perto de nós.

Pedras na caminhada, aqui na Terra, não são somente obstáculos. Servem, também, para que paremos para refletir o que estamos fazendo em nosso dia a dia, o que estamos deixando para trás e omitindo-nos, qual, de fato, é nosso compromisso e estamos fugindo dele.

As pedras das quais eu falo são, na verdade, uma metáfora aos nossos problemas que surgem, na maioria, da inabilidade em tratá-los. Ou da fuga? O equilíbrio é necessário para manter qualquer situação sob controle. Há, porém, que ter-se segurança e objetividade quando nos deparamos com estas "pedras".

Nesta escola compulsória na qual que estamos matriculados, o aprendizado é constante e permanente. Não existe o "passar de ano", a "colação de grau" ou a "formatura" e, sim, pode haver a "repetência". Esta está incluída no currículo escolar da vida. Se não soubermos conquistar todas as etapas, com certeza voltaremos para, novamente, começar tudo de novo. E nessa "repetência", retornamos com nova vestimenta carnal, em nova ambientação e com mais ou outros temas de casa para fazer.

Portanto, cada um faz a sua própria história. Somos os únicos responsáveis por nós mesmos. Deus nos criou, deu-nos a oportunidade da vida, e espera sempre o melhor de nós. 
Tropeçar numa pedra está no roteiro da história. Dar a volta por cima, sem machucar ninguém, nem a nós mesmos, é o que se espera.

Que as pedras em nossa caminhada sejam vistas como oportunidades para a evolução. Que, quando as tivermos, sejam elas que nos façam crescer com o entendimento, com sabedoria e elevação espiritual.

Que assim seja!





terça-feira, 20 de setembro de 2011

O NOVO HOMEM



"Ao homem cabe a sua transformação, renovando atitudes e comportamentos, aprendendo a colocar-se sempre no lugar do próximo.  Cada um tem, dentro de si, a imagem de dois seres que travam uma árdua batalha íntima: o homem velho, ainda preso a antigos costumes, que luta pelo instinto de sobrevivência, e o novo homem, que busca o despertar de sua consciência, procurando servir, sem nada esperar em troca.

O Evangelho é a terapia da alma, roteiro seguro e tranquilo para os que desejam encontrar sua essência divina, construindo no cerne da mente um templo seguro de paz e de amor. É necessário refletirmos, analisarmos e entendermos sobre assuntos como a crueldade do aborto, o vício da bebida e das drogas, a ilusão da vaidade, o veneno da traição, a importância da família, a pureza do coração, a cura que liberta, a acidez da crítica, o tormento do desgosto, a estupidez da ira, a gratidão que abençoa, a loucura tortuosa, o pânico do medo, as raízes da vingança, o suicídio e seus traumas, além de outros tantos temas em que a reflexão é necessária.

O estudo  do Evangelho de Cristo nos leva, de modo suave e amoroso, a entender que este ainda é o melhor caminho a ser percorrido por nossas almas delituosas e em busca dos verdadeiros tesouros do coração, libertando-nos das amarras da dor e do sofrimento que imperam no planeta Terra, tornando-o um vale angustiante de ódio e vingança.

O amor transforma-nos neste novo ser, sendo a linguagem dos fortes e corajosos; já o orgulho é a fortaleza dos fracos e dos covardes, que usam da violência para impor seus desejos.
Este novo homem incentiva-nos a fazer uma reforma moral sem flagelos e a praticar o cristianismo, como fonte de amor inesgotável e incondicional."

                                            Madre Teresa de Calcutá




O mundo está cada vez mais precisando que nos transformemos intimamente, estabelecendo uma relação harmoniosa entre corpo e espírito. Sonhamos com um planeta melhor e sem problemas;  sonhamos com um futuro melhor para nossas crianças e para aqueles que virão depois de nós.


A base de toda esta expectativa tão almejada está inserida dentro de nós mesmos. Ao imaginarmos um planeta com paz, com saúde ecológica, com a flora e a fauna vicejante e bela, com as pessoas sentindo-se e vendo-se como irmãos, dá-nos uma tristeza em ver o quanto ainda estamos distantes desta maravilha toda.


Não precisaríamos sofrer tanto ao nos sentir quase que impotentes para alcançar nossos sonhos. Nossas ações, com relação ao mundo em que habitamos, ainda são parcas e sofríveis. O ser humano é um animal racional que consegue construir para, após algum tempo, destruir o que construiu.


Daí a grande necessidade de renovação de nossa consciência a nível espiritual,  com a finalidade de entendermos o porque de aqui estarmos, posto que esta vida existe com o sentido único e exclusivo de evoluirmos e progredirmos com vistas à elaboração do novo homem.


Estas criaturas (novos seres), já habitam entre nós. Tratam-se de almas puras e circundadas com uma aura de luz, que fazem com que nos sintamos velhos e deslocados no tempo e no espaço, quando interagimos com elas. São as crianças índigo que, segundo a espiritualidade, estão chegando ao mundo para nos mostrar a importância da reforma íntima e do amor incondicional tão ensinado por Jesus.


Portanto, fazendo uma ideia global da situação, veremos que ainda temos tempo para mudar nosso comportamento e nossa forma de vida, tão carente de amor e bons propósitos em relação a nossos irmãos.
Deus, como Pai que é, sempre nos dará uma nova oportunidade  de redenção. Basta que queiramos e que nos esforcemos para seguir o Evangelho, que nos mostra o caminho da paz, da luz e do amor.


Que assim seja!







sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ENCONTROS E DESENCONTROS





"Os anos passam velozes... e o trem da vida continua sua viagem ritmada, quase rotineira; há os que sobem para mais uma etapa de aprendizado e há os que dele desembarcam, sempre no lugar correto e na hora certa. Há infinitos encontros. Muitos passageiros se cruzam como que por encanto a bordo do trem da vida, seja para continuar harmoniosamente algo começado em outra época, em outra composição, seja para resgatar algo que era preciso, que estava combinado em outra dimensão e que precisava ser trabalhado, resolvido, compensado.



Existem viagens longas, cheias de experiências de todos os tipos e matizes e outras bem curtas, realizadas por almas nobres que se doam, que vêm para trazer a paz e a luz a famílias em conflito. Outras, somente distraídas, distantes da graça e da essência da vida, talvez incapazes de se desvencilhar com suas próprias forças, de hábitos e valores obsoletos e limitadores, ou somente distantes da Unidade, da Divindade que todos carregamos em nosso peito.  


Ao afastar-se abruptamente de nosso convívio, esses espíritos de Luz deixam, inicialmente uma tristeza enorme, uma dor que parece não ter fim. No entanto, sua presença e exemplo serão a semente da transformação, da vida nova para muitas e muitas pessoas." 




                       Publicado em artigo no STUM - Somos Todos Um





Muitas vezes, ao procurar um material para postar aqui, em meu blog, fico me perguntando: por que estou necessitando escrever sobre tal coisa?  Quando, após publicar recebo os comentários de meus amigos queridos e, de alguns de vocês vem a resposta. E dizem: era exatamente isso que eu precisava ler neste momento ou neste dia. Ou, eu estava precisando de algum esclarecimento , ou então, eu tinha uma dúvida tal e consegui, com a leitura de sua postagem, esclarecer. Enfatizo sempre: nada nunca será por acaso.


Os encontros da vida... Este é, na verdade um tema fascinante. Há dias venho pensando na forma como isso acontece conosco e como reagimos, diante de tais fatos.
Como sabemos que nada acontece por acaso, como citei acima, podemos passar anos de nossa existência vivendo pacatamente, trabalhando, estudando, fazendo lazer, criando nossos filhos (para aqueles que os tem), enfim, seguindo uma rotina diária e constante, sem grandes alterações. Às vezes até comentamos ou pensamos conosco mesmo: que raio de vida que não muda nunca. É sempre a mesma coisa. Nada acontece de diferente.


Nós, pobres mortais, assim enxergamos. Mas Deus, em seu divino e misericordioso plano destinado a cada um de nós, sabe que, dia a mais ou dia a menos, poderemos ter uma mudança completa e irrestrita em nossas vidas. E, o pior disto tudo, é que nem sempre estamos preparados para receber estas mudanças.


O homem, por natureza, é destituído de um amor incondicional pelos demais. Mesmo tendo sido criado pela Divindade e receber de seu Pai todos os dotes através da herança 
hereditária, digamos assim, pois fomos feitos à Sua imagem e semelhança, nem sempre conservamos essa herança divina. Aí é que surgem os problemas.


Poucos são aqueles que usam da razão para construir sua forma de vida. O que vemos por aí são pessoas dotadas de orgulho, vaidade, ódio, inveja, e várias maneiras de agir com relação aos semelhantes. Muitos, até, pensam em ser o centro do universo e só conseguem enxergar seu umbigo. Uma das piores dores de nossa sociedade é a discriminação de forma geral, como se não tivéssemos todos nascidos da mesma maneira e, quando fizermos o retorno à pátria espiritual, todos teremos que partir, seja de que forma for. Ninguém nasceu para semente.


Já falei, numa postagem anterior, sobre como conseguimos mudar nosso pensamento e tornarmo-nos compassíveis e melhores do que somos. Ou mudamos pelo amor ou pela dor. Pelo amor, muda-se quando somos abordados pelo lado espiritual de nossa alma. Nesta fase, ficamos alegres, otimistas, companheiros, confidentes, carinhosos e tantas outras maneiras de demonstrar nosso lado humano e divino - o que deveria ser o normal para todos nós. Quantas pessoas nos procuram apenas para receber um bom-dia ou um sorriso? Por que recusar? 


Pela dor é a forma mais comum das mudanças. Ficamos doentes, caímos de cama, sofremos. Perdemos entes queridos, choramos, lamentamo-nos, não entendemos o porque do acontecido e sofremos. E sofremos muito. 
Vejam como é mais difícil para o ser humano ter que mudar pela dor. Desesperados, buscamos auxílio nos mais variados jeitos. Poucos são os que procuram alívio para suas
dores, dentro de si mesmo. Alguns, dependendo da situação, buscam até o suicídio como forma de amenizar a dor, quando mal sabem que, aí é que vai começar a verdadeira dor. A dor daquele que, covardemente, foge à luta.


A busca do alívio das dores de nosso coração está, como já disse, dentro de nós mesmos. Como isso se opera? Pela fé, que move nosso espírito ao encontro de Deus. É, através dela, que conseguimos sobrepujar todo e qualquer infortúnio que nos venha a acontecer. É pela fé que passamos a nos ver como seres imortais, falíveis e que necessitamos conhecer-nos mais e melhor. 


Pelo melhor e maior conhecimento de nós mesmos, seremos mais sábios, teremos um maior grau de confiança em Deus e, consequentemente, teremos uma maior carga positiva em nosso campo mental, para abraçar nossos problemas e vivê-los. Cada ser humano tem a obrigação de ser justo, bom, benevolente, caridoso e amar incondicionalmente a todos os demais seres do universo, pois dele fazemos parte.


Que nosso campo mental se abra para as coisas boas da vida e nos faça ter forças pela fé inabalável em Deus, para que possamos suportar nosso dia a dia de maneira tranquila e sensata, pensando sempre que hoje pode cair uma tempestade, mas amanhã poderá haver sol.


Que assim seja!