domingo, 21 de agosto de 2011

PRECONCEITOS


"Ninguém nasce odiando uma pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou, ainda, por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar."

   Nelson Mandella



Uma das maiores  chagas da  humanidade  diz  respeito ao  preconceito
em suas variadas formas, e que existe entre  os homens desde sempre.
Num mundo como o de hoje, é inadmissível a permanente existência desta mazela entre as pessoas.

Preconceituar é discriminar alguém, cujo modo de ser ou viver não se coaduna com a ótica de outro alguém, que se julga superior àquele. Como podemos conviver numa sociedade baseada em princípios de diferenciação quanto à cor da pele, à religião ou a origem de seres considerados nossos companheiros nesta caminhada terrena.

Todos somos iguais perante Deus. Em nada somos diferentes, posto que fomos criados à Sua imagem e semelhança. Porém, como ainda engatinhamos rumo à espiritualidade, somos rudes e insipientes. Nossa
alma, ainda na busca da evolução e progresso, desnorteia-se no caminho a ser percorrido e, assim, sem vislumbrar a oportunidade de resgate a que somos submetidos ao aportar neste planeta, deixa-se levar pelas aparências, seguindo uma rota distante da verdade.

As mensagens deixadas por Jesus, quando aqui esteve entre nós, mostram o quanto é louvável a não discriminação de nossos irmãos, em todos os sentidos. Nosso Mestre esteve entre os leprosos, curando-os; não agia com superioridade quando discursava entre os letrados da época; nasceu e viveu como um homem comum, mesmo sabendo ser filho de Deus.

O preconceito atualmente é tido como crime, seja de que origem for. A partir do instante em que se discrimina alguém ou algo, estamos deixando transparecer o desamor, o desrespeito, o orgulho, a incompreensão, o ódio.

O preconceito atinge pessoas de todos os níveis sociais. Hoje, há muita discriminação com relação às opções sexuais das pessoas, embora existam leis que vetem este tipo de discriminação, dando aos envolvidos plenos poderes de viverem seus direitos, pois  a sexualidade
em nada desabona alguém, uma vez que, também a Doutrina Espírita, respeita e explica esta matéria, como sendo uma questão de resgate espiritual, como também uma forma de experiência para o ser: ora nascemos mulher, ora nascemos homem.

Não podemos de forma alguma discriminar nossos irmãos. Não temos lembranças do passado nem formas de prever o futuro. Assim, aquele que proceder de maneira preconceituosa em relação aos demais, pode ter sido como um deles numa de suas reencarnações pretéritas, como poderá também, sê-lo no futuro.

O crescimento e a evolução espiritual dão à criatura uma ampla visão de como agir para que o mundo se torne um lugar habitável e aprazível.
Não podemos abdicar da maior conquista de um ser espiritualizado: o amor incondicional. A partir daí, o ser torna-se um aprendiz do universo cósmico, onde tudo acontece sincronizadamente, inclusive a vida e seus
acontecimentos.

O homem, inserido neste contexto, é completo e feliz. Aceita seus irmãos como são, sem contestar o que o Divino Mestre legou para cada um. Somos o que somos. A forma de expressão de nossa individualidade se ajusta perfeitamente à compreensão de todos. Portanto, não há porque haver o desequilíbrio chamado de preconceito. Se aprendemos a odiar, podemos perfeitamente aprender a amar. Esta é a premissa verdadeira da questão.

Que em cada coração cresça o amor, o altruísmo, a fé e a conscientização de que somos todos iguais. Que Deus nos abençoe e ajude-nos a estender o amor àqueles que buscam, em nós, o auxílio para seus infortúnios.

Que assim seja! 


terça-feira, 16 de agosto de 2011

NOSSAS MÃOS



Na ponta de um só dedo da mão trazes a tua identidade...
Já pensaste no que trazes em tua mão inteira?
Se para os homens a tua impressão digital é única 
e inconfundível, já imaginaste o que significa 
para Deus a tua mão?

Se para a ciência médica o exame de tua mão é importante 
para diagnósticos concernentes à tua saúde, já pensaste que, 
do ponto de vista espiritual, é possível conhecer-te intimamente 
pela análise dela?

Situadas na extremidade de ti mesmo, as tuas mãos 
trazem notícias do teu mundo interior...
Contam o que és nos meandros da alma...
Exteriorizam-te...
Mostram-te às claras, sem qualquer subterfúgio...
Ao contrário da face, as mãos nunca conseguem dissimular.
São o que são!...

                                                          
Esp. Irmão José, pela psicografia de Carlos A. Baccelli 



Temos muitas coisas que mostram a nossa identidade espiritual. As mãos são uma delas, quiçá uma das mais importantes.
Através das mãos chegamos a Deus. Abençoamos, demonstramos amor, fé, carinho, ternura, afeto, compaixão, amizade, benevolência, caridade,  
enfim, mostramos o que vai em nossa alma.


Existem mãos maravilhosas que curam, salvam, afagam, trazem seres ao mundo, ajudam a secar lágrimas, abraçam, apoiam e que, postas em sinal de profunda introspecção, rogam a Deus por si e pelos que Dele necessitam.


Há mãos que pedem, que suplicam, que oram e que, em sentindo a pobreza, a miséria, a fome, a sede, a doença, trabalham e servem para a tentativa de erradicar estes males de nosso mundo.


Há mãos que ensinam, que protegem, que norteiam o caminho dos desavisados, que velam o corpo de um amigo ou de um ente querido, cuja alma já voou para a outra margem da estrada.


Existem mãos e mãos. Existem também aquelas que violentam, que esbofeteiam, que machucam, que magoam, que ferem, que matam, não só aos outros como a si mesmos, embora saibamos que o ser que  pratica tais atos, é um espírito desequilibrado e doente, merecedor de nosso amparo nas preces e de nosso perdão, pois, ainda assim agindo,  não deixa de ser nosso irmão.


Apesar de não poderem dissimular o que traz o interior do coração de alguém, as mãos se revelam nos atos de amor ou de ódio. Uma face doce e terna, pode esconder um coração empedernido pelo ciúme, pelo desamor, pela inveja, etc. Outras, têm em suas palmas, a ternura, o carinho, o vigor e a coragem de alcançar seus objetivos  conjugando o verbo amar.


Ah! Nossas mãos... quantas delas já se fecharam em punho cerrado pela disputa de algo que pudessem ter só para si. Essas são as mãos do poder. Aquele odioso e pretenso poder que tão bem conhecemos e que, ao final das contas, materialmente falando, não leva a nada e, sim, a um desgastante e malfadado comprometimento espiritual, porquanto daqui nada se leva, a não ser o bem que fazemos aos nossos semelhantes.


E pensar que somos nós, simplesmente nós, que damos rumo às mãos que Deus nos concedeu, dependendo apenas do curso que damos à nossa vida. 


Que lembremos sempre de unir nossas mãos em oração e agradecer ao Pai, por tudo que aqui temos e recebemos, pois a vida é uma escola onde somos matriculados compulsoriamente e da qual não podemos alienar-nos, deixando de frequentá-la. A cada um caberá o mérito de acordo com seu merecimento.


Que tenhamos, como Jesus com suas benditas mãos, a fé como caminho, a esperança como luz a iluminar este caminho e o amor como o presente de Deus para cada um de nós.


Que assim seja!









domingo, 14 de agosto de 2011

FAZENDO A DIFERENÇA


"Escolhemos estar vivos neste tempo, neste lugar, neste ponto da história. Nunca, antes, tivemos oportunidade tão gloriosa de mostrar nosso poder individual e presença. Pense nisso: quando alguém nos dá um presente, ele é chamado de presente. O presente que recebemos hoje é o Agora. Esse é o momento exato para saber realmente que podemos fazer a diferença."

                                               Kathryn Brinkley




O Agora é o nosso momento de viver este constante caminhar, enfileirarmo-nos com nossos irmãos de jornada e enfrentar os obstáculos que os episódios da vida se nos apresentam. É no Agora que estamos prontos para as escolhas que farão a diferença em nossa vida.


Esta é a oportunidade que Deus nos concede para fazermos a nossa história. A cada espírito que reencarna, é dado o poder de fazer, por sua livre e espontânea vontade, o plano de vôo a fim de vivenciar seu caminho. Às vezes, é necessário que haja uma correção na rota, quando  esquecemo-nos de nossa origem espiritual e planamos em lugares agressivos e estranhos à saúde de nosso corpo e alma.


Aceitar o fato de que fomos escolhidos para agir positivamente e exercer nossa força cósmica aqui e Agora, é de grande relevância. Onde quer que estejamos neste exato momento, este é justamente o lugar onde deveríamos estar, pois o ontem é só uma lembrança e,  o  amanhã, apenas um sonho. Assim, o que é importante é o presente, aquele instante onde fazemos acontecer. 


Está intrínseco dentro das capacidades humanas, a importância de fazer a diferença. Quando usamos a caridade para ajudar ao próximo, estamos alinhando-nos com o poder da natureza espiritual que há dentro de nós e alinhando-nos também, com as forças cósmicas universais. E a grande diferença está justamente no desejo de auxiliar aos demais companheiros desta estrada, pois tal como nós mesmos, muitas vezes eles se perdem pelos emaranhados do caminho.


Em todo o cosmos, não há nada tão grandioso quanto a presença da exuberância espiritual. Quando desfrutamos o brilho dessa incrível qualidade, parecemo-nos à imagem e semelhança de Deus, à qual fomos criados.


Ao virmos para este mundo com o propósito de realizar mudanças e melhorar a humanidade, projetamos uma vida com obstáculos e desafios, além de uma diversidade de opções e possibilidades para a superação desses mesmos desafios.


Compete, pois, a cada um, descobrir ou redescobrir sua faceta do Agora e predispor-se a agir  de acordo  com a  dinâmica da verdade e do amor.
Assim procedendo, estaremos cumprindo nosso papel neste tempo e neste lugar com fibra, coragem, dedicação, amor e fé.


Que assim seja!








quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A LIMPEZA DA MENTE


"É preciso erradicar de nosso interior a poluição mental 
que, a cada dia, mais se acumula.
Por meio de pensamentos e sentimentos positivos 
estaremos indo ao encontro do amor, da paz e da harmonia, 
inclusive para as plenas e saudáveis funções 
de nosso organismo."

Maria Paraguassu


Assim como praticamos a higiene de nosso corpo diariamente, também nossa mente precisa livrar-se de pensamentos e atos poluentes. 
A cada reação mental negativa, deve haver outra reação, positiva, para contrabalancear a anterior.

As tarefas diárias com a higiene pessoal são imprescindíveis à saúde. 
A mente infectada pela sujeira gera a raiva, o ódio, a angústia, a inveja, o egoísmo, o medo, a culpa, o orgulho, etc., que são ressentimentos que ferem e machucam nossa alma.
Assim, através do acúmulo destes desequilíbrios, facilmente o organismo se ressente e apresenta problemas, às vezes, de caráter grave.

É dessa forma que se instalam as doenças levando o ser humano a constituir-se em uma pessoa que acaba sendo um fardo para a família e um encargo para a sociedade. Em nosso país, milhares e milhares de brasileiros compõem as estatísticas daqueles que, desde cedo, ainda em idade produtiva quanto ao trabalho, engrossam as filas dos planos de saúde pública ou privada.

Todos trazemos em nosso íntimo a dualidade do bem e do mal. 
As qualidades positivas fazem parte de nossa verdadeira essência e as negativas são acidentais e pertencem ao nosso ego. Reconhecer o que isto representa, é estar  em um nível de consciência mais elevado. 

Toda vez que sentirmo-nos com ressentimentos de algo ou de alguém, devemos imediatamente pensar positivamente, analisando a pessoa ou a situação que gerou o acontecido sob outro ponto de vista, ou seja, verificar se fomos nós os provocadores da questão ou não.

A mente limpa está sempre calma e, ao mesmo tempo, alerta. Está sempre pronta para vivenciar novas experiências e aprendizados. 
Desta maneira, estaremos lidando conosco mesmo e com nossos afetos e desafetos com imparcialidade de sentimentos.

A visão dos fatos corriqueiros do dia a dia nos mostra a importância de estarmos mentalmente equilibrados. Há pessoas que se perturbam e têm atos preconceituosos sobre assuntos que, atualmente, são pauta constante na mídia escrita, falada e vista (TV). Por que nos comportarmos de maneira exclusivista, pensando que somos os "certinhos" em tudo?

A vida nos ensina a sermos humildes e humanos, a exercitar o perdão, aprender a desculpar-nos quando erramos e acima de tudo, a amar nosso semelhante como gostaríamos que fôssemos amados.

A partir desta premissa, podemos viver com muito mais alegria,   ficando livres para criar asas e voar.

Que assim seja!








segunda-feira, 8 de agosto de 2011

PERDAS

ulo que parteentendas o “recado” de Deus a ti endereçado 



"Mesmo guardando prudência e moderação, serás convocado ao aprendizado do desapego.
     Na condição de usufrutuário passageiro das bênçãos 
          que te felicitam, não obterás certidão de posse 
                                   sobre tais recursos.

                     Não existem perdas reais no universo, 
                        porque nada pertence a ninguém.
       Quando a vida te convidar às necessárias renovações, 
                      ainda que sofras a dolorosa cirurgia 
                   do desprendimento, mantém-te no controle 
                                        de ti mesmo.

                               Hoje é o filho que muda, 
                          amanhã um vínculo que parte, 
                           depois é um bem surrupiado, 
                                         mais além, 
                           um emprego que é retirado.
                        Não são perdas, são mudanças.
             Guarda calma e equilíbrio para que entendas o 
           “recado” de Deus a ti endereçado nas alterações 
                           que a existência te conclama.
               As dores das perdas são preciosos receituários 
                       contra as ilusões que carregamos."
                            
                                     
                                       Ermance Dufaux




Um dos mais importantes aprendizados em nossa vida é o desapego, seja de bens materiais como daquelas pessoas que nos acompanham nesta trajetória de vida. 



Apegar-se a algo, quando daqui nada se leva, chega muitas vezes, a ser uma verdadeira tortura para determinadas pessoas. Quando a ambição de tudo querer possuir, de ter inveja daqueles que têm mais, de orgulhar-se por ter o carro do ano, por morar em uma mansão, por vestir-se na moda, por viver viajando fazendo cruzeiros internacionais, etc. torna-se essencial para alguém,  não representa um ser humano maduro, equilibrado e consciente de estar num mundo onde tantos não têm onde morar, não têm o que comer e muitos, muitos mesmo, morrem ao nascer ou pelas tragédias das guerras semeadas pelo poder exacerbado de outros tantos, que desconhecem ou não querem ver a miséria e a fome a se alastrar pelo mundo.



Nada disso pertence a nenhum de nós. Deus coloca à nossa disposição aquilo que, por merecimento, temos direito e nos mostra, a cada dia, que é preciso ter humildade e respeito para com tudo o que Dele recebemos. Saber que estamos apenas de passagem nesta vida já é um motivo mais do que suficiente para que agradeçamos ao Pai pelo que temos e pelo que recebemos. 



Tudo que perdemos, seja de que maneira for, não são verdadeiramente perdas e, sim, mudanças que são feitas a fim de testar a nossa fé e sabedoria perante os caminhos traçados pela espiritualidade e que, dos quais não podemos fugir. A humildade de tudo aceitar e agradecer é uma grande virtude que devemos cultuar.



É importante também, quando perdemos entes queridos, que saibamos entender que somos eternos apenas espiritualmente. Nosso corpo é mortal e dele nos separamos quando chega o momento. Que saibamos respeitar aqueles que se foram, aceitando a partida como um "até breve", o que, na realidade acontece. O sofrimento em demasia, acarreta problemas de saúde naqueles que aqui ficam e mais, não permite que os desencarnados estejam em paz e na luz, pois as almas sentem nosso pesar e amargura, demandando muito mais tempo para seu refazimento espiritual.



As perdas agem como um buril que nos remete à forma desejada por Deus para nós: seres de luz que percebem a grande diferença entre espírito e matéria. Uma consciência transcendental e universal que, embora ainda não conseguindo expandir-se como tal, busca o aperfeiçoamento através do exercício da caridade e do amor incondicional.



Assim sendo, em um futuro talvez não tão distante, estaremos a viver num mundo onde não mais existirão as ilusões da matéria, tão passageiras e fugazes, que tanto distorcem a imagem de um ser criado à imagem e semelhança de seu Pai.




Que assim seja!














                                     Ermance Dufaux



Um dos mais importantes aprendizados em nossa vida é o desapego, seja de bens materiais como daquelas pessoas que nos acompanham nesta trajetória de vida. 

Apegar-se a algo, quando daqui nada se leva, chega muitas vezes, a ser uma verdadeira tortura para determinadas pessoas. Quando a ambição de tudo querer possuir, de ter inveja daqueles que têm mais, de orgulhar-se por ter o carro do ano, por morar em uma mansão, por vestir-se na moda, por viver viajando fazendo cruzeiros internacionais, etc. torna-se essencial para alguém,  não representa um ser humano maduro, equilibrado e consciente de estar num mundo onde tantos não têm onde morar, não têm o que comer e muitos, muitos mesmo, morrem ao nascer ou pelas tragédias das guerras semeadas pelo poder exacerbado de outros tantos, que desconhecem ou não querem ver a miséria e a fome a se alastrar pelo mundo.

Nada disso pertence a nenhum de nós. Deus coloca à nossa disposição aquilo que, por merecimento, temos direito e nos mostra, a cada dia, que é preciso ter humildade e respeito para com tudo o que Dele recebemos. Saber que estamos apenas de passagem nesta vida já é um motivo mais do que suficiente para que agradeçamos ao Pai pelo que temos e pelo que recebemos. 

Tudo que perdemos, seja de que maneira for, não são verdadeiramente perdas e, sim, mudanças que são feitas a fim de testar a nossa fé e sabedoria perante os caminhos traçados pela espiritualidade e que, dos quais não podemos fugir. A humildade de tudo aceitar e agradecer é uma grande virtude que devemos cultuar.

É importante também, quando perdemos entes queridos, que saibamos entender que somos eternos apenas espiritualmente. Nosso corpo é mortal e dele nos separamos quando chega o momento. Que saibamos respeitar aqueles que se foram, aceitando a partida como um "até breve", o que, na realidade acontece. O sofrimento em demasia, acarreta problemas de saúde naqueles que aqui ficam e mais, não permite que os desencarnados estejam em paz e na luz, pois as almas sentem nosso pesar e amargura, demandando muito mais tempo para seu refazimento espiritual.

As perdas agem como um buril que nos remete à forma desejada por Deus para nós: seres de luz que percebem a grande diferença entre espírito e matéria. Uma consciência transcendental e universal que, embora ainda não conseguindo expandir-se como tal, busca o aperfeiçoamento através do exercício da caridade e do amor incondicional.

Assim sendo, em um futuro talvez não tão distante, estaremos a viver num mundo onde não mais existirão as ilusões da matéria, tão passageiras e fugazes, que tanto distorcem a imagem de um ser criado à imagem e semelhança de seu Pai.


Que assim seja!














quarta-feira, 3 de agosto de 2011

OS CONSTANTES DESAFIOS DA VIDA



"A provação e/ou a missão vem, não só para testar o nosso valor, mas para aumentá-lo; o carvalho não é apenas testado, mas enrijecido pelas tempestades."


                                              Lattie Cowman




A vida está sempre nos lançando desafios. Muitas vezes, estas situações podem ser até, conflituantes. Recentemente, a Psicologia descobriu que a inexistência de estresse é tão destrutiva quanto a ocorrência do mesmo, em caráter muito elevado. E explicam assim: todos temos uma programação biológica e neurológica que faz com que lutemos e enfrentemos desafios. Estes fazem com que o ser humano progrida, estranhamente, perante um ambiente desafiador, pois quanto mais inteligente, persistente e competitivo  somos, mais gostamos de resolver os problemas ou obstáculos que se nos deparam na  vida. 

Uma sucessão de questões deste tipo visa a colocar nossos limites à prova e, via de regra, leva-nos à autocompreensão e à auto-superação, o que traz uma sensação de euforia interna nos levando a momentos em que nos elevamos acima dos problemas banais do cotidiano e pairamos acima deles.  Nestes momentos harmonizamo-nos conosco e com o ambiente que nos cerca, de maneira que as questões parecem deixar de existir, tornando-se apenas eventos intercalados no fluxo contínuo e infinito de nossos dias.


Se nossos desafios estão de um tamanho correto e conseguimos, passo a passo, resolvê-los, a cada vez que tivermos outros problemas , estes nos darão mais energia para a resolução, dando-nos vontade de tentar novas e variadas soluções.  Da mesma forma, se tivermos muitas questões a serem resolvidas, devemos ter mais determinação, buscar mais conhecimentos e, também, ajuda.


A provação sempre será um desafio a ser resolvido. Todos, sem exceção, passamos pela provação. Quem de nós ainda não teve algum desgosto? Ou sofreu a perda de entes queridos? Ou foi despedido do emprego, o qual julgava certo e para sempre? Ou esteve, ou está padecendo com uma doença ?


Na verdade, cabe a cada um de nós vivenciar a nossa provação. Quanto mais a encararmos de frente, mais estaremos nos dispondo a viver o problema e buscar a solução para o mesmo. 
Isso também vale à missão que cada um de nós tem para cumprir nesta caminhada. Tanto  a provação quanto a missão, nos torna mais humanos e menos frágeis, na medida em que batemos frente a frente com estes desafios. A fuga sempre será inútil,  pois a cada um é dado conforme seu merecimento.


Muitos de nós tentam fugir ao que nos foi imposto pela vida. A um pai, cujo filho nasceu com problemas mentais, por exemplo, há que se ver a verdadeira e inexorável razão de estar existindo essa provação. Pode, inclusive, a mesma, tornar-se uma missão. Como nada acontece por acaso, esse pai reverterá a provação em missão, se o mesmo aceitar seu filho como é e amá-lo como tal. E será uma bela e divina missão.


E assim acontece em inúmeros casos que vemos por este mundo afora. Deus nunca dá a seus filhos um peso maior que aquele que os mesmos possam carregar. E quando bate à nossa porta um desafio, o melhor a ser feito é enfrentá-lo e nunca colocá-lo na porta do vizinho, pois ele é nosso e podemos, com certeza, solucioná-lo, se levarmos sempre com bons pensamentos e com atitudes de acordo com nossos valores morais. 


Lembremo-nos de uma frase da grande escritora e psicógrafa Suely Caldas Shubert que diz: "Cada um escreve sua própria história, pois somos herdeiros de nós mesmos."


Que assim seja e paz e luz a todos!





segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ENCERRANDO CICLOS





“Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
As coisas passam, e o melhor que podemos fazer  é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que temos.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível e do que está acontecendo em nosso coração.
E o desfazer-se de certas lembranças significa, também, abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas. Portanto, às vezes ganhamos e às vezes, perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada  mais.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo. Diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era e se transforme em quem és.
Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, e lembra-te :  tudo o que chega, chega sempre por alguma razão, pois nada é por acaso.”

                                          Fernando Pessoa


A certeza de que na vida nada acontece por acaso nos leva a pensar na importância de não nos determos no passado, vivendo o que já foi como se ainda tivéssemos a chance de buscá-lo de volta para nós.
Muitas vezes, nos fechamos em copas para o mundo, tornando-nos amargos e de difícil trato. Ou ficamos saudosos, tristonhos, amargurados e com um grande sentimento de culpa por algo que aconteceu, mesmo sem termos tido alguma participação no fato.

Na verdade, estamos promovendo, dentro de nós mesmos, uma desaceleração de forças bioenergéticas que, fatalmente, nos levarão a algum problema de saúde. A saudade, a tristeza, a amargura e muito mais ainda, o sentimento de culpa afetam o equilíbrio emocional e nos deixam vulneráveis, pois quanto mais nos preocupamos com coisas que já não mais existem de fato, estaremos deixando de vivenciar, com certeza , as maravilhas que a vida nos mostra a cada instante.

Precisamos aprender sabiamente a encerrar ciclos. Ninguém vive do passado. Nem do futuro e, sim, para o futuro. Portanto, interessa-nos o presente, ou seja, aquilo que vivemos e convivemos no dia a dia, fortalecendo laços de amizade, companheirismo, cumplicidade e amor com aqueles a quem somos afetos e, também, com nossos desafetos.

Desenvolvendo este pensamento, estaremos abertos para os eventos que esta jornada terrena nos cobra, pois somos nós, eu e vocês que agora estão lendo esta mensagem, os responsáveis pelo comportamento moral e intelectual que haveremos de ter, a fim de nos tornarmos os autores de nossa história.

É muito importante que saibamos perdoar-nos. Costuma-se dizer que, para amar aos outros é preciso, em primeiro lugar, amar-se a si próprio. Com o perdão, ocorre o mesmo. Como podemos perdoar àqueles que nos fazem sofrer, seja porque motivo for, se não somos capazes de perdoar-nos por coisas que cometemos e que ficam martelando em nossa mente, trazendo tanto prejuízo à nossa saúde?

Olhemos a vida e tudo o que ela nos descortina, por outros planos. Há tantas coisas lindas no mundo que, se tivermos olhos de ver e ouvidos de ouvir, saberemos curtir até com devoção, pois Deus criou tudo tão belo e perfeito que é impossível não maravilhar-nos, por exemplo, com uma criança ao nascer, com o desabrochar de uma flor, com a chuva caindo mansa, com o sol a nos receber a cada manhã, com as estrelas a bordar o firmamento à noite, ...

E é assim que Deus nos quer. Que sigamos nossa caminhada com paz, com luz, com força de vontade para vencer os obstáculos e que vejamos nosso irmão como se estivéssemos diante de um espelho, enxergando a nós mesmos. Não nascemos do mesmo Pai? Não voltamos para a mesma morada, no final dos capítulos de nossa história terrena? Pobres ou ricos, feios ou bonitos, baixos ou altos, somos criaturas D'Ele.

Deus nos criou com tal perfeição, que cada órgão de nosso corpo trabalha, ou deveria trabalhar, incessantemente por muito tempo. Cada partezinha de um órgão se encaixa e tem ligação com outro, de igual ou maior importância. É um universo dentro do Universo. E o ser humano ainda busca a desintegração desta maravilha através de drogas lícitas e ilícitas, num repúdio ao próprio corpo, dizendo-se sem coragem de enfrentar a vida.

E vemos, pelas ruas e calçadas das nossas cidades, pessoas com sérios problemas de locomoção, aleijados, crianças pedintes que, se comparados aos problemas daqueles que destroem suas vidas com os vícios, deveriam fazer o que? E aqueles que padecem sobre uma cama de hospital, sem cura para seus males, e outros tantos mais?

Que através de nossa coragem, da fé que nos fortalece, do amor que nos enobrece e nos molda o espírito, saibamos que estamos comprometidos com nosso presente, pois dele dependerá  a tranquilidade no porvir que nos espera.


Que assim seja!