"A falta de fé em Deus e da convicção na justiça divina é que têm levado muitas criaturas a desejarem ausentar-se da vida física, acreditando que acabando com o corpo, acabam também com os problemas. Ledo engano.
Antes de pensarmos em morrer, diante de qualquer situação que nos pareça insustentável e irreversível, trabalhemos um pouco mais, confiemos um pouco mais, perseveremos um pouco mais e aguardemos as surpresas do tempo, pois acima de todos nós encontra-se o amor e a sabedoria de Deus, que estarão sempre laborando em nossa direção.
Os Espíritos Benfeitores nos informam e, mesmo aqueles que se suicidaram, que o sofrimento que nasce em consequência desse ato impensado é algo inenarrável e extremamente superior às dores e aflições que sentimos e conhecemos na Terra".
Waldenir A. Cuin
A vida é e será sempre uma oportunidade mágica e maravilhosa que nosso Pai nos concede para que possamos redimir-nos de erros pretéritos e buscarmos a evolução e o progresso, objetivos principais de nosso espírito aqui neste planeta Terra. Imbuídos de todos os predicados necessários à vivência entre nossos irmãos somos, desde os primórdios do mundo, quando este ainda alvorecia, os únicos seres dotados de inteligência e racionalidade.
O ser humano conseguiu, através dos tempos, sobreviver a inúmeras ameaças à sua existência. Ainda hoje, há milênios da formação do mundo, os homens ainda sofrem com as agruras de sua vida, nem sempre bem aceita pelos que não entendem ou não querem compreender o quanto somos dependentes do modo como encaramos os fatos que englobam nosso dia-a-dia. Questionamo-nos muito, buscamos fontes, às vezes alternativas e suspeitas, para a obtenção das respostas que queremos ouvir. Mas nada disso nos conforta, nos dá a dimensão do que realmente somos e esperamos de nosso futuro.
Vivemos na expectativa de que um dia tudo melhore e o que nos aborrece hoje, amanhã poderá estar bem melhor. Isso chama-se comodismo. É não querer buscar o verdadeiro sentido da vida. É aceitá-la tal como se apresenta, sem parar para pensar: quem sou? o que faço aqui? o que devo fazer? por que estou aqui? o que a vida espera de mim? por que tenho que agir assim?
Outras tantas questões poderiam ser feitas. Afinal, somos humanos e nossa consciência precisa ditar nossos atos. Esses atos, essas ações tomadas pelas criaturas, é que ficam registradas em sua história neste mundo. Lá, em nossa consciência, cujo passado foi esquecido para que pudéssemos construir um novo futuro, um novo mundo, está a chave mestra que, encontrada, pode nos dar as respostas a todos os quesitos sobre nós, sobre nosso íntimo divino, sobre nossa missão aqui neste planeta, sobre o que buscamos e sobre como devemos atuar para que possamos alcançar as metas que nós mesmos, escolhemos para cumprir.
Contudo, há pessoas que não conseguem sequer divisar seus direitos como habitante deste orbe, quanto mais seus deveres para com seus irmãos em Deus e para consigo próprio. Afastam-se de toda e qualquer tentativa que os leve a repensar seus atos, sua vida, seu futuro. E culpam o mundo e suas amarguras. São inseguros, desprovidos de toda sorte de brio, jogando-se covardemente às drogas, aos vícios, para depois sentirem-se vítimas, como se lhes faltasse coragem para fugir desse estágio em uma vida roubada ao discernimento, à paz e à harmonia. Seus familiares, seus amigos, todos sofrem na tentativa, quase sempre sem êxito, de tentar desviar esses seres deste submundo.
Muitos, a grande maioria, quando não vêem mais saída para sua angustiante vida, não param para pensar e optam pelo meio mais fácil de fugir à situação: o suicídio. Para eles, parece ser o melhor caminho, pois não há, em sua mente doentia, volta para resolver o problema. E, assim, são vidas que se esvaem sem sequer um mínimo de esforço para retomar a volta.
E, cada vez que isso acontece, com certeza, Deus derrama uma lágrima. É um filho que volta, com uma carga imensa, para um resgate muito doloroso. Já vimos, inclusive em filmes, cenas de um umbral onde espíritos que voltaram por sua vontade própria (no caso, o suicídio), ou cometeram atos que os afastaram de toda e qualquer possibilidade de um desencarne tranquilo, onde seriam levados às colonias espirituais para, após o refazimento que se faz necessário e sua prestação de contas, retomar o trabalho espiritual estudando, preparando-se para mais um retorno, quem sabe, ao nosso planeta para mais uma bendita reencarnação.
Que peçamos a Deus nos abençoar e nos livrar desses males do corpo e da alma, conquanto para tal teremos que contribuir, mediante nossos atos, cujas diretrizes devam se embasar no bem, na justiça divina, no amor e na caridade.
Que assim seja!