sexta-feira, 16 de julho de 2010

ANIVERSÁRIO DE VALÉRIA



Feliz aniversário, amada filha

Um momento especial de renovação para tua alma e teu espírito porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza a capacidade de desabrochar a cada nova estação e, a nós, a capacidade de recomeçar a cada ano.
 
Desejamos a ti um ano cheio de amor e de alegrias. 
Afinal, fazer aniversário é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas. 
Sorrir novos motivos e chorar outros, porque amar o próximo é dar mais amparo, rezar mais preces e agradecer mais vezes.
 
Fazer Aniversário é amadurecer um pouco mais e olhar a vida como uma dádiva de Deus. 
É ser grato, reconhecido, forte, destemido. 
É ser rima, é ser verso, é ver Deus no universo; 

Parabéns a você nesse dia tão grandioso.

Felicidade, paz, harmonia, amor, saúde e muito sucesso em tudo o que almejas alcançar.
São nossos votos.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

QUANDO ME OLHAS ...


"Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos, já não se adoçará junto a ti a minha dor. Mas para onde vá levarei o teu olhar e por onde caminhas levarás a minha dor."

                                      Pablo Neruda


Em teu olhar encontrei meu porto seguro. No espelho de teus olhos me vi, maravilhada e sonhadora, entre cores antes nunca vistas. Olho no olho, senti-me enamorada e feliz. Naquele momento minha vida mudaria por completo. A partir de então, parecia-me estar num paraíso onde os sonhos eram reais.

Vivia, até aquele encontro, num mundo obscuro e angustiante. Para mim, naquela época, parecia ser tudo normal. Aceitava o que a vida me colocava à frente, sem pensar em como tudo era rotineiro e banal. Vazio e sem perspectivas. Um céu cinzento, sem sol e nebuloso.

Mas, contudo, prosseguia. Porém, mesmo sem saber, a vida nos conduz sempre aos caminhos que escolhemos  em outro plano, em outra existência. E, como nada acontece por acaso, nos encontramos. Almas que já tiveram muita coisa em comum num passado distante.

Esquecidos de tudo, mergulhamos naquele amor que nos levava à loucura. Às vezes, não sabíamos como fugir do turbilhão da paixão que nos dominava. Amando, nos conhecemos melhor  e, assim, construímos, no decorrer do tempo, nossa vida em comum.

Tudo sempre foi maravilhoso. Teus beijos que até hoje me levam a sonhar acordada, teus carinhos sempre constantes, tua voz a me sussurrar o amor nos meus ouvidos, tuas mãos nas minhas mãos, teus olhares cheios de cobiça, enfim, somos um só em dois seres que se amam, parece-me desde sempre.

Hoje, quando acordo pela manhã, estás ao meu lado para dar-me um beijo de bom-dia. Vez por outra, apareces com rosas para meu vaso de cabeceira. Sabe? Com certeza, te digo: não conseguiria viver sem ti. Nosso amor venceu todas as barreiras que houveram entre nós. Te amo mais do que nunca. Contigo eu cresci, aprendi e evolui. 

Certamente, não sou mais a mesma pessoa de quando não te conhecia. Penso até mais, evoluíste junto comigo, cresceste e aprendeste que a vida acaba por unir aqueles que se buscam pela eternidade. Um belo dia acontece, como aconteceu conosco.

E, assim, viveremos juntos até o fim. Lá, na eternidade, haveremos de nos encontrar para seguirmos o mesmo caminho, o das almas afins. Almas que se buscam e se encontram, amando a si e aos outros, preparando-se para uma nova vida que, certamente (e peço muito a Deus por isto), será contigo.

Resolvi por no papel um pouco daquilo que vivemos até então, desde que estamos juntos. Que nunca possamos sentir saudades um do outro por distâncias a nos separarem, uma vez que nunca nos separamos até agora.

Quando me olhas... Ah! Que vontade de beijar-te e dizer sempre que te amo.
Quando me olhas... Eu perco o juízo, fico até sem jeito.
Quando me olhas... Eu te olho e me entrego.








quarta-feira, 14 de julho de 2010

SEMENTEIRA DE AMOR


"Nenhuma atividade é insignificante ... As mais altas árvores são oriundas de minúsculas sementes."

                                            Chico Xavier


A toda semeadura existe uma colheita. Jesus nos conta, na Parábola do Semeador a importância de lançar à terra as sementes do amor. Mesmo que elas caiam sobre pedregulhos ou em terreno inculto, sempre existe a esperança de que possam nascer grãos e frutos.

Na vida, por muitas vezes, encontramos dificuldades em nosso dia-a-dia. É em casa com a família, no trabalho com os colegas, na escola com os professores , com os amigos, enfim em todas as áreas de nossos relacionamentos. 

Nem sempre os problemas estão nos outros. Paremos um pouco para refletir sobre isso, fazendo um "mea culpa". Sentimo-nos quase sempre, melhores que os demais, não ouvimos com a atenção devida aos que nos dirigem a palavra, expressamo-nos com atitudes inadequadas, usando palavras que ofendem e magoam as pessoas, cultivamos o orgulho, o rancor, a avareza, etc.

Precisamos ter por princípio, como espíritas, que é nossa obrigação dar o bom exemplo. E isso é semear o bem em tudo aquilo que fizermos. Sejamos nós os semeadores da tranquilidade e da paz em meio à confusão  que nos rodeia. Aquele que é capaz de emitir uma palavra de serenidade, enquanto os outros se apresentam inquietos.

No caminho de um  semeador existem muitas barreiras. É a terra ruim para o cultivo, é a erva daninha que prolifera entre a plantação, é a chuva que leva tudo o que encontra pelo caminho, é o sol abrasador que torra os grãos recém nascidos, é o frio e a geada que matam o que foi plantado... 

Para o bom semeador nada disso importa. Sob qualquer intempérie, êle lá está sempre fazendo seu trabalho, constante e consecutivamente. Possamos nós também agir como êle, plantando sem vislumbrar a colheita, pois lá no fundo de nosso coração, sabemos que ela virá.

Muito antes do que imaginarmos, aparecerão as flores e os frutos das sementes que espalhamos. Flores das mais diversas cores e frutos suculentos e saborosos porque as sementes dos mesmos foram lançadas com amor, doçura, sensibilidade e carinho.

Por isso, onde quer que estejamos, saibamos espalhar a paz, a harmonia e a felicidade. Dessa forma, estaremos dando o bom exemplo que, com certeza, contagiará a todos. Que assim seja! 






quinta-feira, 8 de julho de 2010

NO COLO DE DEUS


"Não há nada de errado em - de vez em quando - chorar e pedir a Deus que nos coloque no colo".

                                                Paulo Coelho


Temos, todos, dentro de nós uma eterna criança. Às vezes nos sentimos sozinhos, com medo de tudo, com vontade de chorar e, também, muitas vezes temos vontade de saltitar, brincar, dançar e morrer de rir por qualquer motivo. Somos adultos por fora, mas crianças por dentro. 

Agora, neste momento, sou uma criança com muita vontade de chorar. Por que? Talvez nem eu mesma saiba. Me vêm lágrimas aos olhos e meu peito está apertando tanto, que até dói. Reviro-me na cama, em busca de algo que me console um pouco. Estou sozinha comigo mesma. O silêncio é enorme e, quando me sinto assim, gosto muito deste silêncio, porque me deixa pensar na vida e nas coisas que conquistei e nas que deixei para trás.

As maiores conquistas que tive, as valorizo muito porque me fizeram crescer como pessoa, tornando-me adulta e consciente daquilo a que me propus. Mas, como tudo na vida tem seus momentos de incerteza e dúvida, posso dizer que se pudesse voltar no tempo, não sei se faria tudo novamente como até então.

Por tudo isso, eu penso. E choro. Por coisas que perdi? Ou que não fiz? Ou que escolhi errado? Não sei. Agora, não mais interessa, pois o tempo não volta e o que poderia ter sido já passou. Agora é presente. Um presente que não é presente. Porque de presente a gente gosta. E o agora, nem sempre gosto. Prefiro, vez em quando, esquecer do que sou, do que faço, do que penso, como ajo, como vivo.

Há dias inesquecíveis. E quantos já houveram assim! Porém, há dias que gostaria que fossem "esquecíveis". E é por pensar nisso, que choro. Meu choro agora já é mais calmo. Procuro pensar em coisas que me dão satisfação e prazer. Afinal, sou humana como qualquer outra pessoa. E busco na lembrança, minhas histórias infantis. Minha avó contava muitas, várias histórias. Mas, nos contos de minha avó, o bem sempre vencia o mal. Os bons eram premiados com o céu e os maus, com o inferno.

Hoje, depois de tanto tempo passado, já não tenho minha avó e, muito menos, suas histórias e suas canções de ninar. Estou sozinha comigo mesma. E, penso: todos, em seu íntimo, estão sozinhos consigo mesmos. Cada um de nós é único e indivisível. E só. Com seus pensamentos e com sua memória.

Volto a procurar uma explicação para a maneira como me sinto. E volto a chorar, agora convulsivamente. No choro, exponho meu "eu" interior e complexo, buscando nas variáveis de meu comportamento, uma resposta para essa explosão que sinto aflorar de meu coração.

Meu coração! Pobre coração, que bate ininterruptamente durante todos estes anos. Como pode? E penso, então, no organismo humano e como ele pode funcionar tão perfeito durante tanto tempo. E é este mesmo coração que carrega máguas, dores, sofrimentos e, também, alegrias e felicidade.

Ainda choro. Aí, lembro-me de Deus. Ah! Deus! Como eu queria agora estar bem pertinho dele, ou melhor, em Seu colo. Adoraria beijá-lo e abraçá-lo. Pediria para que me contasse a melhor história que Êle soubesse. E sei que contaria a história da criação do mundo.

Assim, eu adormeceria sentindo-me amada e querida, no colo de Deus.


terça-feira, 6 de julho de 2010

"PASSEANDO" (*)


                        
            
       
Passeio por teus olhos
fascinada no que vejo.                                  
Às vezes, fico pensando:
será o que realmente desejo?                       
                                   
                                
Não sei ... ou sei? Me pergunto.
A decisão nunca vem.
Continuo a passear nos olhos
Que me olham com desdém.

                                   
Mostram o que não quero e nem busco para mim.
São tantas e infinitas coisas
numa tentação sem fim.

                                   
Quisera ser teu sorriso para em sonho, poder amar
Neste passeio tão louco,
que faço por teu olhar.


                                                    
                       Enamorada
                                   



(*) Poema enviado ao Concurso Poemas nos Ônibus
     e Trens, realizado pela Secretaria da Cultura de 
     Porto Alegre. 

                                      
                                   

segunda-feira, 5 de julho de 2010

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS - BÁLSAMO DE ENERGIA E AMOR


"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E, por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido."

                                                      Dalai Lama


O espiritismo nos ensina que a medicina terrena é benção divina, acompanhada de perto por espíritos de elevada caridade e competência, os quais, sob orientação direta de Jesus, fazem aportar neste Planeta no tempo certo, benesses balsâmicas no trato das doenças, propiciando sua cura ou alívio da dor que causam.

Assim, para a espiritualidade, a doação de órgãos é um ato de amor e de extrema caridade, pois pode salvar alguém que precisaria permanecer mais algum tempo na vida material. Como ocorre nas cirurgias, de modo geral, existem equipes espirituais atuando nos procedimentos da doação  de órgãos, realizando a adaptação e assimilação dos fluídos do doador pelo receptor. Dessa forma, o órgão transplantado se "ajusta" ao corpo físico do receptor, tendo a medicina, também, seus avanços nas drogas e procedimentos que permitem altos níveis de sucesso nesse campo.

Atualmente, diversos países lutam contra um inimigo comum: o baixo número de doadores de órgãos, uma prática que se torna a única saída para a cura de várias doenças. Na Alemanha, por exemplo, 60% da população é favorável às doações, embora apenas 14 a 17% se tornam efetivamente doadores. É preciso urgentemente, haver uma política de incremento de uma grande campanha  a vigorar, não só neste país, como em todos os demais.

Em Israel, segundo informações da mídia internacional, a partir de outubro deste ano entrará em vigor uma lei revolucionária, que colocará doadores à frente da   fila dos receptores. O cirurgião Jacob Lavee, o criador desta idéia, ressalta que, apesar de surgir de uma situação específica, muitos países esperam ansiosos pelos resultados. No Brasil, a taxa de doadores é de 8,7 por milhão de pessoas. A Espanha é a campeã mundial de doações, por manter profissionais exclusivamente encarregados de lidar com a disponibilidade e  logística dos órgãos ligados ao Ministério da Saúde. Sua proporção atual de doadores é de 34,4 por milhão de pessoas.

É necessário, no entanto, que se obtenha a concordância do doador, embora o fato de não doar órgãos seja um direito pleno de cada indivíduo. Assim, cada um poderá fazê-lo a seu tempo, quando seu entendimento assim o permitir. Porém, quem doa demonstra vivenciar louvável posicionamento em estágio moral que só benefícios espirituais lhe haverão de ser dispensados.

Os transplantes surgiram, sob o ponto de vista espiritual, como que para testar nossas virtudes de solidariedade humana, altruísmo, generosidade, piedade, compaixão, bondade e  amor ao próximo. Convém lembrar, também, que tal atitude da família do doador, quando este deixa explícito  seu desejo de doar seus órgãos, oferece ao mesmo, bençãos incomparáveis se o mesmo já estiver desencarnado.

Concluindo, podemos afirmar que a Doutrina Espírita não dita regras de comportamento, mas oferece diretrizes para a vida. Cabe a cada um de nós decidir o que, como e quando fazer. 




quinta-feira, 1 de julho de 2010

AS DOENÇAS DA ALMA


"De que adianta adentrarmos os templos da nossa fé, se trazemos a mente carregada de maus pensamentos; se o coração não perdoa e as emoções ficam girando em torno dos interesses materiais e das paixões inferiores?"

                                                  Autor desconhecido.



Somos todos espíritos ainda envolvidos num processo de crescimento e evolução. Chegamos à Terra, para habitar um corpo escolhido por nós, numa família que também escolhemos quando ainda estávamos em nossa  pátria espiritual. Nosso passado é remoto e não sabemos quando e por onde andamos nas encarnações anteriores.

Dentro desta visão, delineamo-nos como seres pensantes, inteligentes criaturas que foram feitas à imagem e semelhança do Criador : Deus. Assim, o homem busca, incessantemente, sua realização interior através dos tempos. Depara-se, nesta busca, com incontáveis situações que o levam a atitudes mais ou menos favoráveis à sua evolução.


Dotado de uma sensibilidade vibratória, coaduna-se ou não pelos lugares onde passa, sofrendo as consequencias de seu controle e/ou descontrole emocional. Os descontroles, frutos do livre-arbítrio, acarretam às criaturas diversas alterações em seu perispírito, gerando males que lhes deformam a consciência, acarretando, assim, doenças como ódio, inveja, orgulho, intemperança, insatisfação, ociosidade, alcoolismo, sexualidade exacerbada, drogadição, depressão e muitas outras que conhecemos.


A cura desses males está numa simples ação: amar aos outros como a si mesmo. Quem de nós gostaria de ser maltratado por alguém? Por que ter inveja de alguém, se todos somos iguais perante Deus? Por que o maldito orgulho entre os homens? Todos nascemos e desencarnamos um dia e, com toda a certeza, nos encontraremos em outra dimensão.


Nosso perispírito é a íntima ligação entre o corpo físico e o corpo espiritual. Além das doenças que citamos, podemos desencadear um forte abalo em nossa estrutura físico-orgânica, que vem a sofrer danos, através dos desequilíbrios  que se originam de mentes que só conseguem ver o lado mau das coisas.


Não precisamos e nem quer Deus que soframos assim. Viemos para, ao resgate natural de dívidas contraídas num pretérito remoto, também para amar, sorrir, abraçar, beijar, chorar de alegria ou de felicidade, acarinhar, enfim, colocar para fora todos os nossos desejos de bem viver com o próximo.


E nada disso é impossível acontecer. Temos que viver nossos dias felizes e de alma branda, porque não sabemos o dia da chamada para o mundo espiritual. Carecemos de ser como as crianças - puras, de olhar límpido e sorridentes, pois para elas, nada está ruim. Elas nos encantam com sua simplicidade espiritual, pois são seres abençoados que Deus coloca em nossos caminhos para nos iluminar e nos trazer paz.


Pensemos sempre na luz que emana do amor do Pai. Agradeçamo-Lhe  pela  oportunidade de aqui estarmos como viajores que  somos,  na busca  do conhecimento de nossa origem  e da escola em que vivemos.    


Por fim, necessitamos olhar os bens materiais como subsídios que nos foram cedidos por empréstimo para trilharmos este caminho temporário. A fé nos levará, com certeza, a alcançar os objetivos a que nos propomos.


Que Deus abençoe a todos.