A GRANDE VIAGEM DO ESPÍRITO: A VIDA

"A vida não espera... por onde você for, o tempo não pára.
O que ficou, ficou... o que passou, passou...
É a vida em movimento.
Somos viajantes eternos em suas trilhas.
Parece que somos passageiros na eternidade, mas a verdade é que somos eternos dentro do temporário. Ou seja, somos eternos no movimento da vida que segue...

Na natureza, tudo passa!
O traço característico da existência é a impermanência.
As coisas mudam...
Pessoas e situações vão e vêm em nossas vidas, entram e saem na esfera de ação do nosso viver.


A vida é assim!
Há um tempo para tudo: o amanhecer, o meio-dia e o anoitecer.
Da mesma forma que há um tempo para semear e colher; nascer, viver, partir, renascer e seguir...


Tudo passa!
O que marca é a experiência adquirida.
As culpas e as mágoas também passam!
No rio da vida, as águas do tempo curam tudo, pois diluem no eterno as coisas passageiras.
Sim, se você se permitir notar que o tempo leva tudo, e que a vida segue...


Sim, tudo passa mesmo!
As estações se sucedem no tempo certo: primavera, verão, outono e inverno.

Isso é natural!
Como é natural o espírito imperecível entrar e sair dos corpos perecíveis.
Como é natural seguir em frente, pois o tempo não pára e a vida segue...
As experiências vão, mas o aprendizado fica.


A evolução é inevitável!
Todos estão destinados à Consciência Cósmica, mesmo que não entendam isso agora.
Porém, se o desentendimento é passageiro, a felicidade advinda do processo de evoluir continuamente será imperecível.


Tudo a seu tempo!
Enquanto evoluem e aprendem a arte de viver, sejam felizes...
E não se detenham, até encontrar a meta!
O que vale é o Amor!"



Wagner Borges

Estamos no mundo para evoluir. E o decorrer desta evolução nos faz inteligentes e experientes o suficiente, para que entendamos qual a finalidade desta viagem com vinda e ida programada de nosso espírito. Precisamos suportar nossas dores e enfrentamentos com a dignidade de quem veio para cumprir um objetivo comum a todos que, como nós, aqui aportaram.

Ao chegarmos somos almas insipientes, pois deixamos para trás na espiritualidade, tudo o que aprendemos e fizemos nas encarnações pretéritas. Assim, partimos rumo a novos conhecimentos e novas experiências neste também novo corpo de carne que passamos a habitar.

Mas, isso tudo não quer dizer que não estejamos comprometidos com aquilo que é passado em nossas vivências anteriores. De maneira nenhuma, estaremos isentos dos compromissos já adquiridos anteriormente. No livro da história de cada um de nós, existem os registros das vidas pregressas, que jamais serão esquecidos por Deus.

Tal como a natureza que, de tempos em tempos muda sua fisionomia, passando a mostrar-se diferente em cada estação do ano, nós também, de encarnação a encarnação mudamos nossa aparência, utilizando ora um corpo masculino e/ou um corpo feminino, para  que o espírito tenha oportunidade de vivenciar as experiências em cada tipo de vida no que se refere ao sexo da criatura humana, em seus diversos aspectos.

De qualquer sorte, homem ou mulher, estaremos sujeitos  à imperecibilidade da alma. E o tempo que aqui ficamos é tão curto, em relação à Consciência Cósmica, que podemos nem ter oportunidade de realizar aquilo a que nos propomos, quando ainda estávamos sendo preparados por nossos mentores espirituais, para descermos à crosta terrestre.

Portanto, em qualquer situação que nos surja, devemos ter em mente que somos viajores em busca de progresso e aperfeiçoamento. Não podemos deixar em aberto a ocasião de dar ao nosso irmão aquilo que gostaríamos que nos fosse dado - o amor incondicional, sem preconceitos de qualquer natureza, lembrando-nos sempre que Deus criou-nos à Sua imagem e semelhança e, dessa forma, devemos portar-nos como Ele, sendo bons e mansos de coração, caridosos e complacentes para com todos.

Que nossos pensamentos e atos de cada dia sejam como bênçãos a nos orientar e  modelar nossa conduta para conosco mesmos e para com os demais. Que nada nos faça perder a postura de cristãos preocupados com a retidão de caráter e a formação moral, tão necessária para a concretização dos valores pessoais de cada ser.

Que a semeadura do bem e das virtudes seja farta e que a colheita dos mesmos seja vicejante e profícua. Que o amor jamais se perca nas curvas de nossa trilha e que conservemos doces palavras para aliviar a dor dos que tanto necessitam; que nunca esqueçamo-nos do dever da humildade e do perdão, pois somente aqueles que curvam-se perante a pretensa prepotência de alguns e conseguem perdoar os que humilham e acusam, terão conseguido crescer e evoluir aos olhos do Pai.

Que nunca esqueçamos das palavras de Jesus, nosso Pregador da Paz e do Amor, que nos consola, dizendo : "Amai-vos uns aos outros como meu Pai e Eu vos amo".

Que assim seja!