A TRANSITORIEDADE DA VIDA

  

"Quando encarnados, custamos a entender a função retificadora do sofrimento como processo de aperfeiçoamento espiritual. Em verdade, somos como diamantes brutos que, por meio da lapidação, iremos nos transformar em "brilhantes" a irradiar Luz. Por isso, se o homem encarnado soubesse da importância das vicissitudes e dos sofrimentos, embora muitas vezes sob o guante de adversários de vidas pretéritas, formaria fila defronte da oficina do purgatório terreno, aguardando impaciente a vez de atenderem-lhe os necessários consertos espirituais."

                                                    Ramatis

A transitoriedade do existir material pode delimitar tempo e espaço para as pessoas. Algumas há, cujas mentes se expandem e se sintonizam com a consciência Universal (Deus). O espírito imortal não nasce, não cresce, não morre e não renasce; matricula-se temporariamente na escola da Terra, onde o currículo proposto para estimular sua evolução consciencial é composto de umas seqüências de problemas.

Estes problemas, por sua vez, fornecem ao espírito o verdadeiro sentido de nossa estada aqui neste plano. Na verdade, somos tão imperfeitos que   buscamos, cada vez mais, uma plenitude material que não condiz com os propósitos para os quais viemos para este mundo de provas e expiações.

Ao contrário do que acordamos na espiritualidade, agimos como se uma névoa estivesse sobre nossa mente e nossos olhos, preocupando-nos apenas com o que mais interessa do ponto de vista da matéria, isto é, acercamo-nos de coisas que nos fazem bem ao orgulho, à avidez pelo que é bom e bonito, à inveja, às traições, ao esnobismo, à soberba, etc.

Assim, deixamos de lado o cultivo do amor, das verdadeiras amizades, do carinho para com todos, de olhar nosso irmão sem notar seus defeitos físicos, de partilhar nossas alegrias, enfim, passamos pela vida sem ter, na realidade, vivido. Aqui, neste planeta é o lugar para corrigir nossos defeitos, nossos erros do passado e de pedir perdão àqueles que foram, por nós, apontados e maltratados no pretérito.

E, por quantas vezes não entendemos ou não queremos entender, o porque de tantas situações difíceis pelas quais passamos. O burilamento espiritual é necessário para que possamos compreender a vida e suas manobras, a fim de nos colocar à frente do verdadeiro caminho para Deus.

Nossos mentores espirituais estão sempre a nos auxiliar para que tenhamos êxito em nossa jornada terrena. Porém, é preciso que sejamos humildes e puros de coração para aceitarmos esta ajuda e, dessa forma, chegarmos ao final de nossa existência material, com a certeza de haver cumprido nossa tarefa de casa.

Tudo o que temos de bens materiais nos foi emprestado para que pudéssemos ter, por merecimento, uma vida digna. Nada é nosso. A prova disto é que, quando partimos, tudo fica. Nem nosso corpo, esta carcaça que envergamos, nos pertence. Ao final de nossa passagem terrena, o corpo fenece. Aquele corpo, tantas vezes utilizado para fazer valer nossa prepotência ou nosso orgulho, morre. Mas a alma, esta segue viva, rumo à pátria de origem.

Portanto, deduzimos que aos olhos de Deus, nosso Pai Eterno, o que conta é somente nossos atos de bondade, de caridade, despojados de falsos testemunhos de estar fazendo o bem sem olhar a quem, a humildade, o amor incondicional, o compartilhamento na dor dos semelhantes, etc.

Vejam, que Deus não nos pede muito. Ele, que sempre nos amou e nos ama , ainda, mandou Seu filho, Jesus para nos trazer mensagens de paz e amor. Muitos não O entenderam, perdendo a oportunidade de conhecer o conteúdo do que o Nazareno nos trazia. Jesus deu sua vida por nós. E até hoje, uma grande maioria das pessoas não sabem ainda, como retribuir aquele carinho tão especial e amoroso.

Pensemos muito nisto. O mundo está entrando numa era de transição. Devemos estar preparados, pois estamos aqui para isso. Oremos e agradeçamos ao Pai , pela preciosa oportunidade do renascimento, que nos dá a chance de reparação, progresso e evolução espiritual.

Que assim seja!