sábado, 6 de fevereiro de 2010

"EM BUSCA DA VIDA"

Este é o título do livro que estou lendo agora, de autoria de Jane Hollister. É uma história muito comovente pois relata a vida de uma mulher corajosa que revela, através de sua analista, a lenta e essencial transformação que o espírito, a psique inconsciente, experimenta  diante da morte iminente, causada pelo câncer.

Sua analista Jane , a autora do livro , anotou os sonhos dessa paciente terminal, interpretando-os à luz da psicologia junguiana. Segundo Jung, a pessoa precisa reconhecer sua individualidade em relação ao âmbito da vida humana em sua totalidade, aprendendo e aceitando o paradoxo de ser único e participar completamente da experiência humana coletiva.

Assim, Jung defende que aqueles cujo desenvolvimento está "bloqueado", são os mais vulneráveis ao câncer. A devoção e a paciência infinita de Jane  e a corajosa honestidade de Sally, a paciente, nos trazem, nesta leitura, um documento humano dos mais tocantes.

É percebível a forma como o inconsciente nos prepara para a morte e nos ajuda a suportar o insuportável sofrimento de forma lenta, quase imperceptível, mas segura. Foi nestas últimas décadas, que os terapeutas passaram a empreender um esforço no sentido de ajudar pacientes terminais a enfrentarem a morte, preparando-os psicologicamente para a mesma.

Sally desencarnou no início dos anos 60. Décadas depois, a morte e o morrer deixaram de ser tabus na psicologia e tornaram-se, então,  uma preocupação comum entre a comunidade psicoterapeuta e as novas gerações em geral.
Desde então, Jane Hollister convenceu-se ainda mais de que um terapeuta é de especial valia para pacientes terminais. Os sonhos e as fantasias de Sally em seu leito de morte, trouxeram à tona  as verdades básicas de nossos instintos e a percepção de que a vida e a morte não passam de duas facetas do mesmo mistério.

O nascer e o morrer! Independentemente da psicoterapia junguiana estes fatos estão intrinsecamente ligados. E, para nós espíritas, não podem ser considerados um mistério. O nascer é, na verdade,  a vinda do espírito para continuar seu processo evolutivo na Terra e o morrer, é  o retorno do mesmo à seu lugar de origem.

Sally, como todos que desencarnam, independente da doença ou dos problemas que os afetam, cumpriu seu papel ou sua missão.



 





sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL

"A busca pelo desenvolvimento da espiritualidade nunca termina. Pelo amor ou pela dor, um dia, em algum momento, você vai se render à necessidade de buscá-la. Por isso comece o quanto antes para facilitar as coisas e tornar a vida mais prazerosa."

                                    Bruno J. Gimenes e Patrícia Cândido


Cada um de nós tem uma missão a cumprir neste mundo. Por menos que  não queiramos aceitá-la, ela existe e é nossa, individual e intransferível. Passe o tempo que passar, num determinado momento precisamos encará-la de frente. Essa missão faz parte de nossa evolução espiritual, pois somente através desses fatos, crescemos e caminhamos rumo a Deus.

Centrados e convictos de que nossa existência é passageira, e  a vida terrena é a escola onde aprendemos, nos formamos e passamos a executar o que absorvemos durante nosso aprendizado, sentimos que a solução dos problemas não estão a cargo de outra pessoa e, sim, de nós mesmos.

As pessoas que nos rodeiam, nossa família, amigos, etc. podem ser gatilhos de nossa evolução, sendo aqueles que nos ajudam na jornada da vida, mas nunca serão ou terão culpa do que fizemos ou deixemos de fazer.

Por outro lado, não podemos achar que nossa vida aqui na Terra baseia-se  num único propósito, ou seja, apenas trabalhar, sobreviver e pagar as contas. A evolução espiritual exige muito mais que defender os interesses do mundo material.

Podemos observar que no universo tudo é cíclico, uma vez que existe tempo para tudo e o momento certo para cada coisa. Assim, tudo vai e vem, nasce e morre, levanta e cai, clareia e escurece, esquenta e esfria. Necessário se faz conviver em harmonia com esses movimentos naturais que tornam-nos mais sábios e mais felizes.

Para conquistar essa sabedoria e felicidade necessitamos saber que nossos anseios estão dentro de nós mesmos. Portanto, o conhecimento, a meditação e a busca dos mesmos deve ser feita em nosso interior e não nas ilusões do mundo externo.

Que Deus, nosso Pai e Criador, nos permita cada vez mais exercitarmos a busca pela evolução espiritual através de nossos sentimentos em relação a nosso próximo, respeitando-o e amando-o, como gostaríamos que nos respeitassem e nos amassem.

Que a luz divina nos faça eternos vigilantes e responsáveis por aquilo que praticamos, em nome do amor , da justiça  e da consciência de que somos apenas viajores em busca da felicidade e do crescimento de nosso espírito.




quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

GÊNIOS - DÁDIVA OU TALENTO?


"Genialidade é experiência. Alguns pensam que é uma dádiva ou um talento, mas é o fruto da longa experiência de muitas vidas."


                                                 Henry Ford


Não é de hoje que manifestamos um grande espanto ao vermos crianças ainda em tenra idade realizando coisas que só poderiam partir de alguém com muito estudo e  muita dedicação, como por exemplo, pequenos que tocam piano como se fossem monstros sagrados da música clássica. Outros, ainda, mantém uma conversação em outras línguas, sem as conhecerem e mais, com a maior naturalidade como se já tivessem estudado muito sobre aquele tema.

Achamos lindo e muito nos emocionamos com esses fatos. E o mundo está cheio deles. O que dizer disto? Como entender? Como reagir diante de tais "expoentes"? O que fazer para tratá-los como realmente são? Como saber de onde vieram esses dotes artísticos ou de vanguarda?
A resposta para todos esses questionamentos não nos parece, dada a nossa incipiência no assunto, fácil de responder. 

Porém, tudo nesta vida tem sua razão de ser. Esses pequenos seres trazem, em sua bagagem espiritual, lembranças de outras vidas e, aqui chegando, põem em prática seus "dotes" para nos mostrar que, na realidade a morte  existe apenas  no corpo físico.

O corpo espiritual ou alma traz sempre os registros da personalidade imortal, com todos os traços de conduta, atitudes, temperamentos, inteligências, potenciais ou dons.

A alma sempre retorna para experiências no corpo físico se estabelecendo e se desenvolvendo no mesmo, que lhe serve de veículo.

A Psicoterapia Reencarnacionista nos atesta que já reencarnamos com uma personalidade definida, isto é, aquela que viemos apresentando em nossas últimas reencarnações.
As características individuais que refletem nosso modo de agir e de reagir são as tendências que já trazemos latentes conosco e as quais, no confronto com as mais variadas situações da vida terrena, passam a manifestar-se.

Dessa forma, nós não formamos uma personalidade - nós a revelamos. 
E é nessa revelação que conhecemos espíritos muito evoluídos - como os que citamos no início deste trabalho - e aqueles que ainda estão a  engatinhar rumo ao despertar de uma consciência plena no mundo que habitamos.
         

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

SAUDADES

                             
                                  "Quem quer definir saudade
                           não diz nada - fala a esmo -
                           saudade não se define:
                           saudade é saudade mesmo."
                   
                                                 
                                                 Glênio Peres
   
                                                


Nosso poeta, jornalista, político e cidadão Glênio Peres desencarnou em 27 de fevereiro de 1988. Se vivo fosse, hoje estaria com 77 anos ,dos quais em torno de quatro décadas, dedicou-se a tornar Porto Alegre melhor. Nascido em Lavras do Sul, mudou-se para nossa Capital ainda menino.

Autodidata, estudou com passagem marcante pelo saudoso Colégio Cruzeiro do Sul. Envolvido com tudo que dizia respeito à Porto Alegre, paralelo à sua condição de jornalista, abraçou a política tornando-se vereador em 1964. Após, foi Secretário Municipal dos Transportes na gestão do então prefeito,Célio Marques Fernandes. Em setembro desse ano, aos 31 anos de idade, casou-se com Lícia Peres de cuja união nasceu seu filho Lorenzo.
 
Glênio colocou em execução medidas inovadoras, tais como  como a contagem real de passageiros transportados pelos coletivos da Capital, trazendo como resultado uma tarifa justa e honesta. Em 1978, publicou a obra "Caderno de Notícias" (editada pela COOJORNAL) ,a qual veio juntar-se a outras obras como "Antoninho do Cavanhaque" (teatro infantil), reportagens como "Egito e Israel", "Guevara na Bolívia" e "Tupamaros no Uruguai", todas com prêmios da Associação Riograndense de Imprensa.

Em 1985, tornou-se vice-prefeito na eleição que levou Alceu Collares à Prefeitura de Porto Alegre, exercendo esse cargo até fevereiro de 1988, data de sua morte.

Porto Alegre ficou triste sem o homem que defendia todas as causas em nome de nossa Capital. Conhecia-a como a palma de sua mão, amando cada canto e cada bairro da cidade, como se nela tivesse nascido. Hoje tem, em sua homenagem, o ponto principal do centro que é o "Largo Glênio Peres", onde  acontecem  manifestações de cidadania e atrações culturais. 

A saudade, como ele mesmo escreveu, não se define. Porém, mantém acesa e viva a vontade de tê-lo ainda aqui conosco. 
Que Deus o abrigue em seu templo abençoado de paz e amor!




 

                                              

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A PASSAGEM

Era primavera. Campos floridos ladeavam a estrada, dando à paisagem um cenário encantado. Tudo parecia convidar para um belo passeio - o ar puro, a brisa suave, o perfume agradável das flores, o canto dos pássaros, enfim, era a estação mais bela do ano no entender de Mayra. 

Ela havia acordado cedo, naquele dia. Fora à escola, ajudara sua mãe a por a mesa para o almoço, fizera os temas de casa e agora, estava pensando em dar uma volta na bicicleta nova que ganhara de seu pai. Avisou à mãe de sua saída e pedalou em direção ao caminho que levava ao bairro mais próximo, considerado o centro da cidade em que morava.

Lá ela encontraria suas colegas de aula que a haviam convidado para tomar um sorvete e depois, voltaria para casa. Mayra, com seus 15 anos, era uma menina muito bonita. Seus cabelos louros, olhos azuis e pele clara parecendo porcelana, chamava a atenção das pessoas que passavam por ela. 

Era, também, muito caridosa. Seu modo de ser, alegre e expansivo, cativava a quem a conhecia. Adorava seus pais e seu irmão Afonso, do qual era muito mais amiga do que irmã. Afonso era mais velho três anos e trabalhava como mecânico numa oficina de automóveis perto de casa. 

Sempre que podia, Mayra ia ao hospital da cidade visitar os idosos doentes e carentes que lá se encontravam. Ali, junto deles, cuidava-os com muito carinho lendo e contando histórias, demonstrando seu amor aos desvalidos pela sorte. Assim também fazia na "Casa dos Amigos". Esta era uma casa espírita que, além de abrigar alguns idosos pobres, fazia a caridade, propiciando às pessoas a educação mediúnica que esclarecia sobre a espiritualidade e o Mundo Maior.

Mayra adorava esses encontros na "Casa dos Amigos" e já fazia alguns cursos sobre assuntos espíritas, além de ler diversas obras mediúnicas. Naquele dia, ao passar pelo local, a menina ainda desceu de sua bicicleta e foi ver seus amigos, os velhinhos que ela, uma vez por semana, ia cuidar.

Dirigindo-se ao centro da cidade, distraída pelo farfalhar das folhas das árvores floridas, Mayra não viu o carro que vinha em sua direção, em alta velocidade. Foi apenas um segundo e o veículo bateu-lhe em cheio. A menina caiu ao chão enquanto o motorista corria para prestar socorro, pois além de conhecer Mayra não podia acreditar que a havia atropelado.
.....

Mayra acordou e sentiu-se leve e confortável na cama branca do hospital. Apenas uma tontura a impediu de levantar-se. Olhando à sua volta, percebeu que estava sozinha no quarto e, vendo à cabeceira uma campainha, tocou-a. No mesmo instante, apareceu uma enfermeira trazendo-lhe um copo d'água cristalina e gostosa. A menina, sedenta, bebeu o líquido e quis saber onde se encontrava.

Mirna, assim se apresentou a enfermeira, acalmou Mayra, pedindo que ela tornasse a recostar-se nos travesseiros macios, enquanto ela buscaria um médico para vê-la. Voltou, logo depois, com um casal de velhos os quais eram muito familiares à garota, embora já estivessem mortos há muitos anos. Eram seus avós e Mayra , lembrando-se do acidente, entendeu de pronto que havia desencarnado.

Seus avós a abraçaram, felizes pelo reencontro ,dizendo-lhe das saudades que tinham da neta. Mayra chorava de felicidade por haver reconhecido neles, o que o espiritismo já lhe havia ensinado sobre a continuação da vida após a morte.Vinha-lhe ao coração, apenas um sentimento de tristeza pelos pais e irmão que havia deixado na Terra. Mas, ao mesmo tempo, sabia que eles entenderiam o porque do acidente e, com certeza, saberiam o quanto ela estava bem, num mundo onde só existe o amor e a felicidade. 

Ela conhecia o que lhe esperava nesse lugar - trabalho, fé, amor e caridade. Era a continuação do que ela já praticava aqui neste mundo.
A bênção divina que lhe dera a vida, agora buscara-a para a verdadeira Vida.



sábado, 30 de janeiro de 2010

A VIRTUDE DA TOLERÂNCIA

"São poucos os homens que sabem tolerar nos outros os defeitos que eles próprios têm."

                                            Arturo Graf


Saber tolerar os outros é uma virtude. Tolerar os defeitos dos outros é mais do que uma virtude - é uma grande sabedoria. Não somos perfeitos nem nunca o seremos. A vida nos leva à convivência com pessoas de todo o tipo, desde os mais simplórios até aqueles que "se acham", como costuma-se dizer.

Em toda comunidade, há inúmeros perfis de pessoas que nos mostram de uma forma ou de outra, seu modo de ser. Imaginamos, às vezes, que alguém em determinada situação agiria de tal modo, quando para nossa surpresa, estamos diante de pessoas que nos mostram um lado diferente de sua personalidade.

A verdade é que, conhecendo-nos a fundo, sabendo de nossas fraquezas e  defeitos, geralmente ocultamos dos demais essa contingência. O ser humano não é dado a admitir, nem mesmo para si próprio, o que guarda no âmago de seu coração. Daí dizer-se que tal pessoa não consegue dar-se a conhecer por completo, pois oculta em seu íntimo rancores, mágoas, sentimentos de baixa auto-estima, orgulho, etc.

A psicanálise estuda essa área do comportamento humano e procura auxiliar com diversos tratamentos  onde as pessoas, geralmente relatam seus problemas e aceitam alternativas de novos rumos com relação ao seu modo de ser e de agir.

Quando sentimos que algo não vai bem em nossa vida, devemos procurar saber o porque e a causa desse sofrimento. Conversar, falar  de seus hábitos, seus desgostos e suas frustrações, dá ao psicanalista condições de ver naquele determinado paciente uma forma de ajudá-lo.

Também podemos ajudar-nos, aprendendo a sermos humildes e tolerantes conosco mesmos. É um aprendizado que requer paciência, serenidade e confiança, para que possamos ver-nos como vemos nosso semelhante: com seus defeitos e sua maneira peculiar de ser.

O mundo seria bem melhor se todos tivessem como objetivo maior, dar ao seu amigo, seu colega, seus familiares o amor incondicional, que é fruto do que nos foi ensinado por Deus. 



quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A TECNOLOGIA EM NOSSA VIDA

"Chegará um dia em que talvez as máquinas pensem, porém elas nunca terão sonhos"

                                             Theodor Heuss


Hoje é notícia em todos os veículos de comunicação a apresentação do IPad, da Apple. Misto de computador com smartphone, o dito promete inaugurar um segmento entre os eletrônicos domésticos e provocar mudanças na forma como se navega na internet, se joga videogames e se lê livros e jornais.

Apesar de ser uma tecnologia de ponta, faz-nos lembrar dos antigos e primeiros computadores gigantes por sua estrutura e aparência, ao ponto de nos causar receio ao ter que tocá-los. Quero deixar bem claro aqui, que nunca fiz uso desses tiranossauros épicos.


Depois, o computador tornou-se mais acessível por seu tamanho e acessibilidade ao ponto de nos dias de hoje haver modelos com tela sensível ao toque, em substituição ao uso do teclado. Também, por sua vez, os portáteis tiveram seu momento fashion. Pequenos e cômodos para se levar de um lugar a outro, proporcionam uma utilização segura, eficiente e de fácil manuseio.


Steve Jobs apresenta seu Ipad ao valor de US$ 499 nos modelos mais simples a US$ 829, nos mais sofisticados. Isto lá nos EUA. Devem chegar ao Brasil por março ou abril deste ano.


Bem, mas até aí, tudo legal. Há muito tempo que as máquinas eletrônicas comandam nossos dias. Temos os mais variados tipos de eletrônicos e aprendemos a conviver com eles como se fizessem parte de nós.

Se perguntarmos a uma criança o que ela gostaria de ganhar como presente, até já sabemos a resposta - um brinquedo que seja movido a controle remoto ou algo do tipo que é só apertar um botão e a "coisa" já sai andando, falando, só faltando pensar.

Pensar! Ainda bem que isso só é possível ainda no ser humano. Se penso, logo existo. E existindo, posso também sonhar. E o sonho não precisa ser com padrões pré-definidos ou pré-estabelecidos. Apenas sonhar...

No sonho, realizamos coisas e aprendemos outras tantas. Voamos, atravessamos vales e montanhas, rios e cascatas, encontramos anjos, fugimos de demônios, e sentimos paz . Às vezes são pesadelos, torturosos e amedrontantes. Mas não deixam de ser, também, sonhos.

No sonho somos reis e rainhas, príncipes, magestades, plebeus e fizemos parte de um mundo onde ninguém, mas ninguém mesmo, a não ser que queiramos, entre. Costuma-se dizer que sonhar é bom, porque nada se paga para isso.

Apesar dos avanços da tecnologia, gostaria muito que minha lavadora de roupas fizesse seu trabalho sem que eu precisasse acioná-la ou que meu aspirador de pó soubesse o dia em que deveria limpar a casa por sua conta.
Porém, as máquinas ainda não pensam, embora existam. Também não sonham. 

Será que chegará o dia em que elas, cheias de razão nos  dirão:Sonhei que hoje eu estou de folga e indisposta para conversar. Fui!
Espero que isso seja apenas mais um de meus sonhos...