quinta-feira, 26 de julho de 2012

O EGO E EU








“A batalha mais difícil de ser travada ocorre no teu mundo íntimo.
Ninguém a vê, a aplaude ou a censura.
É tua. Vitória, ou derrota, pertencerá a ti em silêncio.
Nenhuma ajuda exterior poderá contribuir para o teu sucesso, ou conjuntura alguma te levará ao fracasso.
Os inimigos e os amigos residem na tua casa interior e tu os conheces.
Acompanham-te e desde há muito estás familiarizado com eles, mesmo quando te obstinas por ignorá-los.
Eles te induzem a glórias e a quedas, aos atos heróicos e às fugas espetaculares, erguendo-te às estrelas ou atrelando-te ao carro das ilusões.

São conduzidos, respectivamente, pelo teu Ego e pelo teu Eu.
O primeiro comanda as paixões dissolventes, gerando o reinado do egoísmo cego e pretensioso que alucina e envilece.
É herança do primarismo animal, a ser direcionado, pois que é o maior adversário do Eu.
Este é a tua individualidade cósmica, legatária do amor de Deus que te impele para as emoções do amor e da libertação.
Sol interno, é chama na fumaça do Ego, aguardando o momento de a dissipar, a fim de brilhar em plenitude.

O Ego combate e tenta asfixiar o Eu.
O Eu é o excelente libertador do Ego.

Sob disfarces, que são as suas estratégias de beligerância criminosa, o Ego mente, calunia, estimula a sensualidade, fomenta a ganância, gera o ódio, a inveja, trabalha pela insensatez.
Desnudado, o Eu ama, desculpa, renuncia, humilha-se e serve sem cessar.
Jamais barganha ou dissimula os seus propósitos superiores.

O Ego ameaça a paz e se atulha com as coisas vãs, na busca instável da dominação injusta.
O Eu fomenta a harmonia e despoja-se dos haveres, por saber que é senhor de si mesmo e não possuidor dos adornos destituídos de valor real.

César cultivava o Ego e marchou para a sepultura sob as honrarias que ficaram à sua borda, prosseguindo a sós conforme vivia.
Jesus desdobrou o Eu divino com que impregnou a Humanidade e, ao ser posto na cruz, despojado de tudo, prosseguiu, de braços abertos, afagando todos que ainda O buscam.
O Ego humano deve ceder o seu lugar ao Eu cósmico, fonte inesgotável de amor e de paz.
Não cesses de lutar, nem temas a refrega.”


                                      Joanna de Ângelis
                    Do Livro: Momentos de Meditação
                       Psicografia de Divaldo P. Franco.



segunda-feira, 23 de julho de 2012

EM RELAÇÃO À ANGÚSTIA




Acautela-te quanto às injunções da angústia.
À semelhança de erva daninha, ela se entranha suavemente nas raízes do sentimento, estrangulando-as com vigor.
Insinuante, encontra fáceis argumentos para instalar-se na mente e emaranhar-se no coração, tornando-se infortúnio de difícil erradicação.

Afirma-se que a angústia é resultado de sofrimentos íntimos mal digeridos.
Às vezes, aí se origina, invariavelmente, porém, torna-se desdita que consome, tendo a sua procedência em nonadas que tomam vulto e são aceitas como fatores de alta consideração.

Não te impressiones com os insucessos nas atividades que empreendes. Eles fazem parte dos cometimentos e são lições preciosas, a fim de que aprendas a não reincidir nos seus gravames.
Quem desconhece o fracasso não tem condições de viver êxitos.
Demorar-se no malogro, entre lamentações e rebeldias, é abrir-se ao desequilíbrio, à angústia.
Perder é fenômeno natural em todo empreendimento, de modo a poder-se lucrar depois, satisfatoriamente.
A existência carnal, por isso mesmo, é um investimento que experimenta todos os tipos de riscos existentes.
Enfrentá-los com naturalidade, eis o dever de todos, nunca se deixando atemorizar ou fugir da responsabilidade que apresentam.

Entre os antídotos eficazes para a angústia, o trabalho edificante e nobre de toda procedência, tem primazia.
Ele estabelece motivações para continuar-se a viver e a lutar, emulando ao contínuo esforço de crescimento com vistas ao progresso social, moral e espiritual.
Ao seu lado, a leitura instrutiva, consoladora, e a prece constituem terapias eficazes, substituindo, na mente, os clichês viciosos e pessimistas por idéias novas, construtivas.

Abrindo espaços para conjunturas e realizações saudáveis, reeduca os hábitos mentais negativos, facultando entusiasmos, renovação interior, libertação.
A ação do bem a favor do próximo é, também, de valor inestimável, por gerar simpatia e desenvolver o amor que restabelece a paz íntima, restituindo a alegria existencial.
Habitua-te com a felicidade e não a desprezes aceitando as insinuações da angústia que te espreita.
Faze sol íntimo e esparze-o onde te encontres.
Jamais tropeçarás em trevas se o mantiveres.


Joanna de Ângelis /Divaldo P. Franco
Livro: Momentos de Esperança



quinta-feira, 19 de julho de 2012

CASA ESPIRITUAL




Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.

Valendo-nos do símbolo, recordamos que existem casas ao abandono, caminhando para a ruína, e outras que se revelam sufocadas pela hera entrelaçada ou transformadas em redutos de seres traiçoeiros e venenosos da sombra;  aparecem, de quando em quando, edificações relaxadas, cujos inquilinos jamais se animam a remover o lixo desprezível .

Observam-se as moradias fantasiosas, que ostentam fachada soberba com indisfarçável desorganização interior, tanto quanto as que se encontram penhoradas por hipotecas de grande vulto, sendo justo acrescentar que são raras as residências completamente livres, em constante renovação para melhor.

O aprendiz do Evangelho precisa, pois, refletir na lição de Jesus  em que o lar espiritual não deve ser tomado apenas como carícia embaladora e, sim, por material de construção e reconstrução da reforma integral da casa íntima.

Muitas  vezes,  é imprescindível que os alicerces de nosso santuário interior sejam abalados e renovados.

Cristo não é somente uma figuração filosófica ou religiosa nos altiplanos do pensamento universal. É, também,  o restaurador da casa espiritual dos homens.

O cristão sem reforma interna dispõe apenas das plantas do serviço. O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado que atinge a luz do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, sobretudo, em favor de si mesmo.


                                   Emmanuel
             Livro: Vinha de Luz, de Francisco C. Xavier



sábado, 14 de julho de 2012

JANELAS DA INFÂNCIA



“Pedi à minha filha de oito anos _ Abre uma janela aí, filha.
Esperei.  Disse de novo:
_ Abre uma janela aí, filha.
Esperei novamente.  Quando vi, ela tinha aberto uma janela no 
Google Chrome.
Tenho pensado na diferença da infância dela para a minha. As crianças de hoje em dia não sabem o sabor de uma goiaba colhida do pé, do quanto é bom esperar os ventos de julho chegarem para correr, colher uma 
taquara, afinar ao máximo com uma faca duas ou três varetas, pedir pra mãe um pouco de farinha de trigo misturada com água pro grude, pegar o papel de seda do pão d'água, ajeitar uma camiseta velha para a cola e pedir ao tio, fio do espinhel bem comprido para montar aquela pandorga.

Depois sair pro meio da rua, é isso mesmo, bem no meio da rua de chão batido, se posicionar com o rolo - vidro de álcool - de linha na mão, esperar aquele vento bom chegar e correr, correr com todas as forças, como se fazer aquela pandorga voar alto fosse a coisa mais importante que tivesse que conseguir na vida. Fico pensando em como esta "pequena" brincadeira é hoje tão valiosa, pelo menos pra mim.
Eu ficava horas sentada no chão batido da rua, olhando alto aquele pequeno pedaço de papel com algumas taquaras voando, às vezes quase se perdendo da minha 
vista, e quando perdia ela, eu olhava o céu e ficava ali esquecida do tempo.

Fios? Na minha rua não tinha muitos, dava pra soltar as pandorgas sem problemas. Lembro muito e sinto imensa saudade do espetáculo que os vagalumes – pirilampos, pros de menos idade - davam todas as noites no terreno em frente. Eram tão lindos ! Que bichinho lindo, tchê! Eu sentava em frente à calçada de casa sozinha, só para ver aquele tanto de luzinhas brilhando, e ainda nem era Natal.

Me causa estranheza e preocupação ver minha filha pesquisando e conhecendo em segundos, pela tela do computador, as muralhas da China como vi hoje, sem que pelo menos eu tenha que pegar da  estante do meu avô, um livro enorme daquela enciclopédia antiga - se diz enciclopédia ainda ou está fora de moda? Fazer uma pequena história e entonar uma grande fantasia em cima dessa pesquisa.
A sala do meu avô era de chão de cimento, havia um sofá velho e uma estante que tomava conta de toda uma parede da sala.
Nela havia coleções muito boas e que poucas pessoas tinham na época. Minha mãe nos levava naquela sala e fazia daquilo uma festa. Era um acontecimento meu avô ter todos aqueles livros, como se, hoje em dia, mostrassem para nossas crianças o Tablet mais potente da atualidade. E, na frente da lareira, perto da sala, ele contava as histórias dos livros, ou embaixo da parreira de uva, enquanto nos pedia para ajeitar os raminhos da parreira  que se enrolavam nos galhos.

Todos os dias penso nas nossas brincadeiras no meio da rua, nos dias subindo nas árvores e colhendo pitanga, amora, goiaba, ameixa, limão, laranja e comendo ali mesmo, em cima da árvore.
Minha filha não gosta de goiaba, mal conhece amora, mas amo contar pra ela, enquanto escolho algumas goiabas no mercado, de como era bom subir naquela árvore e escolher nossas próprias frutas, ter que nos equilibrarmos quando chovia, porque goiabeira na chuva fica escorregadia, sabiam?
Sorte ter aquela pitangueira no caminho para a casa da avó dela, onde ela para e colhe aquelas frutinhas faceira, e eu tenho uma baita paciência pra esperar ela colher e comer aquelas pitangas, enquanto os carros voam sem parar no quebra molas que ali tem.
Estes dias,  contei a ela como fazíamos 
pesquisas para os trabalhos da escola.  Depois da sala do meu avô, havia biblioteca em nossa escola e, quando o livro não tinha na escola, íamos na Biblioteca Pública. Você ia lá, pegava seu livro, havia um lugar onde podia sentar e havia, também, um cartaz onde dizia "Silêncio", que era pra poder escolher o livro ou até concluir seu trabalho lá. Hoje em dia não tem tanta importância o silêncio né, existem fones de ouvido.

Enfim, fico um pouco feliz por pelo menos ela ter eu, que posso contar tudo isso como uma história verídica. Já, daqui a uns anos, será tudo contado como uma estória e o sonho de cada criança (a fantasia de cada uma) vai ser olhar pela janela de casa e poder enxergar as luzinhas da natureza, um céu azul e frutas que podiam dar em árvores, imagina! Em um reino muito distante.”


                                Fernanda Bonorino Diatel,
                                           Professora
              Artigo publicado em Zero Hora, de 12/07/2012

terça-feira, 10 de julho de 2012

A ARTE DO DESAPEGO




Se pudéssemos rever conceitos, se aprendêssemos a ver, mesmo nas situações mais adversas, uma lógica divina, afinal, “Deus escreve certo por linhas tortas”, deixaríamos de reclamar de cada decepção, e em cada queda extrairíamos as lições certas que Deus nos envia.

Com isso, seríamos menos apegados às coisas materiais, e não sentiríamos o medo de perder pessoas que amamos. Cristo nos ensinou que reencontraremos quem amamos na “casa do Pai e no Descanso Eterno”. Praticar mais o que falamos e oramos (e não apenas da boca pra fora), significa acalmar nossos corações e mentes, à medida que tivermos uma nova visão das mesmas coisas que antes nos alarmava no nosso cotidiano.

Quando exercitamos a fé a cada dia, experiência após experiência, assimilando vitórias e derrotas, alegrias e tristezas, conseguimos, enfim, o conforto dessa fé. Entender que tudo passa e a vida é o ato de nascer, viver e morrer “para a vida eterna” e que nossos pensamentos, sofrimentos, preocupações não mudam com o tempo e com os desígnios de Deus, é evoluir no aprendizado de que cada um nasceu para escrever a própria história, passar pelos seus sofrimentos, viver o tempo que tiver que viver.
Eis a arte de viver e amar no desapego.

Existe, também, a arte de resgatar as coisas simples da vida:  experimente desligar o celular, abrir mão das novelas e jogos de futebol na TV às 22h, voltar a praticar seu esporte, fazer uma caminhada, pegar um cineminha, ouvir as músicas que gosta, fazer um trabalho manual, ter um tempo para um bom namoro, ler um bom romance, jogar conversa fora, ter um bom papo com os filhos, sair para comer pipoca, sorrir, contar um caso antigo, uma boa piada, sair do quarto, da casa, da tela, ver a lua cheia, pescar, enfim, reaprender a ter uma vida mais simples e feliz!


                                    
Eduardo Aquino 
                 Médico, Psiquiatra e Neurocientista


sexta-feira, 6 de julho de 2012

QUANTOS AMIGOS VOCÊ TEM?




Pois ele tem 587 amigos no Facebook. Quase 300 seguidores no Twitter. Caixa de entrada sempre lotada de e-mails. E quem vem para jantar? Ninguém. Pois não houve sequer convite. Houve apenas uma leve vontade e um plano esquecidos na mesma gaveta onde jazem contas pagas. Algumas reclamações sobre solidão e amizades de aparência. Um esperar por que lhe procurem. Houve apenas a ideia utópica de que amizades seriam como sementes que caem ao acaso de um caminhão e tornam-se - também ao acaso - plantas viçosas em rachaduras do asfalto.

Parece batido que amizade precisa de paciência, disposição e dedicação. Mas é batido e bonito e entendido em textos que lemos, nas novelas e filmes que assistimos ou que preferimos não assistir. Porque a teoria é compreensível e a prática, impraticável. Qual seriam mesmo os motivos? Falta de tempo, inversão de prioridades, limites quase inaceitáveis de uma procrastinação aleatória. Porque é mais cômodo sentir um despontar de dor ao compartilhar apresentações no PowerPoint - também batidas - que falam do valor de um amigo e outras coisas nostálgicas e altruístas, a lembrar de ligar para um amigo sem motivo aparente. Sem que haja algo trágico ou maravilhoso para contar. Só ligar. Ou só atender uma ligação. Para saber do tempo, da vida, do cabelo, dos filhos, do que jantou na noite passada.

Por que mesmo é difícil ter amigos "de verdade" hoje em dia? Não, não é culpa da Internet nem do mundo. A culpa é minha e sua. E nossa culpa começa em querermos separar o que é verdade e o que é mentira. Porque o justo seria não haver mentiras e verdades e sim verdades aceitas e verdades não toleráveis. E mais justo que cada um escolhesse para si o que lhe convém.

Parecia mais fácil fazermos e mantermos amigos na infância porque não nos preocupávamos com coisas como distância e traição. Porque existiam cartas que sempre chegavam e verões que sempre voltavam. Porque existia fidelidade sem que ao menos soubéssemos o que ela significava. Porque ninguém ocupava o lugar de ninguém. Sabíamos esperar. Não tínhamos tanta pressa e não preenchíamos os espaços vazios com achismos ou caraminholas. Porque relógio, medo e futuro eram coisas de adulto. Assim como pensar demais e amar de menos.


                                    Renata Bezerra
                                     Farmacêutica
                Artigo do Jornal Zero Hora, de 4/7/2012.

terça-feira, 3 de julho de 2012

CONTAR AS BÊNÇÃOS






“A natureza, caprichosa artesã, jamais repete um alvorecer ou um pôr de sol.
A cada amanhecer o céu se veste com
cores e tons diferentes.
Há manhãs de sol e de muita luz, que nos
convidam a despertar sorrindo.
Há manhãs cinzentas, em que nuvens escuras
e densas cobrem sem piedade os raios
dourados do sol.

Há tardes em que o poente assume cores que
nem mesmo os mais criativos pintores jamais arriscaram usar em seus trabalhos.
Há poentes em que a garoa fina domina a paisagem, ocultando, em meio à bruma, até mesmo
as árvores mais próximas.

Há noites sem luar, quando as sombras invadem nosso olhar e as estrelas distantes parecem senhoras
 de um brilho ainda mais intenso.
Há dias de sol e há dias de chuva.

Assim, também, são os momentos de nossas vidas.
Nenhum minuto repete minutos anteriores.
Nenhum dia é igual a outro que já vivemos, tampouco será idêntico a algum que
ainda vamos viver.

A vida é feita de experiências únicas que, somadas, criam o arcabouço de nossa história.
Há momentos de alegria e momentos de dor.
Há conquistas que nos felicitam.
Há perdas que nos dilaceram.

Tudo que vivemos e aprendemos integra nossas existências e forma o ser que somos ou
que um dia seremos.
É evidente que nem todos os momentos são fáceis.
Há dificuldades que
nos parecem intransponíveis
e dores infinitas.

Nesses momentos o desalento deita sobre nós
o peso do sofrimento e da angústia.
Curvamo-nos, incapazes de olhar o horizonte,
e só vislumbramos as pedras do caminho.
Não somos capazes de perceber a luz do sol
que brilha acima das nuvens.
Tampouco notamos a beleza das flores que emolduram a nossa estrada.

Nessas ocasiões, lembremo-nos de contar
as bênçãos recebidas.
Enumeremos as dádivas que iluminam nossos dias.
São tantas!

O corpo físico, instrumento bendito que nos possibilita mais essa jornada terrestre;
a família, composta por amores do passado e do presente, oportunizando-nos
reconciliação e crescimento conjunto;
os amigos, presenças que nos fortalecem e animam
nas mais variadas situações; o trabalho,
fonte de recursos materiais a sustentar-nos
e engrandecer-nos; a mensagem do Cristo,
guiando nossos passos por trilhas de luz,
consolando-nos sempre;
a natureza exuberante, prova inequívoca da existência e da presença de
Deus em nossos dias.

Não deixe que as adversidades ocultem dos seus olhos as bênçãos que a vida lhe concede.
Se a saúde lhe falta, se os amores se
afastaram ou se os recursos materiais se mostram escassos, não se entregue ao desespero.
São apenas dias de chuva a preceder manhãs de sol.

São situações passageiras e necessárias para o aprendizado do Espírito.
Valorize o que de bom você já conquistou.
As verdadeiras riquezas não são consumíveis pelo tempo, nem podem ser corroídas
pela inveja alheia.
Ao contrário, elas integram e integrarão,
para sempre, a essência de cada ser,
completando-o.

Conte as bênçãos que já lhe chegaram às mãos
e que hão de fazer eternamente parte
da sua existência imortal.
Levante os olhos, seque as lágrimas
e prossiga sempre.”

Momento Espírita




segunda-feira, 2 de julho de 2012


                 


                            PARA  GENAURA  TORMIN


O que dizer diante de uma alma tão linda, como Genaura?
Uma pessoa que a bendita virtualidade encarregou-se de fazer com que nos conhecêssemos e nos tornássemos amigas, irmãs e companheiras, nesta labuta diária que travamos na trajetória desta existência.

Pessoalmente, não a conheço e nem ela a mim. Porém, somos parceiras nos problemas e nas alegrias, nas derrotas e nas vitórias, porque sinto, em Genaura, uma força de vida tão grande que a torna, simplesmente um anjo, em forma de mulher.

Aprisionada em uma cadeira de rodas há muito tempo, ela tem a doçura e a meiguice de uma flor recém desabrochada.
Por tudo o que já conheço a respeito dela, admiro-a muito.
Verdadeira guerreira, sua luta é diária e constante e nada do que possa acontecer lhe tira o ânimo e a luta, que conserva por ideal a seguir.

Vejo-a como uma ponte de ferro, construída para unir aqueles que a cercam, com tenacidade, força, coragem e muita fé, sendo conhecida por todos os que com ela convivem, como uma exímia e talentosa guerreira.

Nada a detém; nada para ela é impossível; esta é Genaura, uma criatura com que Deus nos presenteou, dando-nos a prova irrefutável de Sua existência em nossas vidas.

Sentimental, bondosa e carinhosa também são características de sua personalidade. Inteligente, arguta, dona de uma alta sensibilidade emocional e intelectual, Genaura é exemplo para aqueles que vêem, no menor percalço da vida, as portas da derrota.

Amiga, irmã e companheira querida, nesta data de seu aniversário quero abraçar-lhe e estender a você minha profunda admiração, apreço e simpatia. Desejo que Deus lhe permita viver muito tempo ainda junto de sua família, amigos e, também, conosco.
Que você seja, hoje e sempre, muito feliz, que tenha muita saúde, muito sucesso em sua vida profissional e que continue exalando o perfume do amor, da paz e da alegria, por onde passares.
Um feliz aniversário e um grande beijo em seu coração.

                             Maria Paraguassu.