terça-feira, 29 de novembro de 2011

NÃO ESTAMOS SOZINHOS




"Por que os meus olhos teimam em ver o que 
o meu coração já sentiu?
Por que sinto que nossa origem é extraterrestre 
e que outros olhos estão nos observando 
e também nos sentindo com o coração?
Será que eles também choram de saudades?

Olho para as estrelas e penso 
nas naves invisíveis que se movimentam interdimensionalmente e são motivadas por razões 
que só os seus tripulantes sabem.
Penso nos povos de outros orbes que nos visitam 
em suas naves fantásticas e, ao mesmo tempo, 
lembro-me das diversas guerras em andamento no nosso planeta no momento.

Pergunto-me se os visitantes espaciais 
estão vendo isso e se não nos consideram 
meio loucos? 
Talvez haja um plano cósmico em andamento 
e nós estamos inseridos nele, mas ainda não sabemos. 
Ou talvez os nossos visitantes 
sejam mais parecidos e próximos de nós do que jamais imaginamos dentro de nossa 
cegueira interdimensional temporária.

Quem sabe se, no fundo dos mares, 
no interior da Terra, ou mesmo sob 
as calotas polares, não há diversas colônias 
ou bases extraterrestres 
monitorando invisivelmente o progresso 
da humanidade terrestre?

Lembro-me de Jesus ensinando, 
"Na Casa do Pai há muitas moradas".
Será que Ele também estava sentindo saudades?


Também me lembro do sábio grego Pitágoras, ensinando sobre as esferas espirituais, 
e do místico e sensitivo sueco Swedenborg 
relatando, no século 18, que via, fora do corpo, 
seres de outros lugares.
Será que eles também estavam com saudades?

Meus olhos querem ver, mas o meu coração já sabe 
e não precisa de provas externas 
para comprovar o que ele já intuiu e sentiu: 
somos visitados por irmãos estelares 
há muito tempo 
e há uma ordem cósmica guiando os passos 
de raças mais jovens e imaturas 
nos orbes mais densos.

Iludidos pelos cinco sentidos convencionais 
e presos a paradigmas materiais 
e imediatistas, 
não percebemos a imensa trama cósmica em que estamos inseridos e também não percebemos 
que fazemos parte da imensa família sideral.

Cegos e meio loucos por causa 
do isolamento em relação aos nossos 
irmãos espaciais, pensamos e fazemos coisas 
estranhas e não conseguimos a paz tão almejada.
Saudades, saudades, saudades... 
Os olhos querem ver, mas o coração já sabe: 
não estamos sozinhos!"

Wagner Borges



É noite. O céu está magnificamente pontilhado por estrelas, cujo número se perde na imensidão do espaço. Brilhantes e lindas! A lua, iluminada e cheia, parece estar em fase gestacional.

Debruço-me mais na janela de meu quarto e admiro, extasiada, este espetáculo majestoso e, de repente, me vêem lágrimas nos olhos e sinto em meu peito um sentimento muito estranho. Saudades? De que? De quem?

Não consigo encontrar a resposta e passo a relembrar de minha infância, quando também, ficava a observar os astros luminosos e procurava, inocentemente contar as estrelas, como se isso fosse possível.

Agora, estou curtindo essa saudade doída e fico pensando nas maravilhas que a natureza oferece aos seres que habitam esta Terra abençoada, que nos acolheu como filhos.

Já sei, de antemão  por estudos que a espiritualidade nos faz conhecer, que a Terra não é o único planeta a ser habitado no Universo. Sei, também, que existem inúmeras "casas na morada de nosso Pai". Daí, concluo que estamos e somos vistos e observados por irmãos siderais, cujos avanços de vida e tecnologia, devem ser bem maiores que os nossos.

Mesmo sabendo de tudo isso, a saudade continua ali, bem dentro do peito. Mexe muito comigo, tudo isto. Às vezes, quando fico introspectiva assim, sinto muita vontade de escrever. E é o que estou fazendo agora.
Parece-me que, ao expor o que penso e sinto, consigo amenizar esta falta de algo, que não sei explicar.

Demoro-me na janela e, ao longe, vejo uma estrela caindo. Não são estrelas, uma vez alguém já teria me falado; são pequenos cometas que se deslocam da órbita terrestre e caem no solo do planeta.

Mas a minha vontade é de criar asas e voar. Voar até encontrar as respostas para tudo o que não quer calar dentro de minha cabeça. Onde eles estarão? Nossos irmãos do céu? O que pensam de nós, simples criaturas
que plantam tantas sementes do mal e colhem os piores
espinhos? Que semeiam ódio, inveja, soberba, desprezo, arrogância, etc.? Que provocam guerras, pelo simples desejo de manifestar o poder exacerbado?

Onde será que cabe, no contexto do Universo, o nosso
pobre planeta? Muitas vezes, sentimo-nos como seres superiores e donos do mundo. Será? Assim pensando,  percebo que a tal saudade que sinto deve vir, talvez, desta comparação que faço entre o que somos e o que poderíamos ser.

Poderíamos e deveríamos ser mais amáveis, doces, flexíveis, carinhosos, bondosos e agradecidos à vida que recebemos de Deus. E deveríamos estender tudo isto àqueles a quem devemos tanto e que coabitam conosco nesta caminhada rumo ao progresso e à evolução espiritual - nossos irmãos em Deus.

E, repentinamente, decifro a charada da saudade: preciso convencer-me mais de que neste gigantesco universo, não estamos nem nunca estaremos sozinhos.

Paz e luz a todos! 








                
                                            

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

MENSAGEM DE UM AMIGO ESPIRITUAL

 


“Caros irmãos,

Chegará o dia em que estareis iniciando aquela que será, pelo menos nesta encarnação, a grande e derradeira viagem.

Estareis ingressando num plano onde tudo é sutil e verdadeiro. Lá, não estareis sós. Encontrareis aqueles que os antecederam na viagem e com os quais já convivestes na jornada terrena.

A Terra, querido e amado planeta que vos acolheu, já não serve mais para que continueis vosso caminho. Lá, para onde estareis indo, vos será dado um tempo pra que possais refazer-vos da pesada atmosfera do orbe, pleno de situações adversas, mas que, de uma forma ou de outra, teve grande participação em vossa formação, crescimento e evolução espiritual.

Nela, sofrestes, amastes, fostes bons ou maus, deixastes amigos ou inimigos, enfim, serviu-vos de mãe que acolhe e cria seus filhos com amor e afeição. Crescestes dependendo do que, nas adversidades, vos fizeram mudar o modo de pensar e o rumo das verdadeiras coisas do coração.

Onde estareis, vereis o outro lado da moeda, ou seja, a mostra do real valor de tudo aquilo que adquiristes ou não, na aprendizagem no mundo material.

Assim, delinear-se-á à vossa frente, o quanto fostes incapazes de exercitar a verdadeira missão para a qual fostes escolhido. Vereis, também, o quanto sois pequeninos em relação à Deus, nosso Pai Criador e, por mais que passe o tempo, sereis apenas grãos de areia num deserto sem fim.

Na espiritualidade, vossas almas estarão em recuperação. Doerão as saudades daqueles que na Terra deixastes. Isso porém, será por algum tempo apenas, pois haverá, num determinado momento, o encontro das almas afins.

Deixo-vos o meu recado. Que possais seguir os bons propósitos e que procureis usar do bom-senso para com seus irmãos no exercício do amor e da caridade.”

                 
              Um Espírito Protetor
         Mensagem recebida em 08/11/2011


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CORAÇÃO ESPIRITUAL



"O coração espiritual não é lugar 
de descargas emocionais.
Pelo contrário, é o lar do habitante sutil. É a casa secreta do espírito.
No entanto, há muito tempo o ser humano vem conspurcando esse templo interno.
E, ao submeter-se à influência de suas emoções densas, ele permite que outras consciências, 
extrafísicas, também carentes de sentimentos nobres, 
se conectem às suas energias, instalando
em sua aura, 
os processos de vampirismo psíquico.
Urge que o habitante terrícola exonere-se das emoções conflitantes de sua vida.
Pois sem equilíbrio emocional, o coração do homem se torna "terra de ninguém".
Mais do que nunca, é essencial meditar 
nos ensinamentos do meigo Jesus, que exaltava aos homens o cuidado com a qualidade de seus 
pensamentos e ações.
Não foi à toa que Ele disse, "orai e vigiai!"
Orar é conectar-se ao Alto, em 
espírito e verdade.
E vigiar significa manter a casa mental em ordem e o coração limpo.
O homem é muito mais do que pensa. 
É espírito. É centelha divina na carne.
E há um tesouro de luz em seu ser.
Portanto, urge que cada um descerre o véu 
do mistério que encobre a riqueza
que o Grande Arquiteto do Universo deixou
em seu coração.
Que o amor dissolva as brumas das ilusões. 
E que a consciência desperte!
Porque o coração não é lugar de coisas ruins.
É o centro do espírito. 
E é o lar da Luz."


Esp. Ramael
Psicografia de Wagner Borges



O espírito que habita nosso corpo tem um cantinho onde, na realidade, é o seu templo: o coração. Este local, depois de nosso cérebro, onde se encontra a consciência,
é de vital importância para que vivamos em paz conosco e com o mundo que nos rodeia.

Nele encontramos as emoções que dão vida aos nossos sentimentos. Nele concentram-se o amor, o ódio, a inveja, a mágoa, a tristeza, a alegria, a melancolia, o perdão, e tantos outros mais sentimentos que o ser humano possui e expõe em determinadas situações do dia a dia.

Muitas vezes canalizamos sentimentos de baixa energia, causando desequilíbrios à saúde física e emocional. É necessário policiar-nos a fim de que isso não ocorra, pois os prejuízos que trazem vão de encontro ao nosso bem estar, por afetarem nossos pensamentos e ações.

Nós, como centelhas divinas que somos, precisamos pensar e agir como tal, sem deixar-nos levar pelas ilusões do mundo, posto que o mundo terreno é uma cópia acanhada do mundo espiritual. E é para lá que levaremos nosso coração despido de toda e qualquer futilidade da vida carnal.

A genuína religiosidade não se vincula a nenhuma organização ritualística; ela nos remete ao despertar íntimo, ao relacionamento com a própria alma.

Que possamos despertar nossa consciência para o grande e maravilhoso projeto do amor, que eleva nossa alma e nosso coração espiritual.

Que assim seja!
  






quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SE O AMOR PUDESSE GRITAR


"Não sei dizer se é a falta do tempo, ou não querer perdê-lo, que nos leva a buscar coisas prontas ou pelo menos que nos dêem o menos trabalho possível. É como se quiséssemos cortar caminho para chegar ao mesmo ponto que o coração visa.

No nosso relacionamento com outras pessoas temos também uma certa tendência a, ao invés de construir relações, querer encontrar coisas feitas, situações prontas e que nos dêem segurança. Construir significa ter trabalho, empenhar-se, dar de si e, por que não, ceder e perder-se um pouco na busca de um encontro profundo.

Nos lamentamos pelo que não foi construído para nós e nos esquecemos do nosso poder de reparar, recuperar e reconstruir. Se temos um sonho, por que esperar que outros ponham as escadas no caminho para que subamos às nuvens? Colocando, nós, cada degrau, saberemos onde estaremos pisando.
Aquilo que exige de nós tempo e esforço, merecerá uma alegria muito maior no dia da conquista.

Uma das histórias reais e mais bonitas que conheço é essa da filha que foi abandonada pela mãe quando criança.
 Ela cresceu com o sonho de ter uma mãe e, já na idade adulta, procurou pela mesma colocando de lado todos os porquês de tanto abandono, de tantos anos de dor e solidão.
 
Ela "decidiu" ter a mãe e tem. Cuida dela como se fosse a flor mais linda e preciosa do mundo, por que ela conhece o que é desejar e não ter. Escolheu não viver a vida lamentando-se pelo tempo perdido. 
Constrói álbuns a partir do tempo que recuperou, vai acumulando lembranças para o dia do amanhã e saudade sincera para o possível dia da partida. Penso que abençoada é essa mãe e preciosa é essa filha. Precioso é esse ser humano.

Nossas razões nos colocam limitações. Os erros alheios nos parecem imperdoáveis e punidos somos nós, pela rejeição da construção de uma vida diferente e nova, da qual seríamos o arquiteto, pedreiro e feliz proprietário.

Quando deixamos de falar com uma pessoa porque nosso coração ficou ferido, vamos colocando a felicidade num passo à frente e, aquele momento de zanga, fica perdido. Se tínhamos dez oportunidades de sermos felizes, teremos apenas nove, porque nosso coração foi orgulhoso demais e isso falou mais alto.

Toda felicidade não é utopia. Utopia é pensar que, permanecendo na nossa dureza e guardando nossas razões, estaremos ganhando alguma coisa. Sonhos não são quimeras, são desejos que nosso coração pode realizar.

Se o amor pudesse sempre gritar, se ele pudesse segurar nosso rosto para a direção do sol e das flores, seríamos mais felizes, menos sérios, menos graves, mais leves, mais próximos do céu.

Pessoas perfeitas não existem. Pessoas que querem dar o melhor de si já são, 
para Deus, um pedaço do sonho
da perfeição. Podemos todos ser o sonho de 
Deus."

Letícia Thompson



Se o amor que trazemos no peito pudesse gritar e espalhar toda a verdade contida dentro do coração, ouviriam-se ecos de palavras doces, ternas, benditas.
Estaríamos trazendo à tona uma gama de lembranças que só nossa memória consciencial guarda no recinto sagrado da alma.

Se pudéssemos, de repente, evocar o passado da criatura humana e, com base no que a História nos conta, mostrar ao mundo que tudo ainda é possível de acontecer, no que tange à maravilhosa busca do aprendizado espiritual, talvez fizéssemos com que muitos acordassem para a real proposta de vida que Cristo nos oferece.

Não é muito o que Ele nos pede; apenas que sejamos aquele homem que Deus imaginou que seríamos, quando nos criou: um ser semelhante a Ele, de tal forma que não tivéssemos medo de enfrentar nossa consciência e, sim, fazer dela nosso escudo e nossa proteção.

Sabemos que não somos perfeitos, nem nunca o seremos. Porém, a tentativa de sermos melhores do que somos é livre.
É opcional sermos bons ou maus. Nosso livre-arbítrio nos leva a esta conclusão. Depois de feitas nossas escolhas,
é natural que entendamos , também, que estaremos sujeitos à lei de causa e efeito.

Não podemos ceder às limitações impostas por nós mesmos às ações que objetivam o crescimento, a evolução e progresso da criatura nesta jornada terrena. O orgulho, a raiva, a inveja, o ciúme, a arrogância, e tantos outros males que atingem a humanidade, faz com que simplesmente nos atrasemos mais e mais espiritualmente.

Que o exemplo dado no texto acima, nos mostre a grandeza de uma alma em busca da outra, a fim de que se realize uma comunhão de corações. O exemplo serve para todos nós. Àqueles que ainda buscam o caminho do amor, da brandura, do reencontro consigo mesmo, e também, àqueles que já se encontram nesse caminho, mas não conseguem ver o real sentido do mesmo.

Lembremo-nos, irmãos queridos, que todos, sem exceção podemos ser o grande sonho de Deus.

Que assim seja!

  


domingo, 13 de novembro de 2011

CORAGEM PARA VENCER A SI MESMO




“Nas contingências das dores humanas, vislumbramos dor maior do que a do Cristo preso no madeiro da ignomínia.
Não obstante as duras provas que precisamos vencer, desanimar jamais, entregar-se ao vício também não, suicidar-se nunca.
Eis que o amor de Deus é maior do que todas as nossas misérias humanas, pois foi Ele quem nos ofertou uma bolsa de auxílio
na atual reencarnação, justamente para nosso progresso moral e científico para gozar das felicidades do porvir.
Felicidade de perdoar, reconciliar e aprender a amar.

Tudo neste mundo que nos sucede constitui precioso acervo para a redenção de nossas almas cansadas e aflitas. Ainda assim,
cumpre enfrentar para que possamos descortinar um tesouro, não de jóias ou dinheiro, parafraseando o Mestre “Não ajunteis tesouros na Terra onde a traça a tudo consome, onde os ladrões
minam e roubam. Mas ajunteis tesouros nos céus.”

Nossos tesouros precisam ser enveredados na busca da nossa felicidade diante de nossa evolução. Segundo Joanna de Ângelis, aqueles que aspiram às fortunas, alegam, intimamente, que se as
possuíssem, mudariam a situação dos que sofrem escassez. No entanto, os grandes magnatas que açambarcam o poder e usufruem 
da abundância, alucinam-se com os bens, enregelando os sentimentos em relação ao próximo...

Não se torne um inútil de você mesmo. André Luis nos ensinou que o grande vencedor é o que vence a si mesmo.”

                       Saulo de Tarso, 
        Editor do Correio Espírita - Ed.77 - Nov/2011                                                                                                                                                                                                    
                 


A coragem para vencer a nós mesmos precisa ser alimentada dia a dia, através de nossos pensamentos e atos. O enfrentamento das situações que surgem, nos dá a dimensão de nossa capacidade de levantar-nos após as quedas e de esperarmos sempre o melhor, baseados na fé e no conhecimento de que não somos os únicos a habitar este mundo de provas e expiações e que , por assim ser, estamos sujeitos a comprometimentos das mais diversas ordens.


Na medida em que entendemos que somos seres espirituais e não seres feitos apenas de matéria, compreendemos também, que vivemos num universo de vibrações e que nossos corpos são feitos a partir da vibração de uma energia superior a quem chamamos de Deus.


Esta energia da qual somos feitos é emanada constantemente de nós para as demais pessoas e coisas. Assim, ela também pode contribuir, através de nossa vontade, para ajudar-nos na superação dos desafios da vida. Sabemos, também, que as emoções são o alimento da alma e que influenciam nossas atitudes, nossa saúde e o nosso destino.


Portanto, quanto mais amor deixarmos fluir, mais adaptados estaremos para enfrentar os acontecimentos que, vez por outra, mexem um pouco mais com nosso estado de espírito. Só podemos estar bem, quando conseguirmos vencer a nós mesmos, isto é, quando tivermos coragem suficiente para admitir nossos erros e buscar a não repetição dos mesmos.


Muitas vezes, isso parece difícil de alcançar. Porém, nada é impossível se tivermos forças para lutar contra idéias que possam povoar nossa mente e nos deixar desconcertados, tristes ou depressivos.


A fé em Deus e em nós mesmos, na nossa poderosa força mental, deve estar presente constantemente em nossos pensamentos. Tudo o que quisermos poderemos alcançar, desde que exercitemos a humildade, o perdão, a caridade e o amor. Deus nos recompensará sempre, se assim agirmos.

Que tenhamos em mente que tudo podemos, se  tivermos  Jesus como
fonte de todo bem e misericórdia.




Que assim seja!



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

VIAJANTES


“De muitos deles tiveste notícia da gloria que ostentavam na Terra.
Pompeavam adornos de alto preço e chamavam-se príncipes.
Brandiam armas sanguinolentas e faziam-se chefes.
Mostravam brasões e manejavam a autoridade.
Eram mulheres primorosamente vestidas e atuavam no pensamento dos ditadores,
alterando a sorte de multidões.
Entretanto, apenas viajavam no caminho dos homens...

Outros, muitos conheceste de perto.
Urdiam golpes de inteligência e dirigiam enormes comunidades.
Sobraçavam livros famosos e tornavam-se mestres.
Amontoavam dinheiro e erguiam-se poderosos.
Exibiam louros da mocidade e articulavam aventuras e sonhos.
Contudo, viajavam também...

Se eram bons ou maus, justos ou injustos, realmente não sabes,
porque as verdadeiras contas de cada um são examinadas além...
No entanto, não ignoras que nem o poder e nem o encargo,
nem a juventude e nem o ouro, nem a fama e nem a Ciência
lhes conferiram qualquer privilégio de fixação.
Todos passaram, uns após outros...

Pensa nisso e recorda que te encontras no mundo igualmente em viagem.
No último dia da grande romagem, nada carregarás contigo
do que temporariamente desfrutas, a não ser aquilo que fizeste
e colocaste em ti mesmo.
Ninguém te aconselha a fazer da existência o culto inveterado da morte,
Mas é imperioso que caminhes na convicção de que a vida prossegue...
Vive, pois, de tal modo que todos aqueles que convivem contigo,
Possam, mais tarde, lembrar-te o nome, como quem abençoa
A presença da fonte ou agradece a passagem da luz.”

Emmanuel
(Do livro Justiça Divina – Chico Xavier)


Sempre houve viajantes. Desde a criação do mundo por Deus, as almas viajam de quando em quando no ciclo evolutivo e inalterado da vida. Daquela época até nós, muito tempo se passou.
A viagem continua acontecendo, sem interrupção de continuidade. Esta é a forma mais adequada ao progresso espiritual da criatura humana.
O homem está neste mundo com a finalidade maior de aprender a amar mais a si e ao seu semelhante. Além disso, também, exercitar a caridade como forma de ajudar ao próximo.

Desde sempre houve seres, cujo poder lhes garantia a posse e autoridade sobre os demais. Tinham glória, foram príncipes, chefes, grandes autoridades. Eram jovens, achavam-se mestres e poderosos. Apesar de tudo o que tiveram em suas mãos, ninguém conseguiu postergar a vida infinitamente.

Na roda da vida, os viajantes passam. De muitos, tivemos conhecimento através de escritos deixados para a posteridade.
Já, de outros mais próximos de nosso tempo, temos notícias através da literatura, filmes, etc.

Todos nós, sem distinção de raça, credo ou cor, passaremos pela vida, vindo e indo inúmeras vezes, muitas das quais com imensos intervalos de tempo. Alguns até, de séculos.

Nada do que aqui temos materialmente, levamos conosco. Levamos, isto sim, tudo o que realizamos, com vistas ao nosso progresso espiritual. 
Na espiritualidade, será contabilizado o que tivermos a nosso favor, bem como o que tivermos contra nós.

Que façamos desta maravilhosa oportunidade da vida, o momento de amar ao próximo como a nós mesmos, levando àqueles que tanto necessitam, o nosso abraço, nosso sorriso e nosso afeto.

Que assim seja!


domingo, 6 de novembro de 2011

GRANDEZAS




“O sol que nos garante a existência, no distrito do universo em que estagiamos é, aproximadamente, um milhão e trezentas mil vezes maior que a nossa Terra. Entretanto, com toda essa grandeza, não é capaz de cumprir a missão da vela na vastidão noturna, quando nos dispomos a socorrer um enfermo desamparado.

O antigo palácio do Louvre, em Paris, é um dos mais amplos do mundo, porquanto a sua área cobre o espaço aproximado de duzentos mil metros quadrados mas, apesar disso, não se desloca para desempenhar o papel do telheiro humilde em que abrigamos os que jazem sem teto.

A catarata de Paulo Afonso, no Brasil, é uma das mais possantes do Planeta, com cerca de oitenta metros de altura e capacidade aproximada de dois milhões de cavalos-vapor. Todavia, embora o imenso potencial de força que a caracteriza, não nos substitui a energia quando sustentamos uma criança doente, na concha dos braços, acalentando-lhe os dias.

A maior bacia hidrográfica do orbe terrestre é a Bacia Amazônica, com cerca de sete milhões de quilômetros quadrados, apresentando o Amazonas
como sendo o seu rio soberano. Contudo, apesar de sua glória fluvial, não é capaz de estender o copo de água que sentimos a alegria de ofertar ao sedento que nos bate à porta.

Segundo é fácil de observar, há grandezas e grandezas. No entanto, a maior de todas é a do amor com que renovamos e engrandecemos a vida.
Com esse recurso sublime, colocamo-nos sobre a majestade das próprias estrelas, de vez que, em nome de Deus, conseguimos aproximar-nos dos irmãos do caminho, com o poder de servir e compreender, de abençoar e auxiliar.”
                           
                             Emmanuel                                                                                                                                                                                                               
            (Do livro “Mentores e Seareiros” – Chico Xavier)


No mundo inteiro, observamos as belezas que se expõem diante de nossos olhos, sejam através da natureza ou de maravilhas criadas pela mão do homem, para que tivéssemos melhores condições de vida.
Os exemplos citados no texto são apenas alguns dos infindáveis recursos que povoam o mundo todo, projetados e realizados pela inteligência humana, que a cada dia galga patamares mais altos no que tange às
conquistas tecnológicas que nos favorecem a vivência.

No entanto, tudo o que temos para embelezar e melhorar nossas vidas, não nos basta se não existir um sentimento básico e puro chamado amor.
Este, a maior grandeza de todas que existem, nos move e nos alimenta de uma forma sutil e maravilhosa. Faz com que alberguemos em nosso coração,
desde o nascimento até o desencarne, a chave-mestra do saber viver.

É com ele que aprendemos que temos irmãos no mundo inteiro. Que, apesar de estarmos a milhares e milhares de quilômetros de outras pessoas podemos, através de nossa memória, tê-las bem perto de nós, senti-las até, sem nem mesmo conhecê-las pessoalmente. Isto deve ao milagre do amor.   
Podemos, com o poder de nossos pensamentos, viajar pelo espaço e lembrar de alguém que está do outro lado do planeta. E, em nossa lembrança, enviar carinho, afeto, auxílio moral e compreensão.

Vejam, amigos queridos, o valor e a riqueza deste sentimento tão profundo e intenso que, quando aflora em nosso peito, põe por terra todas as discórdias, todos os medos, todas as angústias e todos os sofrimentos que, muitas vezes, ficam encarcerados dentro de nós, trazendo tantos males para nossa mente e corpo. E ainda mais, é através do amor que renovamos e engrandecemos a vida.

Foi pelo amor que fomos criados por Deus. Foi, através deste amor doado a nós pelo Pai, que Ele espera que nos tornemos melhores para atender Seu
pedido: servir, compreender, abençoar e auxiliar.
O mundo precisa urgentemente que exercitemos o amor. Sem ele, estaremos completamente à deriva, como um barco solto em meio ao oceano. Sem ele,
não poderíamos viver em sociedade, entender a nós mesmos e àqueles que conosco vestem esta farda de carne e transitam na jornada da vida.

Que amemo-nos uns aos outros e que saibamos distribuir aos nossos companheiros de caminhada, a força e a sabedoria do amor.


Que assim seja!  


     


  

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

SÍNDROME DO ESTRELISMO


“Muitas pessoas são acometidas por uma doença muito grave chamada “Síndrome do Estrelismo”. Duas grandes ilusões acompanham os portadores desta síndrome. Primeiramente, pensam que têm brilho próprio. Em segundo lugar, pensam que o seu brilho durará para sempre.
Toda estrela vive a ilusão do brilho próprio, e pensa que brilha por si mesma; logo, imagina também, que se basta a si mesma. É o complexo de superioridade
sempre acompanhado de alguns sintomas muito conhecidos, tais como presunção, arrogância, soberba, orgulho e vaidade.
Geralmente, esse tipo de luz se apaga muito rapidamente e, pior ainda, quando cair, a queda é muito grande.

Neste mundo de Deus ninguém tem brilho próprio. As noites enluaradas nada mais são do que reflexos do brilho do sol sobre a lua. O sol brilha e a lua
resplandece. Se na própria natureza percebemos o valor da interdependência, da justa cooperação para a beleza maior do universo, também isso é verdadeiro
no plano da vivência humana. Quando resplandecemos, alguém está nos emprestando o seu brilho. Quem pensa que brilha sozinho, vive uma grande ilusão e
usurpa uma luz que não lhe pertence. Nossas vitórias e conquistas trazem o reflexo de muitos brilhos e do brilho de muitos que, mesmo no anonimato,
ainda assim são mais importantes do que imaginamos.

Uma outra grande ilusão do portador desta síndrome é imaginar que vai brilhar para sempre. É o complexo de eternidade, adoecendo a vida de alguns pobres mortais. Nesta vida nada é para sempre! Existem pessoas que não podem conquistar alguns espaços sociais, especialmente no exercício do poder e de influência (políticos, religiosos, artistas, intelectuais, etc.)
pois imaginam-se astros-reis, brilhando numa constelação de míseros vaga-lumes. Tais pessoas esquecem que a vida terrena é muito efêmera, e que as marcas desta efemeridade estão presentes em toda a nossa existência. Tudo na vida é ilusório.

Neste novo milênio, seremos todos desafiados a buscar a cooperação mútua, o intercâmbio constante e o reconhecimento de que não somos estrelas isoladas, mas
membros de uma grande constelação, onde o brilho de todos é, também, reflexo do brilho de cada um.
Precisamos deixar que os outros brilhem, pois muitas vezes, quando alguém lança uma luz sobre nosso caminho, aponta-nos o abismo onde iríamos cair.
Estrela não tem luz própria. A glória do universo é apenas um pequeno reflexo da luz maior que provém de Deus, sendo que todos nós somos fagulhas de Deus.
Quando pensamos que estamos brilhando, é Ele que nos empresta a Sua luz.”


                      Manuel Nerivaldo Lopes


A Síndrome do Estrelismo é uma das maiores aberrações da humanidade. O ser humano ainda engatinha rumo à conquista da luz própria, coisa que nunca alcançará,
posto que esta é uma qualidade essencial e privativa de Deus. Desde sempre, a História nos revela que o homem, crente de sua sabedoria e força, experimenta
a sensação de querer ser o centro do universo. Como se isso fosse possível, ele sonha com a concretização de suas aspirações, não obstante seu espírito incauto
e, muitas vezes, sem noção de auto-controle. Dessa forma, age como se verdadeiramente assim fosse, enxergando apenas seu próprio umbigo como sendo a referência de sua vida.
Além de sentirem-se “estrelas” em ocasiões até, impróprias, pensam que este tipo de “status” nunca terminará. A falta de humildade para com os demais, eleva o ego desses seres, 
fazendo com que surja uma conotação deveras superficial e falsa em seu modo de agir e pensar.

Sabemos que, embora tenhamos destaque entre os outros, por força de papéis que venhamos a exercer na sociedade, isso não nos dá o direito de termos a pretensão de ser diferentes.
Todos somos iguais perante Deus. Ele oportuniza a Seus filhos, no decorrer de sua jornada no Planeta, posições que ocupam
nas mais diversas esferas da sociedade, a fim de testá-los com relação ao seu comportamento e visão do todo, naquilo que representam. Assim agindo, nosso Pai pode analisar a índole e a
consciência dos homens, pois os atos podem ser bons, mas os pensamentos tendem a serem outros, numa clara transgressão à lei do amor ao próximo, que não permite que disso se tire proveito
próprio.

Por outro lado, sabemos que estamos, atualmente, vivendo uma época de grandes perturbações no que diz respeito à situação planetária da Terra no contexto do Universo.
Quanto mais tivermos a sensibilidade voltada ao amor entre nós, filhos de Deus, ao respeito mútuo, à humildade, a caridade e o perdão, sendo este um dos mais importantes valores a ser 
lapidado e edificado entre os homens, mais estaremos contribuindo para que a humanidade não sofra as conseqüências de atos impensados e danosos à coletividade.

Que estejamos atentos ao que diz nosso coração e nossa consciência, quando plena do amor a Deus. Que nos apiedemos daqueles que fogem às regras ditadas pelo amor.
É tão somente nele que encontraremos a paz e a felicidade.
Amemo-nos uns aos outros e sigamos Jesus, tendo-o como Mestre e Senhor.

Que assim seja!